terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Terapia ocupacional: a saúde do Brasil precisa de você!
Notícia publicada na edição de 08/12/2009 do Jornal Cruzeiro do Sul, na página 2 do caderno A - o conteúdo da edição impressa na internet é atualizado diariamente após as 12h.

O terapeuta ocupacional possui competências e habilidades para avaliar, sistematizar e decidir sobre condutas mais adequadas, baseadas em evidências científicas
A Terapia ocupacional é uma profissão da área da saúde, cujo objetivo central é identificar, entender, analisar e interpretar as desordens da dimensão ocupacional do ser humano e utilizá-la como instrumento de intervenção. O profissional terapeuta ocupacional entende o processo saúde-doença nas suas múltiplas determinações, contemplando a integração dos aspectos biológicos, sociais, psíquicos, culturais e a percepção do valor dessa integração para a vida de relação e produção. A Terapia Ocupacional é uma profissão que ensina, mantém e promove o comportamento competente nas áreas da vida, aprendizagem e trabalho, junto a indivíduos que experimentam enfermidade, déficit no desenvolvimento e/ou disfunções físicas e psicológicas, ou que, de algum modo, estão em situação de risco ou vulnerabilidade social. O terapeuta ocupacional compreende que o ser humano se constitui naquilo que faz e, por isso, utiliza a atividade como recurso terapêutico para estimular, descobrir e facilitar a aquisição de habilidades, incluindo a adaptação de tarefas e/ou do meio ambiente necessárias para que as pessoas consigam (re) organizar o seu dia a dia e conquistar melhor qualidade de vida, autonomia e independência nas atividades da vida diária (AVDs).
Esse profissional pode atuar nas áreas clássicas da Terapia Ocupacional, saúde física e saúde mental, e em áreas que hoje assumem novas perspectivas, como gerontologia, saúde do trabalhador, área psicossocial e educacional. Suas ações buscam favorecer transformações pessoais e coletivas, partindo do conhecimento da problemática das populações que apresentam dificuldades temporárias ou permanentes de inserção e participação na vida social. As possibilidades de desenvolvimento da profissão são abrangentes, uma vez que a incapacidade funcional pode ser causada por vários fatores, nas diferentes fases do ciclo de vida.
O terapeuta ocupacional possui competências e habilidades para avaliar, sistematizar e decidir sobre condutas mais adequadas, baseadas em evidências científicas. Como membro da equipe multiprofissional, está apto a assumir posições de liderança, administração e gerenciamento.
Faz uso das tecnologias como instrumento de intervenção e das diferentes atividades humanas: as artes, o exercício físico, o trabalho, o lazer, a cultura, as atividades artesanais, corporais, lúdicas, o autocuidado, as atividades cotidianas e sociais, dentre outras. O profissional avalia, prescreve, confecciona, adapta e treina o uso de órteses, próteses, cadeira de rodas, equipamentos e dispositivos para mobilidade, bem como orienta sobre necessidade de tecnologia assistiva. Utiliza o raciocínio terapêutico ocupacional para realizar a análise da situação na qual se propõe a intervir, na forma de diagnóstico clínico e/ou institucional, a fim de promover a intervenção propriamente dita, a escolha da abordagem terapêutica apropriada e o acompanhamento dos resultados alcançados.
Os programas de Terapia Ocupacional são parte integrante de serviços de saúde em hospitais gerais, hospitais-dia, centros de reabilitação, instituições geriátricas, programas de atenção domiciliar, escolas e clínicas especiais, núcleos de reintegração social; programas nas comunidades e em outras organizações que proveem reabilitação e/ou serviços de prevenção, ambos dentro e fora do modelo médico; no campo da saúde do trabalhador, prestando consultoria/assessoria em empresas; na área social e educacional. Pode, também, desenvolver atividades de docência no ensino superior, realizar pesquisas científicas e atuar como gestor de serviços de saúde.
O perfil do profissional terapeuta ocupacional deve incluir o gosto pelo contato e o fazer humano, nas suas diferentes formas de realização e expressão; a disponibilidade para assumir a perspectiva do outro; além do reconhecimento do cuidado em saúde como uma forma de favorecer a potência e a autonomia.
Criado há mais de dez anos, o curso de Terapia Ocupacional da Uniso, com nota máxima no MEC e estrelas no guia do estudante, vem desenvolvendo trabalhos na comunidade, com grupos de prevenção e atenção à saúde, além de prestar atendimento na sua clínica-escola, o Núcleo de Terapia Ocupacional da Uniso, a toda população que necessita do serviço nas diferentes áreas de atuação. Referência na atenção em terapia ocupacional, no ano de 2008, atendeu cerca de 3.600 atendimentos nos seus diferentes programas.
Parabéns a todos os profissionais de Terapia Ocupacional que no mês de outubro comemorou 40 anos de reconhecimento oficial da profissão no país!

Bruneta Rey, mestre em Educação e docente do curso de Terapia Ocupacional da Uniso (bruneta.rey@prof.uniso.br).

Nenhum comentário:

Postar um comentário