quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Dieese mostra que 9 em cada 10 empregos criados no país são com carteira assinada
O crescimento econômico está intensificando um movimento de formalização no mercado de trabalho brasileiro, iniciado há alguns anos. De acordo com dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), nos últimos 12 meses terminados em agosto, a cada dez vagas criadas em sete regiões metropolitanas pesquisadas, nove foram com carteira assinada.

A pesquisa do Dieese, divulgada nesta quarta-feira (29) e feita em parceria com a Fundação Seade, considera os dados de São Paulo, Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Distrito Federal, Recife e Salvador. Segundo o levantamento, entre agosto de 2009 e o mesmo mês deste ano, foram criadas 672 mil postos formais nessas regiões, contra 56 mil vagas sem carteira assinada. No total, o número de trabalhadores com registro chega a 9,066 milhões.

"Esse movimento de formalização da economia começou nos anos de 2004, 2005, e vem se sustentando há bastante tempo", afirmou Sérgio Mendonça, economista do Dieese, citando que, na década de 1990, a cada dez vagas criadas, apenas três eram formais. "Tudo indica que a economia vai continuar crescendo, e isso arrasta essa tendência de aumento do emprego formal."

Ele ressaltou que esse aumento do número de vagas de emprego com carteira assinada significa, no futuro, um grau de proteção maior para o trabalhador, com benefícios como aposentadoria pela Previdência Social. "Essa formalização recente tem sido bastante positiva.

As duas instituições divulgaram nesta quarta-feira que a taxa de desemprego no país terminou o mês de agosto em 11,9%, ante 12,4% no mês anterior. Em agosto de 2009, a taxa havia sido de 14,4%.

O índice em São Paulo também caiu, passando de 12,6% para 12,3%, o menor percentual para meses de agosto desde 1992.
O contingente de desempregados nos sete locais analisados foi estimado em 2,625 milhões de pessoas no mês passado, 104 mil a menos do que em julho. Esse número é resultante da criação de 161 mil vagas, aliada à entrada de 57 mil pessoas no mercado de trabalho.

De acordo com Mendonça, a taxa deve cair ainda mais até o final de 2010, já que os últimos meses do ano costumam ser bastante positivos para a geração de empregos. "Se continuar tudo dentro da normalidade, a taxa deve continuar caindo", afirmou. "O segundo semestre costuma apresentar trajetória de queda no desemprego."

Ele destacou que o ritmo de crescimento do número de vagas no país neste ano está bastante semelhante ao registrado antes da crise financeira - cujo marco ocorreu com a queda do banco norte-americano Lehman Brothers, em setembro de 2008.

Antes da crise, a economia apresentava altos índices de crescimento e as taxas de desemprego registravam recorde de baixa no país. "O ritmo de expansão do emprego está muito parecido com o de 2008, no período pré-crise", afirmou.
Com agências
Greve dos bancários fecha quase 4 mil agências no país e bancos admitem negociar aumento real Daniel MelloRepórter da Agência Brasil
São Paulo - A greve nacional dos bancários fechou 3.864 agências em todo o país, segundo balanço da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf) divulgado no início da noite de hoje (29). O movimento inciado pela manhã atinge 26 estados e o Distrito Federal e não tem prazo para acabar.
Segundo o presidente da Contraf, Carlos Cordeiro, em nota divulgada pela entidade sindical, a grande adesão à paralisação reflete o descontentamento da categoria com as instituições financeiras. “Essa grande participação na greve mostra a indignação dos trabalhadores com os bancos. Apesar de apresentarem crescimento médio de 32% no lucro líquido do primeiro semestre em relação ao mesmo período do ano passado, os bancos só ofereceram o índice de inflação de 4,29%, ou seja, zero de aumento real”.
A categoria tem data-base em 1º de setembro e reivindica aumento de 11%, maior participação nos lucros e resultados, medidas de combate ao assédio moral, garantia de emprego e mais contratações entre outras exigências.
A Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) informou, também em nota, que irá adotar “as medidas legais cabíveis e necessárias para garantir o acesso e o atendimento da população nas agências”. A entidade classificou a greve como “radicalização” e disse que o sindicato abandonou as negociações, apesar de os bancos estarem dispostos a discutir a concessão de aumento real. “A Fenaban aceita discutir reajuste real dos salários e demais benefícios da convenção coletiva, inclusive a participação nos lucros e resultados. Mas não pode aceitar um índice exagerado como o pleiteado pelos sindicatos”, afirmou a entidade.
Edição: Vinicius Doria

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Pesquisas desmentem Datafolha e apontam Dilma eleita no 1º turno
Duas pesquisas de intenções de voto divulgadas na manhã desta quarta-feira (29) desmantelaram a versão de que as eleições presidenciais caminham, naturalmente, para o segundo turno. De acordo com os levantamentos CNI/Ibope e CNT/Sensus, a candidata Dilma Rousseff, da coligação Para o Brasil Seguir Mudando, mantém larga liderança e deve vencer, já em 3 de outubro, a disputa contra José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV). Conforme os números da CNI/Ibope concluída na segunda-feira, Dilma venceria a eleição no primeiro turno com 50% dos votos totais — e 55% dos votos válidos (que excluem indecisos, brancos e nulos). Serra tem 27%, enquanto Marina apresenta 13%. Outros 8% não sabem ou votarão em branco ou nulo. A pesquisa foi feita entre os dias 25 a 27 de setembro. Foram feitas 3.010 entrevistas em 191 municípios.

Mesmo num cenário em que a margem de erro for totalmente desfavorável a Dilma, a pesquisa não detecta chances de segundo turno. Em relação à pesquisa Ibope da semana passada, Dilma manteve suas intenções de voto, Serra caiu um ponto percentual e Marina cresceu um ponto. O resultado contrasta com a tendência de queda de Dilma apontada pelo Datafolha na sua estranha pesquisa feita integralmente na segunda-feira.

Na simulação de segundo turno entre a petista e o tucano, Dilma venceria a eleição com 55% dos votos, contra 32% de Serra. Em junho, Dilma tinha 45% e Serra 38%. Na hipótese de uma disputa entre Dilma e Marina Silva, Dilma teria 56% dos votos, contra 29% da verde. Em um eventual segundo turno entre Serra e Marina, o tucano venceria a eleição com 43%, contra 35% da candidata verde.

Na pesquisa espontânea, quando o eleitor responde em quem votará sem ter acesso a lista dos candidatos, Dilma lidera as intenções de voto com 44% das indicações; Serra tem 21%, Marina aparece com 10% e o presidente Lula — que não poderia se candidatar, —ainda é apontado por 1% do eleitorado. Os demais candidatos somam 1%. Brancos e nulos chegam a 7%, e outros 18% não souberam responder.

Serra é o que tem o maior índice de rejeição. Segundo o levantamento, 34% dos entrevistados disseram que não votariam nele. Nesse quesito, Marina tem 28% de rejeição e Dilma 27%. Quanto ao partido de preferência dos eleitores, o PT aparece na frente, citado por 27% dos entrevistados, seguido pelo PMDB e PSDB com 5%, cada um. Aqueles que não têm preferência por partido representam 48%.

Sensus

Um cenário eleitoral semelhante é detectado pela pesquisa CNT/Sensus. Levantamento do instituto realizado entre os dias 26 e 28 de setembro em 24 estados mostra Dilma com 47,5% de intenções de voto, ante 25,6% de Serra e 11,6% de Marina. Nos votos válidos, a vantagem de Dilma, que tem 54,7%, também é levada. Serra aparece muito atrás, com 29,5%%, seguido de Marina, que tem 13,3%.

No levantamento anterior, Dilma havia registrado 50,5% das intenções de voto, enquanto Serra tinha 26,4% das intenções de voto e Marina registrava 8,9%. A candidata do PV foi a única entre os três principais candidatos a registrar elevação na estimativa das intenções de voto. Os demais candidatos à Presidência mantiveram índices inferiores a 1%

Com esse cenário, Dilma seria eleita ainda no primeiro turno. A margem de erro — de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos — não prevê chances pontuais de segundo turno. Votos brancos e nulos somam 3,6%, ao passo que 9,5% dos entrevistados disseram estar indecisos. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número 33103/2010.

Da Redação, com agências
Wagner Gomes: até onde pode chegar o desespero da mídia golpista?
Tem sido muito interessante observar a movimentação da chamada “grande imprensa” brasileira nos últimos meses. A cada semana, seu rancor e desprezo em relação ao sucesso do governo Lula e à provável vitória de Dilma Rousseff se traduzem em mau jornalismo, parcialidade escancarada e em flerte com o golpismo. Até onde esse desespero pode chegar? Quais seriam suas consequências?

Por Wagner Gomes, no Portal CTB
A bola da vez é a tentativa de grudar na figura do presidente Lula o carimbo de “antidemocrático”. Um eventual governo Dilma, por sua vez, tem sido imaginado como um atentado à liberdade de expressão no Brasil. Em outro cenário, esse comportamento da imprensa poderia ser visto como anedota; na atual conjuntura e com o retrospecto golpista de parte da elite a quem o chamado PIG (Partido da Imprensa Golpista) representa, cabe à sociedade ficar atenta.

Já não é novidade nenhuma o fato de a imprensa no Brasil ter adotado para si o papel de partido político de oposição ao atual governo. Fosse Lula o déspota descrito por alguns jornalistas, estes jamais teriam a liberdade de desrespeitar com tamanha frequência a imagem do presidente da República – e muito menos de tachá-lo como alguém que viola a Constituição do país.

Volto ao parágrafo inicial: tem sido interessante acompanhar essa decadência da imprensa brasileira, pois é nítido que, assim como partidos como o DEM e o PSDB, ela não entende que é possível fazer oposição a um governo de forma honrosa, sem apelar para o golpismo e nem ofender a inteligência de seus leitores e telespectadores.

O PIG parece não ter notado que a sociedade brasileira do século 21 evoluiu muito. Hoje, os mais pobres não dependem de “formadores de opinião” para decidir o rumo de suas vidas. Já nas eleições de 2006 esse fenômeno foi visto por alguns estudiosos. Em 2010, isso se tornará ainda mais nítido.

O que realmente importa para a população carente, para a classe trabalhadora e para aqueles que sempre foram marginalizados na sociedade brasileira é a sensação real, de seu cotidiano, das transformações que atualmente estão em curso no Brasil. O país que é visto no Jornal Nacional e nas capas da Veja e da Folha de S.Paulo não é o mesmo daqueles que hoje se veem em uma situação melhor do que há dez anos e que agora podem usufruir – ou ao menos planejar – uma vida mais digna.

Diante desse cenário, até onde pode chegar esse desespero da mídia? Quais serão os novos escândalos? Quanto tempo o PIG precisará para se dar conta de que a própria imprensa é uma das instituições menos democráticas do país? Esse discurso golpista simplesmente não tem o menor respaldo da maioria dos brasileiros, mas também não pode ser ignorado. É por isso que qualquer tentativa de golpe tem que ser enfrentada em seu ninho, de forma firme e combativa.

Mais uma vez, a classe trabalhadora está do lado correto no processo político do país, junto de outros movimentos populares e das forças democráticas brasileiras. Mais do que isso: estamos prontos para enfrentar essa batalha da forma que for preciso. Dia 3 de outubro faremos isso nas urnas. Depois disso, no embate ideológico do dia a dia e, se for necessário, estaremos prontos para ir às ruas defender a liberdade que já nos custou tão caro em um passado não tão distante.

*Wagner Gomes é presidente nacional da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

SENADOR DE CULATRA

Vergonha para o RN
O senador José Agripino, além de ter sido eleito junto com a bancada do RN os mais improdutivos senadores do Brasil, passou todos os 8(oito) anos do mandato que é do povo e não de sua propriedade contra o mandato do presidente Lula, contra todas as ações que fez o Brasil crescer e ao mesmo tempo distribuir renda, hoje em plena campanha eleitoral não tem coragem de fazer o que passou todos esses anos fazendo, agindo na contra mão do densevolvimento do Brasil e mas quer permanecer no senado para continuar contribuindo para o atraso do Rio Grande do Norte!
E ainda tem mas, o senador precisa dizer a toda população do Brasil, onde estava no periodo da ditadura, em qual lado ele estava, na verdade o seu partido sempre esteve do lado dos poderosos, ricos e pouco pouco mesmo pensou e pensa nos mais necessitados, nos trabalhadores, tem enganado o povo todos esses anos com seu falso moralismo, esta na hora do povo do RN acordar!
Jaedson Oliveira



Lula diz aos golpistas: "vou para rua enfrentá-los e derrotá-los"
Durante comício de campanha da candidata a presidente da República Dilma Rousseff, realizado em setembro em Joinville (SC), o presidente Lula lembrou golpes promovidos pela elite contra os governos de Getúlio Vargas e João Goulart (Jango) e a tentativa de golpe contra o seu governo. "Quando eles queriam que eu ficasse em Brasília ouvindo o discurso deles, eu disse à ministra Dilma e a outros companheiros: eu vou para rua enfrentá-los e derrotá-los, como nós estamos fazendo hoje."
Justificativa eleitoral pode ser preenchida pela internet Da Agência Brasil
O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) apresentou mais uma ferramenta que vai facilitar a vida dos eleitores que estarão fora do domicílio eleitoral no dia das eleições no primeiro e segundo turnos. É o preenchimento on-line e a impressão do Requerimento de Justificativa Eleitoral.
Para acessar o documento, o eleitor deve entrar na página inicial do TSE, clicar no link Serviços ao Eleitor e depois em Justificativa Eleitoral. O tribunal ressalta, no entanto, que o eleitor só deve assiná-lo na presença de um mesário, no dia da votação, nos locais destinados ao seu recebimento.
Na entrega do requerimento, o eleitor deve apresentar o título ou um dos seguintes documentos com foto: carteira de identidade ou documento de valor legal equivalente (identidades funcionais), certificado de reservista, carteira de trabalho e carteira nacional de habilitação.
O eleitor que não puder realizar a justificativa no dia da votação tem até 60 dias após o pleito para entregar o requerimento em qualquer cartório ou posto de atendimento eleitoral. Além disso, ainda pode encaminhá-lo, via postal, ao cartório da zona eleitoral onde for inscrito.
O cidadão que não votar nem justificar fica impedido de tirar passaporte, inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função pública, ou empossar-se neles, renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo e obter certidão de quitação eleitoral.
Edição: Fernando Fraga

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Por determinação de Lula, Bernardo cria grupo para propor remodelação dos Correios
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DE BRASÍLIA

Por determinação do presidente Lula, o ministro Paulo Bernardo (Planejamento) criou um grupo de trabalho para fazer um novo diagnóstico dos Correios e propor uma remodelação da estatal, que deve passar por novas demissões após o período eleitoral.
A empresa está no centro da crise que derrubou Erenice Guerra da Casa Civil depois da divulgação de suspeitas de tráfico de influência no órgão envolvendo familiares da ex-ministra, inclusive um de seus filhos, Israel Guerra.
O ministro foi obrigado a interromper suas férias no Paraná por convocação do presidente, com quem se reuniu anteontem no Palácio do Planalto. Hoje, ele deve dar um primeiro relato a Lula sobre as providências que devem ser tomadas para tirar os Correios do noticiário e pôr fim à guerra política dentro do órgão entre petistas e peemedebistas.
Dois pontos foram apresentados como os mais sensíveis em reunião ontem entre Bernardo e a presidência dos Correios: os contratos com a MTA (Master Top Airlines) e também o encerramento dos contratos de quase 1.500 agências franqueadas que vencem em 10 de novembro.
Por ordem judicial, a licitação de novas franquias terá que ser reiniciada do zero e não há tempo hábil para que novos contratos sejam assinados no prazo, o que pode provocar um apagão postal no país.
Um plano de contingenciamento que envolve R$ 426 milhões está sendo articulado dentro da estatal para evitar o caos.
O ministro do Planejamento vai viajar com Lula hoje para Curitiba, onde o presidente tem agenda política.
Paulo Bernardo já havia feito um diagnóstico dos Correios, juntamente com a ex-ministra Erenice Guerra, o que determinou a troca da direção da estatal em agosto. Saíram nomes indicados pelo PMDB, como o então presidente Carlos Henrique Custódio, substituído por David de Mattos, nomeado por Erenice Guerra.
Segundo a Folha apurou, Lula determinou a Paulo Bernardo que tome todas as providências necessárias para interromper a crise nos Correios, que tem gerado notícia negativa para a campanha a presidente da petista Dilma Rousseff. O presidente teme que a crise se agrave e acabe levando a eleição presidencial para o segundo turno. 
Folha.online
Vox Populi prevê provável derrota de Agripino, Cesar Maia e Artur Virgílio – Serra cairá mais


O presidente do instituto Vox Populi, Marcos Coimbra, está revendo a previsão que fez em artigo publicado na revista CartaCapital (republicado aqui) de que José Serra teria 33% dos votos no primeiro turno das eleições presidenciais.

O cientista político diz que fez a previsão baseado em três premissas:

1. A presença relevante de Serra junto ao eleitorado paulista (40% dos votos do estado, que representam 10% do total);

2. O fato de que ele representa o voto antipetista (cerca de 10% do eleitorado brasileiro);

3. O voto de “respeito” de cerca de 10% do eleitorado nacional (governador de São Paulo, ministro da Saúde, etc.).

Somando tudo isso, Serra teria 30%, ou 33% dos votos válidos.

Porém, no terceiro quesito, os 10% não estão se confirmando, talvez pelo modo como a campanha foi conduzida.

Faltando 12 dias para a eleição, considerando os números disponíveis nas pesquisas, inclusive os do tracking diário do Vox Populi, divulgado pelo IG e pela TV Bandeirantes, Serra deve ficar mais próximo de 25%.

Coimbra vê um avanço de Marina Silva em várias regiões, prevendo que ela fique nos dois dígitos (algo em torno de 12%).

Considerando que os grandes movimentos eleitorais em um país como o Brasil envolvem a decisão de milhões de eleitores, Coimbra prevê uma decisão em primeiro turno. Ao contrário do que dizem outros analistas, ele afirma que a decisão de votar em Dilma Rousseff foi resultado de um processo relativamente longo de amadurecimento e de comparação que não fica sujeito a uma ou outra manchete de jornal, um ou outro episódio da campanha.

Para o Senado, os números do Vox indicam uma perda não só quantitativa da oposição, mas também qualitativa, já que nomes importantes ficarão de fora — Coimbra citou Cesar Maia, no Rio de Janeiro, mas eu acrescentaria Arthur Virgílio que corre risco no Amazonas e outros. De novidade, afirma Coimbra, o risco de José Agripino Maia não se reeleger no Rio Grande do Norte.

Nas eleições estaduais o quadro, de acordo com o presidente do Vox Populi, também é de preocupação para os candidatos do PSDB/DEM. A não ser por Antonio Anastasia, em Minas Gerais, nenhum candidato da oposição está em crescimento — quando muito conseguem manter a estabilidade. Como, neste caso — ao contrário da eleição presidencial, onde os números são estáveis — há candidatos a governador em queda e ascensão, poderemos ter surpresas em 3 de outubro.

Para ouvir a entrevista completa, clique abaixo. Ele começa falando do tracking Vox/IG/Band, que começou a ser publicado no início de setembro e que não sofreu alterações significativas desde então (Dilma começou com 51% e ontem tinha 53%; Serra começou com 25% e ontem tinha 23%):

sábado, 4 de setembro de 2010

Datafolha: após ataques contra Dilma, petista sobe e Serra cai
Saiu mais uma pesquisa Datafolha. Ela revela que o humor do eleitorado se manteve estável nos últimos dez dias, apesar dos sucessivos ataques da mídia e da oposição contra a candidatura governista. Dilma Rousseff subiu de 49% para 50%. Serra, caiu 29% para 28%. O fosso que separa a petista do tucano é, agora, de 22 pontos. Os que pretendem votar em branco, nulo ou nenhum são 4%. E 7% estão indecisos. Candidatos de partidos pequenos não chegam a 1%.

As más notícias para a campanha tucana não para por aí. Um dado escondido no miolo da pesquisa mostra que 81% dos eleitores declaram que estão “totalmente decididos” quanto à opção que fizeram. Apenas 18% afirmam que podem trocar de candidato nos 30 dias que faltam para o encontro com as urnas, em 3 de outubro. Mesmo que ocorra a quase impossível hipótese de todos estes 18% migrarem para a candidatura Serra, ainda sim Dilma continuaria na frente.

Principalmente porque a taxa de eleitores com 100% de certeza de seu voto é bem maior entre os que preferem de Dilma (85%) do que os que optam por Serra (77%). O número de pessoas que se dizem convencidas de que Dilma será a próxima presidente aumentou, revelando que o forjado "escândalo" da quebra de sigilo fiscal não só não tirou votos de Dilma como ainda reforçou a convicção do eleitorado da candidata de Lula.

Há dez dias, 63% dos eleitores achavam que a candidata de Lula prevalecerá sobre Serra. Hoje, 69% compartilham dessa opinião. Só 15% acham que Serra será o vencedor --pouco mais da metade dos que declaram voto no tucano. No caso de Marina Silva, 1% acredita na sua vitória.

Na pesquisa espontânea, quando os entrevistados falam em quem desejam votar sem ver uma lista de nomes, Dilma marcou 38% contra 35% na semana passada, indicando que sua tendência de alta continua. Serra oscilou apenas dentro da margem de erro na sondagem espontânea, indo de 18% para 19%. Marina saiu de 5% e foi a 6%.

"Significa dizer que só uma hecatombe política retiraria a pupila de Lula da trilha que parece conduzi-la à cadeira de presidente", afirma, a contragosto, o jornalista Josias de souza, em seu blog.

Num eventual segundo turno, a petista também venceria o tucano por 56% a 36% dos votos. Haveria 5% votando em branco, nulo ou nenhum e 4% ainda indecisos.




Rejeição a Serra chega a 31%

Em capitais e regiões metropolitanas ocorre o melhor desempenho de Marina Silva. Ela chega a 14%, contra 27% de Serra e 47% de Dilma.

Há outros dois indicadores relevantes que foram positivos para Dilma: a taxa de rejeição dos candidatos e a percepção de vitória por parte do eleitorado. A petista é rejeitada por 21% dos eleitores. Tinha 19% na semana passada.

Já Serra, era rejeitado por 24% em julho. Foi a 28% no começo de agosto. Agora, 31% dizem que não votariam no tucano de jeito nenhum.

Marina Silva é rejeitada por 17% --tinha 16% na semana passada.

Segundo o Datafolha, 51% declararam ter assistido os programas do horário eleitoral --contra 39% na semana anterior. Isso significa que muitos eleitores tomaram conhecimento dos fatos dos últimos dias, inclusive do vazamento de dados fiscais sigilosos da Receita Federal.

A pesquisa foi feita entre os dias 2 e 3 de setembro, com 4.314 eleitores em 203 cidades. O levantamento está registrado no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com número 27.903/2010.

Com agências
Datafolha: Netinho sobe para 28% e iria para o Senado com Marta
Na disputa pelo Senado, Netinho (PCdoB) subiu para 28% e aparece pela primeira vez à frente de Orestes Quércia (PMDB), que tem 26%. Os dois estão tecnicamente empatados na disputa pela segunda vaga do Estado, segundo pesquisa Datafolha. Marta Suplicy (PT) lidera com 33% e seriaeleita para a primeira cadeira.


Na comparação com o levantamento anterior, Netinho subiu quatro pontos percentuais, e Quércia permaneceu estável. Marta oscilou positivamente um ponto.

Mais atrás, aparecem Romeu Tuma (PTB), com 15%; Aloysio Nunes Ferreira (PSDB), com 12%; e Ciro Moura (PTC), com 11%.

O Datafolha ouviu 2.050 eleitores entre os dias 1º e 2 de setembro em 60 cidades. A margem de erro é de dois pontos para mais ou menos.

A pesquisa foi registrada no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de São Paulo com o número 80.895/2010.

Fonte: UOL

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Vox Populi começa divulgar pesquisa eleitoral diária
Série de pesquisas quantitativas diárias será divulgada pelo iG em parceria com o Instituto Vox Populi e Band. A primeira delas mostra Dilma com com 26 pontos de vantagem sobre Serra. 

Dando continuidade à parceria com o Instituto Vox Populi e a Band, o portal iG começou a divulgar nesta quarta-feira (1 de setembro) uma série de pesquisas quantitativas diárias sobre a corrida presidencial. Conhecidas como tracking, essas sondagens são geralmente usadas por candidatos e marqueteiros por oferecerem uma maneira rápida de identificar tendências, o que possibilita intervenção imediata nos rumos da campanha.
Seu uso nas campanhas eleitorais é recorrente há mais de uma década. Apesar de o sistema ser utilizado há tanto tempo, os dados tradicionalmente não entravam no rol de divulgação dos veículos de comunicação.

“Os leitores terão em mãos os mesmos instrumentos utilizados pelas campanhas e serão brindados pela transparência. É uma evolução democrática que demorou a chegar no Brasil, mas que ajudará no entendimento de como são feitas as pesquisas eleitorais”, afirma o presidente do Instituto Vox Popul, João Francisco Meira.

Primeira medição mostra Dilma com 51%

Na primeira medição do tracking encomendado pelo iG e pela Band ao Instituto Vox Populi, a candidata do PT ao Palácio do Planalto, Dilma Rousseff, aparece na liderança, com 51% das intenções de voto. O cenário, que daria à petista a vitória no primeiro turno, mostra o adversário tucano José Serra com 25%. A candidata do PV, Marina Silva, aparece em seguida, com 9%. Outros candidatos obtiveram, juntos, 1% das intenções de voto. Brancos e nulos somaram 4%, enquanto os indecisos ficaram em 11%.

O tracking Vox/Band/iG conta com 2.000 entrevistas, sendo que um quarto dessa amostra é renovada diariamente. Essa renovação permite identificar rapidamente as tendências de evolução das intenções de voto. A margem de erro do tracking é de 2,2 pontos porcentuais para mais ou para menos.

No tracking espontâneo, no qual os nomes dos candidatos não são apresentados aos entrevistados, Dilma tem 41% das intenções de voto, enquanto Serra aparece com 19%. Marina, nesse caso, tem 6%. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda é citado por 2% dos entrevistados. Brancos e nulos somaram 4%, não souberam ou não responderam 11%.

Processo de decisão

Segundo João Francisco Meira, a divulgação do tracking possibilitará ao eleitor entender como é formado o processo de decisão de voto. De acordo com Meira, a iniciativa trará mais transparência para a divulgação das pesquisas eleitorais e ajudará o eleitor a entender os motivos que levam à escolha de um determinado candidato.

“O resultado de uma pesquisa eleitoral não surge de um dia para outro. Ele é cumulativo. Durante o período de propaganda eleitoral, o cidadão é bombardeado por diversas informações sobre os candidatos. O tracking mede diariamente como essas informações são assimiladas pelo eleitor e ajudam na formação do voto”, explica Meira.

Oriunda do inglês, a palavra tracking significa rastreamento, trilha ou caminho. A diferença dela em relação às pesquisas convencionais divulgadas pelos institutos está na renovação da amostra de entrevistados, que muda 25% a cada dia, além da rapidez com que os dados são computados e divulgados.

Assim como as pesquisas de intenção de voto convencionais, que o Vox Populi divulga quinzenalmente, todas as entrevistas do tracking são feitas pessoalmente e respeitam a divisão de setores censitários apontados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia Estatística). Nessa setorização, o instituto divide cada município brasileiro em unidades de até 400 domicílios.

O mecanismo de renovação da amostra permite que, a cada quatro dias, o grupo de entrevistados e as cidades consultadas pelos pesquisadores do Vox Populi se renovem completamente.

Fonte: iG

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Entidades estudantis convocam internautas em defesa do Pacto pela Juventude
As 67 organizações representantes da Sociedade Civil que compõem o Conselho Nacional de Juventude (Conjuve), entre elas a União Nacional dos Estudantes (UNE), a União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e a Associação Nacional dos Pós-Graduandos (ANPG), estão convocando todas as suas redes em defesa do Pacto pela Juventude 2010.

O documento traz as propostas para a construção conjunta de uma agenda pública de juventude condensadas em 12 eixos temáticos que tratam de incentivo, marco legal, educação, trabalho, políticas afirmativas, cidadania, cultura, esporte e lazer, saúde, segurança, moradia, acesso a terra e participação.

O objetivo das entidades estudantis é mobilizar grupos em todo o país para contribuir com o debate nos estados e municípios sobre a importância de comprometer o poder público com as pautas do movimento juvenil.

“Dessa forma queremos garantir os direitos da juventude. Consolidar as políticas públicas como políticas de Estado deve ser uma resposta aos desafios de desenvolvimento do Brasil”, destaca o vice-presidente do Conjuve, João Vidal.

A idéia é fazer com que os candidatos e candidatas aos governos federal, estaduais e municipais se comprometam com o planejamento de políticas públicas de juventude em suas plataformas eleitorais e, posteriormente seu desenvolvimento entre as ações de governo.

"A UNE faz uma movimentação muito parecida com o Pacto da Juventude, que é o Projeto UNE Pelo Brasil. Para nós, é muito importante casar a mobilização de divulgação desses dois documentos. O pacto amplia o potencial de reivindicação de políticas públicas de juventude. A UNE vem mobilizando a rede do movimento estudantil pelo Brasil para garantir que as nossas pautas sejam apresentadas, sempre com campanhas conjuntas", explica a diretora da UNE e integrante do Conjuve, Marcela Rodrigues.

A presidente da Associação Nacional dos Pós Graduandos (ANPG), Elisangela Lizardo, diz ser fundamental o compromisso dos candidatos com o Pacto. Para ela é necessário a rede do movimento estudantil garantir o compromisso do poder público com a educação a ciência e a tecnologia. “A ANPG pretende realizar atividades de assinaturas. Vamos reunir a nossa diretoria e pensar formas para isso acontecer neste último mês das eleições”, destaca. E completou: "temos que realizar uma grande campanha pela valorização e pelos direitos da juventude, em especial por políticas de Ciência e Tecnologia".

Para o representante do Circuito Universitário e Cultura e Arte (CUCA) da UNE no Conjuve, Alexandre Santini, o Pacto representa a consolidação do esforço conceitual do que foi feito em programas de políticas públicas para a juventude nesse ultimo período. “Junto à juventude que atua nos Pontos de Cultura, o CUCA também está mobilizando a sua rede, procurando dessa forma incorporar outros segmentos a esse debate. A questão da cultura está bastante contemplada no Pacto, uma vez que as resoluções da Conferência Nacional abordam muitos pontos importantes relacionadas à juventude e a cultura. Isso pode agora ser efetivado como política de estado”, disse.

Já o presidente da UBES, Yann Evanovick, garante que toda a rede da entidade estará mobilizada para garantir a divulgação do Pacto. "Para a UBES é de fundamental importância que o jovem, além de votar, saiba em quem irá depositar o seu voto, analisando, de fato, o candidato que esteja comprometido com a juventude. O documento legitima o compromisso do candidato com a juventude brasileira, portanto, quem assinou esse documento, tem apoio incondicional da nossa entidade", declara.

Cibermilitância: @pactojuventude #pacto2010

Qualquer pessoa pode realizar uma atividade do Pacto pela Juventude. É só mobilizar a sociedade e convidar candidatos e candidatas para assinarem a proposta. Todas as informações, incluindo "passo-a-passo" sobre como realizar uma atividade do Pacto você encontra no Blog: www.pactopelajuventude.wordpress.com.

Todas as atividades do Pacto pela Juventude, assim como a lista dos candidatos que aderirem a essa ideia, serão divulgadas no blog do Pacto pela Juventude e no twitter: @pactojuventude. A hashtag usada é #pacto2010.

A UNE, UBES e ANPG convocam toda a rede do movimento estudantil para participar da campanha em defesa do “Pacto pela Juventude”. Por meio do twitter das entidades pretende-se fazer uma grande “passeata virtual”. Participe e divulgue aos seus seguidores no twitter.

Fonte: Estudantenet, por Rafael Minoro