Preços poderão cair no RN
Renata Moura - Editora de economiaO vice-presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo (Sindipostos RN), Antônio Cardoso, disse ontem que o início da safra da cana de açúcar poderá reduzir o preço da gasolina no Rio Grande do Norte, sem arriscar, porém, quando e como o consumidor sentirá alguma diferença nas bombas. Atualmente, o valor médio cobrado por litro do combustível no estado é R$ 2,881. “Os preços são livres. O empresário adequa o preço de venda aos custos, mas o que há neste momento é uma sinalização de baixa”, disse o sindicalista.
Indo em direção contrária a esse movimento, alguns postos têm, no entanto, aumentado o valor do litro. A razão seria um reajuste repassado pelas distribuidoras, informado, por meio de notas fiscais, ao promotor de Defesa do Consumidor, José Augusto Peres.
Em reunião na última sexta-feira, os empresários apresentaram a ele notas apontando que estavam comprando gasolina mais cara para revender. O aumento, em torno de R$ 0,11, teria sido repassado pela Shell e elevado o preço do combustível para os postos da rede de R$ 2,44 para R$ 2,55, segundo informações do promotor. “Eles disseram que já haveria, com isso, uma justa causa para um novo aumento e que não sabiam por quanto tempo daria para segurar”, disse José Augusto Peres.
Outras distribuidoras, além da Shell, teriam também aumentado o valor do litro. “Pelo que sabemos, a única que não repassou ainda foi a BR”, disse Antônio Cardoso, do Sindipostos.
Nas bombas
Motivados ou não por esse reajuste, alguns postos aumentaram em cerca de R$ 0,03 o litro da gasolina neste início de semana. O posto Carrefour, de bandeira Shell, foi um deles. A gasolina aumentou cerca de R$ 0,03 no estabelecimento ontem. O valor passou de R$ 2,72 para R$ 2,75. A empresa foi procurada mas não retornou o pedido de informações. Outros postos na cidade também reajustaram o preço em proporção parecida. “Creio que seja reflexo desse aumento das distribuidoras”, opinou Cardoso.
Em nota, a Shell disse que “o recente aumento de preço dos combustíveis deve-se à elevação do custo do etanol”. A distribuidora ressaltou que o aumento tem caráter sazonal e ocorre devido à entressafra, declarando, ainda, que, em virtude de políticas internas da Raízen - empresa resultante da joint venture entre Shell e Cosan - e restrições legais, não tem autorização para divulgação de informações de custo e preços da distribuidora.
A Ale e Ipiranga também foram procuradas mas não confirmaram nem forneceram quaisquer informações sobre possíveis reajustes, até o fechamento desta edição. Já o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom) disse que não está a par de novos aumentos e, que, em vez de alta, a tendência é que os preços dos combustíveis caiam quando a safra da cana de açúcar – que deverá aumentar a oferta de etanol no mercado – atingir sua plenitude.
Conforme dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, após um mês do início oficial da colheita da cana-de-açúcar na região Centro-Sul do Brasil, os preços do etanol começam a enfraquecer. O etanol anidro, que é misturado à gasolina, recuou na semana passada após acumular a alta de 122% ao longo de 13 semanas consecutivas.
Quanto aos preços do etanol hidratado, o etanol que o motorista compra no posto, o Cepea aponta que seus preços também estão em queda nas usinas paulistas. Como a procura com esse combustível está relativamente baixa pelo fato de a gasolina C estar mais vantajosa em termos econômicos, a queda de preços do hidratado vem ocorrendo desde o final de março.
aumento abusivo
O promotor de Defesa do Consumidor, José Augusto Peres, reiterou ontem que está mantendo entendimentos com um perito contábil, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, para que analise se de janeiro a maio deste ano houve em algum momento por parte das empresas um aumento de preços que possa ser considerado abusivo. O promotor deverá se reunir na próxima sexta-feira com o perito para definir que documentos e informações será preciso pedir ás empresas e à Secretaria de Tributação para subsidiar a análise. A expectativa é que ofícios requisitando oficialmente as informações comecem a ser expedidos na segunda-feira. As empresas deverão ter um prazo de 10 dias para responder. “Havendo comprovação de aumento abusivo será preciso ver se está configurado não só na parte cível, mas também na criminal. Caberia nesses casos uma ação civil pública e uma eventual ação penal”, detalhou Peres.
Em reunião na última sexta-feira, os empresários apresentaram a ele notas apontando que estavam comprando gasolina mais cara para revender. O aumento, em torno de R$ 0,11, teria sido repassado pela Shell e elevado o preço do combustível para os postos da rede de R$ 2,44 para R$ 2,55, segundo informações do promotor. “Eles disseram que já haveria, com isso, uma justa causa para um novo aumento e que não sabiam por quanto tempo daria para segurar”, disse José Augusto Peres.
Outras distribuidoras, além da Shell, teriam também aumentado o valor do litro. “Pelo que sabemos, a única que não repassou ainda foi a BR”, disse Antônio Cardoso, do Sindipostos.
Nas bombas
Motivados ou não por esse reajuste, alguns postos aumentaram em cerca de R$ 0,03 o litro da gasolina neste início de semana. O posto Carrefour, de bandeira Shell, foi um deles. A gasolina aumentou cerca de R$ 0,03 no estabelecimento ontem. O valor passou de R$ 2,72 para R$ 2,75. A empresa foi procurada mas não retornou o pedido de informações. Outros postos na cidade também reajustaram o preço em proporção parecida. “Creio que seja reflexo desse aumento das distribuidoras”, opinou Cardoso.
Em nota, a Shell disse que “o recente aumento de preço dos combustíveis deve-se à elevação do custo do etanol”. A distribuidora ressaltou que o aumento tem caráter sazonal e ocorre devido à entressafra, declarando, ainda, que, em virtude de políticas internas da Raízen - empresa resultante da joint venture entre Shell e Cosan - e restrições legais, não tem autorização para divulgação de informações de custo e preços da distribuidora.
A Ale e Ipiranga também foram procuradas mas não confirmaram nem forneceram quaisquer informações sobre possíveis reajustes, até o fechamento desta edição. Já o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e de Lubrificantes (Sindicom) disse que não está a par de novos aumentos e, que, em vez de alta, a tendência é que os preços dos combustíveis caiam quando a safra da cana de açúcar – que deverá aumentar a oferta de etanol no mercado – atingir sua plenitude.
Conforme dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, após um mês do início oficial da colheita da cana-de-açúcar na região Centro-Sul do Brasil, os preços do etanol começam a enfraquecer. O etanol anidro, que é misturado à gasolina, recuou na semana passada após acumular a alta de 122% ao longo de 13 semanas consecutivas.
Quanto aos preços do etanol hidratado, o etanol que o motorista compra no posto, o Cepea aponta que seus preços também estão em queda nas usinas paulistas. Como a procura com esse combustível está relativamente baixa pelo fato de a gasolina C estar mais vantajosa em termos econômicos, a queda de preços do hidratado vem ocorrendo desde o final de março.
aumento abusivo
O promotor de Defesa do Consumidor, José Augusto Peres, reiterou ontem que está mantendo entendimentos com um perito contábil, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, para que analise se de janeiro a maio deste ano houve em algum momento por parte das empresas um aumento de preços que possa ser considerado abusivo. O promotor deverá se reunir na próxima sexta-feira com o perito para definir que documentos e informações será preciso pedir ás empresas e à Secretaria de Tributação para subsidiar a análise. A expectativa é que ofícios requisitando oficialmente as informações comecem a ser expedidos na segunda-feira. As empresas deverão ter um prazo de 10 dias para responder. “Havendo comprovação de aumento abusivo será preciso ver se está configurado não só na parte cível, mas também na criminal. Caberia nesses casos uma ação civil pública e uma eventual ação penal”, detalhou Peres.
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