quarta-feira, 30 de junho de 2010


Pesquisa Vox Populi: Dilma 40% e Serra 35% 
Candidata petista está à frente do tucano pela primeira vez segundo este instituto, já que última sondagem apresentou empate técnico entre eles



O Instituto Vox Populi divulgou nesta terça-feira (29) nova pesquisa sobre a eleição presidencial, indicando Dilma Rousseff (PT) com 40% das intenções de voto. José Serra (PSDB) tem 35% e Marina Silva (PV), 8%. 
A coleta de informações foi feita de 24 a 26 de junho com 3 mil eleitores e tem margem de erro de 1,8%, o que afasta possibilidade de empate técnico. Os números se referem à modalidade estimulada, em que é apresentada uma lista de candidatos ao entrevistado.
Esta é a primeira vez que a candidata petista passa o tucano em uma pesquisa Vox Populi. No entanto, os números estão iguais a outra pesquisa, divulgada no dia 23 de junho, pelo Instituto Ibope. 

A última sondagem feita pelo Vox Populi, de 8 a 13 de maio, indicava empate técnico, com 37% para dilma e 34% para Serra e margem de erro de 2,2%.  
Na modalidade espontânea, em que nenhum nome é apresentado ao entrevistado, a pesquisa Vox Populi divulgada nesta terça-feira apresenta 26% para Dilma e 20% para Serra. 

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Vox Populi confirma números do Ibope e Dilma 5 pontos à frente de José Serra
Petista tem 40% das intenções de voto contra 35% de tucano; Marina tem 8% 

Redebomdia - 29/6/2010 - A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff (PT), se mantém à frente de José Serra (PSDB) na pesquisa Vox Populi divulgada nesta terça-feira.

Os números do levantamento são os mesmos da pesquisa Ibope divulgada na semana passada: Dilma tem 40% das intenções de voto contra 35% de Serra. A diferença se dá com Marina Silva (PV), que no Ibope tinha 9% e agora aparece com 8%.

A margem de erro é de 1,8 pontos para mais ou para menos. É a primeira vez que Dilma lidera a corrida presidencial no Vox Populi.

Segundo o blog do jornalista Fernando Rodrigues, na pesquisa espontânea, quando não são apresentados os nomes dos candidatos, Dilma fica com 26% e Serra com 20%. 

Crescimento


O Vox Populi confirma o crescimento da petista enquanto Serra se mantém praticamente no mesmo patamar do início do ano.

Em maio, no cenário em que apenas Dilma, Serra e Marina foram apresentados como candidatos, Dilma teve 37% das intenções de voto empatado, dentro da margem de erro (de 2,2 pontos), com o tucano, que tinha 34%.

O instituto entrevistou 3 mil eleitores, de 24 a 26 de junho

domingo, 27 de junho de 2010

PROGRAMA FÉRIAS DO TRABALHADOR BRASILEIRO

Ministério 
do TurismoO ministro do Turismo, Walfrido dos Mares Guias, e o diretor-presidente da Abrastur (Associação Brasileira de Cooperativas de Turismo Social), Paulo de Brito Freitas, assinaram o acordo de cooperação técnica para a implementação do programa “As Férias do Trabalhador Brasileiro”.
O ato foi prestigiado por todos os membros do Conselho Nacional de Turismo, incluindo o presidente da ABIH Nacional, Eraldo Alves da Cruz, e pelo ex-presidente da entidade e atual diretor técnico do IBH (Instituto Brasileiro de Hospedagem), Luiz Carlos Nunes.
O programa "Férias do Trabalhador Brasileiro" visa integrar as empresas e permitir maior motivação dos seus colaboradores por meio da utilização das férias com as suas famílias, aumentando o relacionamento interpessoal entre empresa e o trabalhador, melhorando desta forma o rendimento profissional e contribuindo para a fidelização do trabalhador à empresa.
De acordo com Brito, o principal objetivo do programa é levar às pessoas a oportunidade real de hospedagens, por meio da utilização de sete diárias por ano, em apartamento duplo, com café da manhã, nos principais destinos turísticos do País e em qualquer época do ano.
Para o presidente da ABIH Nacional, Eraldo Alves da Cruz, o programa de "Férias do Trabalhador Brasileiro" representa a verdadeira socialização do turismo. "Esse programa permitirá que o trabalhador brasileiro possa usufruir de pacotes turísticos, mediante o pagamento de uma pequena parcela mensal para o sistema, acrescentando que este método já adotado em outros países vai alavancar muito o turismo interno e aumentar a ocupação dos hotéis em todo o território nacional.
O presidente da Abrastur enfatizou que o programa nos próximos dois anos visa atingir 10% do universo dos trabalhadores formais, ou seja, aproximadamente 2,5 milhões de pessoas. "Com isso teremos a geração de 17 milhões de diárias/ano, o que equivale a um crescimento de aproximadamente 35% na ocupação da rede hoteleira, e permite a movimentação em torno de R$ 2 bilhões por ano para a cadeia produtiva do turismo, além da geração de 300 mil novos empregos para o nosso mercado", ressaltou Brito.

NOTICIAS DO MUNDO POSTAL

Prova dos Correios em agosto
O concurso está parado desde dezembro
A prova do concurso para 6.565 vagas nos CORREIOS será aplicada até o final de agosto. A Fundação Getúlio Vargas (FGV) foi escolhida por meio de dispensa de licitação pelos CORREIOS para ser a organizadora do concurso. O concurso está parado desde o término das inscrições, em fevereiro, por conta da demora na escolha da empresa que fará a seleção - o concurso foi aberto em dezembro do ano passado. Foram os próprios CORREIOS que realizaram as inscrições e optaram por contratar organizadora somente após terem o número fechado de inscritos. O motivo alegado foi a redução de custos. A empresa diz que, com o número total de candidatos, a organizadora não corre o risco de fixar para cima o preço cobrado para
realizar a seleção. A maioria das vagas é de nível médio: 6.065. Outras 500 são de nível superior. O maior número de vagas é para carteiro: 5.344. Há ainda 200 vagas para operador de triagem e transbordo, 521 vagas para atendente comercial e 500 para analistas de nível superior. Para agentes de CORREIOS, a ECT oferece, além do salário-base de R$ 706,48, plano de assistência médico-hospitalar e odontológica extensiva aos dependentes legais, além do pai e mãe (conforme regras estabelecidas), e vale alimentação/refeição que varia de R$ 614,50 a R$ 700,50, dependendo da jornada de trabalho semanal. Para analista de CORREIOS, o salário é de R$ 3.108,37, além das vantagens já citadas. A jornada de trabalho será de 44 horas semanais para todos os servidores.
Clica Brasília
Sucateamento dos Correios
A má qualidade dos serviços prestados pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT), os Correios, teria um motivo: o sucateamento da estatal para uma posterior privatização. Segundo uma carta do Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Comunicações Postais de Santa Maria e Região recebida pelo senador Paulo Paim (PT), membros dos Correios pretendem abrir o capital da empresa para a iniciativa privada através de uma medida provisória do Ministério das Comunicações, que está sendo analisada pelo presidente Lula. Essa MP teria o objetivo de “modernizar os Correios”. Além disso, o presidente da estatal, Carlos Henrique Custodio, teria apoiado a transformação da empresa em sociedade anônima em audiência pública. Para Paim, a abertura do capital da ECT é a pior das soluções. “Sou totalmente a favor de que se criem condições para que a qualidade dos serviços seja priorizada, fazendo-se aquilo que for necessário para tanto e que não passe, nem de longe, pela privatização”, afirmou.
Jornal do Comércio – Porto Alegre
A força do verbo movimenta o poder?
Movimenta sim. É com satisfação que lemos no nosso Jornal Agora a notícia da exoneração do diretor de operações dos Correios. Tal atitude foi justa pelo fato de nela conter o combustível chamado “Verbo” e este foi o condutor da grande máquina democrática chamada de Manifestação Popular. Expressamos aqui nosso contentamento com os veículos de comunicação que ecoaram aos mais longínquos pagos as vozes dos munícipes descontentes com os serviços prestados pela administração maior dos Correios. A situação só não foi pior por conta dos relevantes serviços prestados pelos funcionários dos Correios, que, sobrecarregados, trabalharam como puderam na entrega das correspondências na cidade do Rio Grande.
Assim como todos que elevaram suas vozes demonstrando descontentamento, nós, aqui pelo Cassino, fizemos a nossa parterecebendo e encaminhando a quem de direito as reclamações diárias recebidas da comunidade na sede da ACBC (Associação Comunitária do Bairro Cassino). Parabéns, Jornal Agora, por servir positivamente de ferramenta democrática para mais sta conquista das comunidades unidas. Deveremos continuar vigilantes a tudo que acontece ao nosso redor, pois nunca será tarde para usarmos o “Verbo” comoarma democrática ao nosso favor exigindo nossos direitos e respeitando os nossos deveres.
Agora – O jornal do sul
Lula mantém correios sob intervenção branca - Cláudio Humberto
A direção dos Correios está sob “intervenção branca”: as decisões mais importantes são agora submetidas a ministra Erenice Guerra (Casa Civil). Também está sob “observação” e corre o risco de demissão o ministro Arthur Filardi (Comunicações), a exemplo do protegido Carlos Henrique Custodio, presidente da estatal. Lula fixou prazo para que os Correios recuperem a boa imagem e façam concurso para carteiros.
Até agora, nada Está há dois meses parados e lacrados, à espera de perícia, os carros oficiais dos diretores dos Correios que estariam sob escuta ilegal.
Jornal de Brasília
Carlos Eduardo tem candidatura formalizada em convenção do PDT
Ex-prefeito de Natal fez críticas aos “velhos modelos políticos” e ao Governo do Estado, pregou a “renovação” e enalteceu ações de sua gestão.

Fotos: Túlio Duarte
Na fachada do Ginásio de Cidade da Esperança, a foto gigante de Carlos Eduardo.
Fotos
Ao ter sua candidatura ao Governo do Estado formalizada neste sábado (26) na convenção estadual do PDT, o ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves fez críticas aos “velhos modelos políticos” e defendeu a “renovação” ao apresentar seu nome e o do candidato a vice-governador na chapa do PDT-PCdoB, deputado estadual Álvaro Dias.

“Ouso dizer que esta eleição será um divisor de águas. Será o momento de dizermos um basta a esses velhos modelos políticos, onde tudo importa para eles, menos os destinos do povo”, discursou o candidato, no Ginásio Poliesportivo Antônio Alves Correia, na Cidade da Esperança.

Sob aplausos, apitos, "chuva de papel picado" e fogos de artifício, Carlos Eduardo provocou ao dizer que esses velhos modelos “contemplam o falso afago, as visitas inoportunas e gratuitas onde menos se espera, o teatralismo do estou aqui com meu povo, quando na verdade não estão nem aí”.
Foto: Túlio Duarte

Na sequência, o pedetista listou as potencialidades econômicas do Rio Grande do Norte como, por exemplo, petróleo, gás natural, minérios, fruticultura, carcinicultura, solos férteis, sal, calcário, barrilha, pedras ornamentais, cerâmicas, energia eólica e solar, mel e pescado e indústria turística.

“Apesar de toda essa riqueza, é um Estado que não cuidou nos últimos 30 anos de sua infra-estrutura”, criticou, ressaltando que o Estado não possui porto, aeroporto, ferrovia e conta com uma “malha viária sofrível”. O pedetista lembrou que o Estado arrecada cerca de R$ 7 bilhões, no entanto, investiu no último ano pouco mais de 3,8% desse orçamento em obras estruturantes.

Carlos Eduardo também enalteceu as ações à frente da Prefeitura de Natal. “Ampliamos a capacidade de investimento do município de 30 milhões para 134 milhões”, exaltou. O candidato homologado aproveitou para fazer promessa: “como governador, vou resgatar nossa capacidade de investimento. A nossa meta é investir 15%. E sei bem como chegar lá”.
Foto: Túlio Duarte

O candidato a governador pelo PDT anunciou os quatro eixos prioritários para o desenvolvimento do Rio Grande do Norte, são eles: educação cidadã e transformadora; desenvolvimento econômico integrado e sustentável; tecnologia e trabalho; e eficiência e fortalecimento administrativo.

Com relação à educação, Carlos Eduardo defendeu a melhoria das escolas públicas, que acredita só ser possível com a valorização dos salários e da formação dos professores.
Estabelecendo um comparativo, o pedetista disse que sua gestão em Natal construiu 346 salas de aula e recuperou outras 261, enquanto “nos últimos 50 anos não se fez mais pelo ensino em nosso Estado". "Este é o diferencial entre eles e nós”, comparou.

No que concerne à saúde, o candidato garantiu, caso eleito, a instalação nas principais cidades-pólo do interior de centros de diagnóstico por imagem e centros de especialidade.
“Também investiremos mais fortemente nas linhas básicas do SUS, no reequipamento dos hospitais públicos e nos projetos preventivos, como o Programa Saúde da Família”, assegurou.
Foto: Túlio Duarte


Em seu discurso de quatro folhas, o ex-prefeito falou ainda da necessidade de investimentos em segurança, com uma política voltada para “a inteligência e novas tecnologias” e a “profissionalização das polícias com melhoria salarial”.

Defendendo a descentralização econômica, o pedetista criticou a centralização que, segundo ele, se evidencia com investimentos em apenas duas regiões: a Grande Natal e o Oeste.

Concluindo o discurso, o ex-prefeito convidou os presentes a encararem a mudança com esperença e otimismo. Ele voltou a criticar os adversários: “Nós já provamos que sabemos fazer a boa política, diferentemente da politicagem que locupleta a bagagem de nossos adversários. Por tudo isso, sinto-me legitimamente credenciado para postular a governança do Rio Grande do Norte”.
Foto: Túlio Duarte

Sávio Hackradt prega renovação política e diz que o “RN pena no deserto”
Antes de chegarem ao Ginásio de Cidade da Esperança, os militantes comunistas haviam realizado sua convenção na sede do PCdoB, na Avenida Alberto Silva, no Tirol. Ocasião em que formalizaram a candidatura ao Senado Federal do jornalista Sávio Hackradt (PCdoB).

O jornalista chegou ao Ginásio, local da convenção do PDT, acompanhado de Carlos Eduardo e Álvaro Dias e com o texto pró-Lula e Dilma. Em seu discurso, Sávio perguntou o que a senadora oposicionista Rosalba Ciarlini (DEM) havia feito pelo Estado, na sequência, ele responde: “nada”.

Para o candidato ao Senado, é necessário uma “renovação política”. “Temos que acabar com esse ciclo vicioso de 40 anos, em que só eles [os atuais senadores, que são adversários] se revezam no poder”, defendeu.
Foto: Túlio Duarte


Crente na vitória de Carlos Eduardo, o candidato disse que o pedetista iria precisar de um senador comprometido com o Estado. “Estamos aqui porque temos o compromisso com o RN. Nosso projeto é aliado do projeto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da ex-ministra Dilma Rousseff (ambos do PT)”, disse.

Ao fazer uso de uma metáfora, Sávio considerou que o presidente Lula conduziu o povo brasileiro a um oásis, porém o candidato frisou que “o RN não acompanha as mudanças que ocorrem no Brasil e no Mundo”. “O RN pena no deserto”, criticou, chamando a atenção para “a responsabilidade com o nosso tempo” e conclamando o povo para a luta pela vitória.

O primeiro suplente de Sávio é o empresário e presidente de honra do PDT de Mossoró, Rútilo Coelho. A segunda suplência ainda está vaga. "Vamos nos reunir ao longo dessa semana para a definição. Apareceram outros nomes. Vamos analisar", contou Sávio, emendado que a segunda suplência caberá a uma mulher comunista.

No vídeo: Rosalba é a "pedra" que Carlos Eduardo deve "retirar" do caminho
Foto: Túlio Duarte


Antes dos discursos dos candidatos da majoritária, o locutor anunciou a exibição de um vídeo. Os presentes se voltaram para o telão para ver as imagens das ações do ex-prefeito de Natal, que foram mostradas com o acompanhamento da música “É preciso saber viver”, uma composição de Roberto Carlos e Erasmo Carlos.

No trecho da música que diz “Toda pedra no caminho / Você deve retirar / Numa flor que tem espinhos / Você pode se arranhar”, aparecia no telão a caricatura da senadora adversária Rosalba Ciarlini (DEM). O vereador de Natal Raniere Barbora (PRB) olhava atento ao vídeo, que encerrou com a foto de Carlos Eduardo e mensagem: “um governador sério e competente”.

Estrutura
A organização do evento estima em cerca de 1.000 pessoas o público presente ao Ginásio Poliesportivo de Cidade da Esperança. Para os participantes da convenção foram distribuídos gratuitamente cerca de 600 copinhos de água de 200ml cada, além de 30 vasilhames com 20 litros cada.
Foto: Túlio Duarte


No local havia 12 extintores de incêndio e, segundo a assessoria de imprensa do candidato a governador, a convenção possuía a licença do Corpo de Bombeiros Militar. Porém a licença, segundo um dos organizadores, não incluía o uso de bombas bujões dentro do Ginásio, e elas foram utilizadas no local (duas).

Alguns militantes utilizavam perucas, as "agneletes" trouxeram apitos ensurdecedores e muitas bandeiras que eram erguidas a cada comando do locutor. “Levantem as bandeiras, vocês estão aqui para se divertir”, comandava.

Cada candidato, seja do PCdoB ou do PDT foi convidado a levar sua faixa, seu banner, sua militância, sua bandeira. O local estava cheio desses adereços, de bolas e fitas nas cores vermelho, verde, azul e branco. O ex-prefeito Carlos Eduardo não poupou e entrou acompanhado de um sky paper que garantiu a "chuva de papel", no entanto, faltou espaço reservado com estrutura para imprensa.
Foto: Túlio Duarte


O prefeito de Parnamirim, Maurício Marques, colocou à disposição da candidatura o terceiro maior colégio eleitoral do Estado. "O povo de Parnamirim, sob meu comando, não tem outro nome para governador que não seja o de Carlos Eduardo. Aqui está todo secretariado, vereadores, o povo. Estão todos aqui", discursou.

A convenção foi encerrada com todos entoando o hino nacional, sob o toque nordestino da sanfona. Demonstrando união, os candidatos deram as mãos rumo ao trabalho árduo na conquista de votos.

George Câmara e sargento Regina estão confiantes na vitória
Os vereadores George Câmara (PCdoB) e sargento Regina (PDT) pretendem chegar à Assembleia Legislativa. Os dois parlamentares, que tiveram suas candidaturas formalizadas neste sábado (26), estão confiantes na vitória.
Foto: Túlio Duarte


“Estamos confiantes. Acredito que vamos [coligação PDT-PCdoB] fazer uns três deputados estaduais”, desejou George Câmara, que tem atuação em Natal, na Região Metropolitana de Natal e Mato Grande.

“Vamos ser votados na região do petróleo também e em todo Estado”, assegurou o parlamentar. George Câmara tem mais de 20 anos de atuação sindical junto ao Sindicato dos Petroleiros.

“Vamos chegar com força para nossa eleição e para a de Carlos Eduardo”, garantiu sargento Regina, que conta com apoio de muitos policiais. A parlamentar também tem atuação no segmento feminista, nos terreiros, no movimento gay, lésbica e simpatizante, enfim, na luta dos direitos humanos e das chamadas minorias.

Nominata - deputados federais PDT:
  • Afrânio Amorim
  • Jonas Pessoa
  • Marluce Pinheiro
  • Marcos Ribeiro

Nominata - deputados estaduais PDT:
  • Agnelo Alves (ex-prefeito de Parnamirim)
  • Anízio Barbosa (Natal)
  • Professor Auricelio Lucena (Natal)
  • Empresário Brigido Bezerra (Natal)
  • Dênio (Assú)
  • Edinaldo Barreto (São José de Mipibu)
  • Francisco Feitosa – Tico (São Gonçalo do Amarante)
  • Francisco de Assis Pinheiro (Natal)
  • Ivonaldo (Currais Novos)
  • João Evangelista – Kanelinha (Seridó)
  • Jonas Madruga (Natal)
  • Joel (Nísia Floresta)
  • Joelito – Jojó (São Tomé)
  • Professor Mangueira (Passa e Fica)
  • Mary Regina (vereadora de Natal)
  • Neilson (São Paulo do Potengi)
  • Ricardo Camarão
  • Roberto Morais
  • Tomaz Neto (Mossoró)
Nominata - deputados estaduais PCdoB:
  • George Câmara (vereador de Natal)
  • Roberto Germano (ex-prefeito de Caicó)
  • Gutemberg Dias (geólogo Mossoró)
  • Professor Flaviano Monteiro (Apodi)
  • Renato Leitão
  • Professora Franscica Neide
  • Professora Francisca Valda (Natal)
  • Francisco Medeiros
  • Júnior da Emater
  • Ilton Chaves
  • Clovis Nunes
Nominata – deputados federais PCdoB:
  • Francisco Canindé de França (ex-secretário da Reforma Agrária do RN)
  • Divanilton Pereira (petroleiro)
  • Tião da Lanchonete
  • Emanuel
Monopólio contestado: Globo é alvo de "vuvunzelazo" na internet 
A Globo não está mais falando sozinha no Brasil. A chamada grande mídia não se esgota na Rede Globo, é verdade, mas esta simboliza a hegemonia do modelo midiático concentrador e excludente construído no Brasil ao longo das últimas décadas. A briga envolvendo o técnico da seleção brasileira e o maior conglomerado de comunicação do país deu visibilidade a esse novo cenário. O chamado para um "Dia sem Globo", convocado via Twitter para esta sexta-feira, foi um movimento inédito no país, nos termos em que aconteceu. A ordem era não ver o jogo da seleção brasileira contra Portugal pelos veículos da Globo. Moveu ponteiro na audiência da emissora? Nada dramático, segundo os indicadores oficiais de audiência, mas algo parece ter se movido.

O blog Noticias da TV Brasileira divulgou os seguintes números dos índices de audiência das emissoras concorrentes da Globo no horário do jogo desta sexta-feira entre Brasil e Portugal:

“A Band obteve hoje com a transmissão do jogo Brasil X Portugal o seu melhor resultado de audiência até agora na Copa do Mundo: pela prévia do Ibope, média de 13 pontos. Nos dois primeiros jogos do Brasil a média da emissora tinha sido de 10 pontos. O resultado de hoje mais uma vez garantiu à Band o segundo lugar isolado. No horário do jogo, SBT deu 1,1, Record 0,9 e Rede TV 0,1.”

 
Luiz Carlos Azenha, por sua vez, informou no Vi o Mundo que os números preliminares do Ibope para a Grande São Paulo indicam um aumento na audiência tanto para a Globo quanto para a Bandeirantes em relação ao jogo anterior do Brasil na Costa do Mundo, domingo passado. “Na estreia do Brasil, a Globo cravou 45 pontos, contra 10 da Band. No terceiro jogo, entre Brasil e Portugal, os números preliminares indicam que a Globo obteve 44 pontos de média, contra 13 da Band”.


No entanto, o “share” da TV Globo caiu (porcentagem de sintonizados na emissora sobre o número total de televisores ligados), de 75% no primeiro jogo para 72% no segundo e, agora, para 67%. O “share” da Bandeirantes, por sua vez, iniciou com 16%, passou para 17% e chegou a 20% no jogo contra Portugal. Todos esses números, adverte Azenha, são preliminares e se referem apenas à medição automática do Ibope na Grande São Paulo.

Privilégios revelados

A principal novidade desse episódio não é audiência da Globo ou da Bandeirantes, mas, sim, a exposição pública de um tipo de prática midiática (de manutenção de privilégios) que não era conhecido pela imensa maioria da população. Na terça-feira desta semana começaram a surgir os primeiros relatos (dos jornalistas Bob Fernandes, no portal Terra, e de Maurício Stycer, no UOL) sobre o conflito ocorrido no domingo entre Dunga e a Rede Globo.

Segundo esses relatos, Dunga não aceitou dar à Globo acesso privilegiado a jogadores da seleção para a realização de entrevistas exclusivas. Essas entrevistas teriam sido negociadas diretamente pela Globo com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Dunga não gostou e vetou.

A imensa maioria dos jornalistas condenou o modo como Dunga reagiu, proferindo palavrões durante a coletiva após o jogo contra a Costa do Marfim. No dia seguinte, o episódio parecia que ia somar para um suposto aumento do desgaste da imagem de Dunga. Mas não foi isso que aconteceu.

A repercussão do caso na internet indicou que a maioria dos internautas estava ficando com Dunga e contra a Globo. As enquetes nos portais esportivos e as seções de comentários nestes espaços mostravam um amplo apoio para o técnico contra a emissora. Ainda na terça, internautas começaram a propor um boicote nacional à TV Globo na sexta-feira. Na madrugada de terça-feira, cresceu no Twitter o chamado para um #diasemglobo, que convidava as pessoas a verem o jogo entre Brasil e Portugal, sexta-feira, em qualquer outra emissora que não a Globo.

A reação da Globo e de seus parceiros

A alergia à crítica da Globo e de suas empresas parceiras provocou cenas curiosas, como a consulta à distância a psicanalistas para diagnosticar problemas mentais no treinador. Os jornais O Globo, no Rio de Janeiro, e Zero Hora, em Porto Alegre, publicaram matérias quase idênticas.

O primeiro noticiou, dia 22 de junho, em matéria assinada por Fernanda Thurler: “E se o destempero entrar em campo – Psicanalista teme que atitude exaltada do treinador seja incorporada pelos jogadores ”. Na mesma linha, ZH disse, em matéria de Itamar Melo: “Especialistas analisam Dunga”. Praticamente a mesma matéria. Só mudaram os psicanalistas ouvidos. No caso do Globo, Alice Bitencourt e Chaim Katz. A ZH foi de Mario Corso, João Ricardo Cozac e Robson de Freitas Pereira.

O jornalista Leandro Fortes apontou, em seu blog Brasília, eu Vi, o surgimento de uma nova era Dunga e uma de suas primeiras consequências: o fim do besteirol esportivo. Ele escreveu:

“O estilo grosseiro e inflexível de Dunga desmoronou esse mundo colorido da Globo movido por reportagens engraçadinhas e bajulações explícitas confeitadas por patriotadas sincronizadas nos noticiários da emissora. Sem acesso direto, exclusivo e permanente aos jogadores e aos vestiários, a tropa de jornalistas enviada à África do Sul se viu obrigada a buscar informações de bastidores, a cavar fontes e fazer gelados plantões de espera com os demais colegas de outros veículos. Enfim, a fazer jornalismo. E isso, como se sabe, dá um trabalho danado”.

 
O fato é que a Globo e as grandes empresas midiáticas não estão falando mais sozinhas e perderam a legitimidade autoatribuída que os apresentava como porta-vozes dos interesses, anseios e desejos da sociedade. Eles não são esses porta-vozes. O número de porta-vozes da sociedade aumentou significativamente, e eles estão se valendo das novas ferramentas tecnológicas para expressar suas opiniões.


Há quem diga que é muito barulho por uma questão envolvendo um campeonato de futebol. Na verdade, é muito mais do que isso. Os palavrões e o “destempero” de Dunga serviram ao menos para mostrar que há muitas vozes gritando do lado de cá da tela. E, nesta semana, essas vozes fizeram tanto barulho quanto as vuvunzelas.
Fonte: Carta Maior

sexta-feira, 25 de junho de 2010

A imprensa tenta oxigenar a candidatura de Marina Silva (PV), que patina em torno de 10% em todas as pesquisas mais recentes de intenção de voto. Cresce a convicção, no meio político, de que, sem ela no páreo, Dilma Rousseff (PT) poderia ganhar a eleição presidencial de José Serra (PSDB) ainda no primeiro turno.

Por Maurício Dias, na CartaCapital

O interesse da mídia pela candidatura de Marina sustenta a confiança nessa convicção. Não se pode acreditar que os jornais, tomados pela fé democrática, ajam somente para estimular a competição eleitoral. Nas circunstâncias atuais, não há dúvida: o eleitor de Marina dará um voto para Serra. É um efeito colateral dessa decisão, um antídoto contra Dilma.

Mas, seja como for, a democracia exige respeito à escolha do eleitor. Cada um vota como quer. É preciso, no entanto, conhecer os efeitos políticos do voto.

Marina pode vir a ser um obstáculo para Dilma e, em consequência, linha auxiliar — involuntária, admita-se — de Serra. Neste momento, ela se coloca exatamente entre os dois: critica Dilma acidamente e, suavemente, critica Serra. Nessa posição pode ser facilmente triturada ao longo dos debates polarizados.

Em 2006, embora não houvesse o viés plebiscitário de agora, a disputa foi para o segundo turno em razão da dispersão do voto progressista: Heloísa Helena (PSOL) obteve 6,85% e Cristovam Buarque (PDT), 2,64%. Ambos partidariamente à esquerda do espectro político. Faltaram a Lula, que buscava a reeleição, um pouco mais de 1 milhão de votos para ganhar no primeiro turno. Isso, porcentualmente, significou 1,39% dos votos válidos.

A história eleitoral brasileira tem exemplos parecidos, que favoreceram a vitória de candidatos conservadores. Um dos casos mais traumáticos para a esquerda foi a conquista do governo do novo estado da Guanabara pelo udenista Carlos Lacerda, em 1960. Ele obteve uma vantagem apertada sobre Sérgio Magalhães (PSB), de 2,6%. A derrota é atribuída à participação de Tenório Cavalcanti no pleito. Influente na Baixada Fluminense, Tenório, fatalmente, tirou votos certos de Magalhães.

Afinal, os pobres, por episódios como o do incêndio (provocado?) na praia do Pinto, na orla da Lagoa Rodrigo de Freitas, zona sul do Rio, e a matança de mendigos que apareceram boiando no rio da Guarda, na Baixada Fluminense, estavam escabreados com o lacerdismo. Os dois episódios foram parar na conta da administração Lacerda. Se não era verdade, a versão superou o fato.

Uma parte desse voto da turma do Brasil de baixo migrou para Tenório Cavalcanti, que tinha apoio do Luta Democrática, um influente jornal popular na ocasião. Seriam, naturalmente, votos de Sérgio Magalhães. Lacerda ganhou por isso.

A polarização hoje tende a ser maior e pode desidratar os votos que estão à margem do confronto PT versus PSDB. Além de Marina, há dez outros postulantes que, somados, não alcançarão mais do que 3% dos votos. É o cálculo que fazem os institutos de pesquisa. Se o porcentual de Marina não minguar, haverá segundo turno.

Esse viés plebiscitário que Lula sempre buscou e que a oposição sempre temeu deve estimular o eleitor, em outubro, a evitar a cabine eleitoral pela segunda vez.
Mesmo sem o uso de uma bola de cristal é possível prever a volta da campanha pelo voto útil, estimulada pelos petistas.

sábado, 19 de junho de 2010

CTB participa de audiência pública pela aprovação da PEC 555
pec_555_1
A Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), juntamente com a Força Sindical e a CUT, realizaram nesta quarta-feira (16), uma audiência pública na Câmara dos Deputados, em Brasília, para debater com os parlamentares a votação da PEC 555/2006, que acaba com a chamada “contribuição de inativos”, ou seja, a contribuição previdenciária cobrada sobre os proventos dos servidores públicos já aposentados.
A audiência convocada pelo deputado federal Iran Barbosa (PT-SE), foi conclusiva para a inclusão da pauta na votação da casa antes do recesso de 15 de julho. Segundo Iran, será incorporada a matéria todas as ponderações levantadas pelas centrais sindicais.
Defendendo, incondicionalmente, que na questão da aposentadoria o que vale é o tempo de contribuição e não a idade mínima, o fim do fator previdenciário e a isonomia entre os fundos de pensão, a CTB foi representada por Osmar de Oliveira Marchese, que é professor da Unicamp, economista e diretor do Sindicato dos Trabalhadores da UNICAMP – STU.
Em seu discurso, Marchese defendeu a sanção do presidente Lula quanto ao reajuste de 7,72% na aposentadoria dos beneficiários que recebem mais de um salário mínimo, contudo lamentou a derrota que o movimento sindical e que os trabalhadores tiveram com a manutenção do fator previdenciário. “Sabemos que teremos que continuar lutando, pois inda vivemos com fantasmas da época do neoliberalismo implantado pelo governo FHC, contudo outro passo importante, além do reajuste para os aposentados, pode ser dado ainda este ano com a aprovação da PEC 555/2006”, explica.
pec_555Segundo Wagner Gomes, presidente da CTB, o aposentado e a aposentada devem receber seus pagamentos integrais, mesmo porque contribuíram para isso. “Pois é injusto para o trabalhador e para a trabalhadora que, por tantos anos, contribuíram com a previdência e na hora de receber seu benefício continuarem sendo obrigados (as) a continuar contribuindo. Será que esses trabalhadores irão se aposentar novamente?”, diz.
A partir de agora a PEC será apresentada para a comissão especial que analisará o relatório. Este próximo passo está previsto para o próximo dia 30 deste mês.
Por Fábio Rogério Ramalho – Portal CTB

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Noticias do Mundo Postal

Apadrinhado do PMDB demitido nos Correios
Diretor de Operações, Oliveira é a primeira vítima da crise de gestão que atinge empresa

Surge a primeira vítima da crise de gestão dos Correios. O PMDB, padrinho de boa parte das indicações, entregou ontem a cabeça do diretor de Operações, Marco Antonio Oliveira. Ele foi demitido do cargo, por conta dos frequentes problemas na qualidade da prestação dos serviços.
A proposta de demissão de Oliveira já vinha sendo discutida havia um mês e só foi apresentada ao presidente Lula na terçafeira.
Ainda não há um substituto para o cargo. Segundo fontes do governo, algum dos diretores assumirá a função, enquanto outro nome não é definido. Apesar da insatisfação com a qualidade dos serviços da estatal, Lula tem evitado fazer uma mudança drástica, que atingiria o presidente da estatal, Carlos Henrique Custódio, para não criar problemas com o PMDB, aliado do PT na campanha de Dilma Rousseff à Presidência.
Custódio é protegido do senador Hélio Costa (PMDB), candidato da base aliada a governador de Minas, e do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR). Foram também bancados pelo PMDB os diretores Décio Braga de Oliveira (Econômico-Financeira) e Pedro Magalhães Bifano (Gestão de Pessoas) - além do demitido Oliveira.
O estopim para a demissão de Oliveira foi uma reunião promovida por ele em São Paulo, na última quinta-feira, com os diretores regionais, para apresentar um programa de recuperação dos Correios, que excluía a área dele da lista de problemas. Na terça-feira, Lula determinou a elaboração de estudos para melhoria dos serviços dos Correios aos ministros da CasaCivil, das Comunicações e do Planejamento, que deverão ser apresentados já na próxima semana.
Estadão

SOS Correios
Os Correios, que hoje não são nem sombra do que já foram, já irritaram o presidente Lula. “A situação da empresa está beirando o descaso. O caos nas entregas de correspondência virou rotina”, comenta um leitor. São casos e mais casos em que se relata a demora de semanas até a entrega da correspondência.
Jornal do Comércio – Porto Alegre
 
Em meio a crise, governo decide demitir diretor dos Correios 
DE BRASÍLIA - O governo decidiu exonerar o diretor de Operações dos Correios, Marco Antonio Oliveira. A Folha apurou que a demissão será publicada amanhã no “Diário Oficial”.É a primeira baixa na estatal, que deve passar por mudanças até o final do mês devido à crise que culminou no atraso na entrega de correspondências, na realização de concurso público e na licitação para a distribuição das agências franqueadas.
A saída de Oliveira se deve a uma carta endereçada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na qual ele creditava a crise à falta de carteiros e à demora na realização de concurso.
A carta foi considerada ofensiva pelos demais diretores, uma vez que a área de operações também enfrenta problemas.
Outros dois diretores também podem perder os cargos: Pedro Magalhães, de Gestão de Pessoas, e Roberto dos Santos, de Administração.
 Folha de S.Paulo

Penetra 
Lula não havia chamado o presidente dos Correios, Carlos Henrique Custódio, para a reunião que, na segunda-feira, discutiu a crise política e de gerência da estatal. Custódio compareceu apenas porque o ministro José Artur Filardi (Comunicações) o levou.
Painel
Correios: dois diretores devem ser demitidos 
O presidente dos Correios, Carlos Henrique Custódio, pode ser poupado, a pedido do ministro José Artur Filardi (Comunicações) e do ex-ministro Hélio Costa, mas dois diretores da estatal devem ser demitidos: Marco Antônio de Oliveira (Operações) e Pedro Magalhães (Recursos Humanos). Em conversas reservadas, Custódio atribui a eles a avalanche de críticas à deterioração dos serviços postais.
Jornal de Brasília

quinta-feira, 17 de junho de 2010

PCdoB sela apoio a Dilma e aprova contribuições para programa
Em convenção eleitoral nacional, realizada na noite desta quarta-feira (16), o PCdoB aprovou por unanimidade o apoio dos comunistas à candidatura de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República. A convenção  reuniu militantes, dirigentes, amigos e apoiadores da candidatura Dilma Rousseff em um grande evento na capital federal.


MArcelo Vieira
Renato Rabelo fala na Convenção Nacional do PCdoB que formalizou o
 apoio a Dilma Renato Rabelo fala na Convenção Nacional do PCdoB que formalizou o apoio dos comunistas a candidatura de Dilma Rousseff à Presidência da República

A reunião contou também com a presença do vice-presidente da República José Alencar, do presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra; do vice-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral e do ministro de Secretaria de Assuntos Estratégicos, Samuel Pinheiro Guimaraes.
Realizado no Centro de Convenções Brasil 21, em Brasília, o encontro aprovou ainda um documento com as contribuições do Partido para o programa de governo de Dilma. 

No documento, o PCdoB destaca a importância das eleições deste ano: “As eleições de outubro serão decisivas para os destinos do país. Estão em confronto dois campos políticos antagônicos. A aliança de partidos, movimentos populares, setores sociais e empresariais
democráticos, liderada pelo presidente Lula versus legendas que sustentaram o governo neoliberal de FHC que levou o Brasil à estagnação e até mesmo à decadência”, afirma o documento aprovado.

“Neste embate não há meio termo. Seu resultado ou garantirá a continuidade do ciclo político virtuoso aberto pelo presidente Lula, ou será o retrocesso com o retorno daqueles que arrasaram o Brasil”.

O presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, fez o discurso de abertura do evento e lembrou que Dilma é a continuidade do governo Lula. “Coube a Lula indicar quem ele avalia ser a continuadora desse expressivo trabalho de governo, de esperança para o povo e para o país. Lula escolheu Dilma. Ela foi investida da responsabilidade de dar continuidade ao projeto e aos compromissos firmados pelo governo Lula. Quem garante a continuidade é Dilma”, discursou Rabelo.

Renato também lembrou que "o presidente Lula deixa de aparecer na lista de votação pela primeira vez desde 1989, mas deixa um legado e uma herança apreciável, com importantes conquistas para o povo".

O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, afirmou que " a oposição adota linha pendular: ora diz que pretende ser o pós-lula, ora mostar os dentes com factóides. O fato é que temos programa e a oposição patina sem propostas".

Sentimento nacional

O vice-presidente José Alencar também discursou rapidamente e falou da importância da candidatura de Dilma : “A escolha do Lula pela Dilma tem razão de ser. Fico admirado de ver com que dedicação ela trata de cada problema do governo. E com que conhecimento ela os aborda. Dilma é brava na defesa daquilo que ela acredita. Vamos defender a Dilma, porque estaremos defendendo uma mulher de bem, que sempre foi de esquerda.”

Sobre a aliança com os comunistas, Alencar afirmou que "me perguntaram certa ocasião porque aliança com petistas e comunistas e eu respondi que porque eles me deixam muito à vontade. Vocês têm um sentimento nacional, defendem o Brasil e o nosso povo" destacou o
vice-presidente.
De Brasília
Gustavo Alves

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Lula sanciona reajuste dos aposentados e veta fim do fator previdenciário: a luta continua

o_wagner_gomes_ctbNa manhã da última terça-feira (15) o presidente Lula chegou a uma decisão: sancionou o reajuste de 7,72% para aposentadorias e pensões acima de um salário mínimo e vetou o fim do fator previdenciário, o injusto cálculo, que há tantos anos causa prejuízos ao bolso do trabalhador brasileiro. A decisão representa uma conquista do movimento sindical e uma derrota para alguns setores do governo que aconselhavam o veto.
Na opinião de Wagner Gomes, presidente da CTB, a decisão presidencial é uma real demonstração de sensibilidade social para todos aqueles trabalhadores que dedicaram uma grande parte de suas vidas para a construção desse país. “Contudo, para nós, que tanto lutamos pela derrubada do fator previdenciário, seu veto representa um retrocesso. A luta continua!”.
Foram muitas as campanhas, atos e mobilizações, em Brasília e nos Estados, promovidos pelo movimento sindical, para acabar com um injusto mecanismo criado pelo governo neoliberal de FHC para obrigar trabalhadores a se manterem por mais tempo no mercado de trabalho. Prejudicando aqueles que começaram a trabalhar prematuramente, ou seja, os mais pobres.
Para além de 2010
Durante esse tempo, a classe trabalhadora obteve vitórias históricas com a aprovação da medida na Câmara e no Senado Federal, conquistadas através da unidade consolidada entre as centrais sindicais e os aposentados, que juntos realizaram vigílias, atos e marchas como forma de pressionar o Congresso Nacional a aprovar as propostas, tão importantes para a população brasileira.
“O momento, agora, é de intensificarmos mais uma vez nossa mobilização, já que o valor aprovado se refere apenas ao ano de 2010. A nossa luta não se resume apenas ao aumento, mas sim, por uma política permanente de valorização das aposentadorias”, ressaltou Wagner Gomes .
Resultado do trabalho das centrais, o projeto - aprovado na 2ª Conclat, prevê a extinção do fator previdenciário, bem como o estabelecimento de uma política de valorização e recuperação dos benefícios dos aposentados e pensionistas, semelhante à política que hoje beneficia o salário mínimo.
Nesse contexto, as centrais se reunirão na próxima semana para debater e estabelecer saídas para o impasse criado.
Portal CTB
Com apoio a Dilma e propostas, comunistas realizam convenção
O Partido Comunista do Brasil realiza nesta quarta-feira, 16, em Brasília sua Convenção Eleitoral Nacional que decidirá oficialmente o apoio da legenda à candidatura de Dilma Roussef à Presidência da República e de Michel Temer à Vice-presidência. 

É uma decisão amadurecida, correspondente a uma posição política consolidada do PCdoB, anunciada no ato político de 8 de abril último, de integrar a ampla coalizão política que, tendo participado das duas vitórias eleitorais de Lula, em 2002 e 2006 e constituído seus dois governos, propõe-se continuar dirigindo o país no rumo da realização de reformas estruturais de caráter democrático e patriótico.
Durante os dois mandatos do presidente Lula o Brasil viveu importantes transformações, deu um significativo passo em sua evolução nacional no sentido da construção de uma nação soberana, com democracia e justiça social.

Balanço positivo
Ao abrir um novo ciclo político, com a ascensão de forças progressistas e de esquerda ao governo da República, o povo brasileiro começou a viver uma nova experiência política, a exercer o papel de protagonista de mudanças, ainda que lentas e graduais, no quadro de uma correlação de forças difícil nacional e internacionalmente.
Os neoliberais no poder realizaram uma política de terra arrasada. Privatizaram o Estado, desativaram importantes alavancas do desenvolvimento nacional, enfraqueceram o país. Principalmente durante os oito anos em que o ex-presidente FHC governou, o Brasil regrediu e se tornou presa fácil dos potentados internacionais. Findo o período, o Brasil encontrava-se estagnado, em crise social e com o sistema democrático desfigurado. Uma herança maldita.

A Convenção Nacional Eleitoral do PCdoB ratifica o apoio à candidatura de Dilma Roussef tendo presente o balanço de realizações do período presidencial de Lula, os imensos problemas estruturais a resolver e gigantescos desafios a enfrentar.

Os dois mandatos do presidente Lula foram um começo de caminhada. O PIB do país saltou de US$500 bilhões para US$1,5 trilhão. A taxa média anual de crescimento do PIB no primeiro mandato de FHC foi de 2,5% e caiu para 2,1% no segundo. Nos governos de Lula, os resultados foram bem melhores, passando de 3,3% no primeiro mandato para cerca de 4,4% no segundo mandato, informa o economista João Sicsú, do Ipea, em entrevista ao Vermelho em 12 de junho. A estimativa para este ano é um crescimento entre 6% e 7%.
As reservas internacionais pularam de US$35 bilhões para US$240 bilhões. Também medido em dólares americanos, o salário mínimo saiu do patamar de 80 para 280. O índice Gini caiu de 0,58 para 0,52 (quanto mais próximo de zero, maior a igualdade). 30 milhões de pessoas das classes mais pobres ascenderam à condição de classe média, enquanto 10,6 milhões mudaram de favelas.

Sob o governo de Lula o Brasil gerou por ano 1,163 milhão de empregos com carteira assinada, durante o primeiro mandato, e 1,466 milhão no segundo mandato. Entre 2003 e o final de 2010 devem ser criados 10,5 milhões de novos postos de trabalho com carteira assinada.
Foi um período também de valorização do salário mínimo (19% no primeiro mandato e 31% no segundo), de combate à miséria através de políticas de renda mínima e de esforços para universalizar direitos.
Ampliou-se e aprofundou-se a democracia no país e pôs-se em prática uma política externa soberana, protagonista, ativa e altiva, que busca um novo lugar para o Brasil num mundo em transição e carregado de ameaças. Sob tal orientação o Brasil defendeu a paz, contribuiu para a integração da América Latina e foi solidário com países revolucionários e antiimperialistas, como Cuba, Venezuela e Bolívia, entre outros. Nos grandes temas da política internacional, o país defendeu a paz e combateu as políticas unilaterais. Lutou por uma nova ordem internacional.

Duro embate político
É sobre a base desses êxitos que os comunistas brasileiros, lado a lado com as demais forças progressistas do país encaram a tarefa de pavimentar o caminho para a conquista de mais uma vitória na luta eleitoral e alargar ainda mais a perspectiva de realizar mudanças de fundo no país.
São amplas as possibilidades para conquistar essa vitória. Sob a liderança de Lula, o povo brasileiro recuperou a confiança e mostra-se disposto a assegurar e ampliar as conquistas alcançadas. A candidata Dilma Roussef, lutadora das primeiras horas por um Brasil democrático e progressista, experiente ex-ministra do governo de Lula, revela-se uma militante provada pelas grandes causas nacionais. Indicada por Lula e seu Partido e já aprovada pelas principais forças da esquerda e da centro-esquerda, reúne as melhores condições de vencer o pleito de 2010.

Contudo, não será uma batalha fácil. Está em curso no país intensa luta política e dois polos nitidamente perfilados, antagonicamente opostos, vão travar um combate de envergadura histórica. Está em jogo o futuro do país. O povo e a nação vivem uma encruzilhada histórica. Ou mantêm as posições-chave conquistadas no governo para avançar na realização de transformações políticas, econômicas e sociais, ou serão novamente presas das forças reacionárias, conservadoras, neoliberais e pró-imperialistas que constituem o núcleo central das classes dominantes brasileiras.
Além da Presidência da República, está em jogo a formação de uma maioria política para governar o país e dentro dela a constituição de um sólido núcleo de esquerda, do qual o PCdoB é parte indispensável. Por isso, a convenção dos comunistas dedicará grande atenção ao plano partidário de eleger uma numerosa bancada de deputados federais, estaduais e senadores.

Caminho para avançar
Para o Brasil avançar ainda mais, é incontornável o desafio da batalha de ideias, para o que desempenha papel de primeira grandeza a elaboração de uma plataforma eleitoral e um programa de governo que corresponda ao nível das exigências atuais e ao desafio de “avançar, avançar e avançar”, como proclamou a candidata Dilma Roussef.
O Brasil precisa de um novo projeto nacional de desenvolvimento, construir uma nação forte e progressista para um povo forte e próspero. Desenvolvimento que não seja mera repetição nem decalque do figurino nacional-desenvolvimentista do passado, quando o país crescia, mas o povo mantinha-se depauperado. Desenvolvimento com soberania nacional, distribuição de renda, valorização do trabalho, universalização de direitos, educação, cultura e esportes para o povo, emancipação das mulheres, equilíbrio ambiental, desenvolvimento sustentável da Amazônia, construção de forte infraestrutura, ciência e tecnologia, defesa do país, integração solidária e um papel cada vez mais ativo na luta por uma nova ordem política e econômica internacional.
O Brasil precisa de mais democracia, com o crescente protagonismo do povo nas decisões nacionais, reforma política, combate ao monopólio sobre os meios de comunicação e construção de um verdadeiro estado democrático.
O Brasil precisa, enfim, de reformas estruturais- reforma agrária, reforma urbana, na saúde, na educação, no sistema tributário, que resgatem a dignidade do povo, promovam o progresso social e o equilíbrio regional.

*Secretário Nacional de Comunicação do PCdoB

Proposta orçamentária de 2011 também será ajustada para compensar gastos com aposentados

Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O governo vai ter que ajustar também a proposta de Lei Orçamentária de 2011, para compensar o reajuste 7,7% para os aposentados que ganham mais de um salário mínimo. A Lei Orçamentária será enviada ao Congresso Nacional em agosto. A informação foi dada pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.
Ele disse que, ao tomar a decisão de sancionar o reajuste, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, que deixasse claro que haveria modificação no Orçamento de 2010 e que o de 2011 e os seguintes, serão enviados já com ajuste.
“Tem ter custo. Vai doer, em outros lugares. Vai ter que resolver do ponto de vista orçamentário em outras áreas”, afirmou hoje o ministro, depois da solenidade de lançamento do Portal do Planejamento.
Ele voltou a declarar sua posição contrária ao reajuste sancionado ontem, mas disse que , do ponto de vista político, chegou-se a conclusão de que se houvesse o veto e fosse editada nova medida provisória com o índice de 6,14%, provavelmente ela seria mexida pelos parlamentares para incluir novamente o reajuste de 7,7%.
“Sem contar que poderiam colocar de novo algum brinde adicional, como essa coisa do fator previdenciário. Isso foi decisivo”.
O ministro disse que, durante as discussões para decidir sobre o reajuste, Lula chegou a afirmar: “Então, nós vamos jogar isso para cima e esperar cair na nossa cabeça?” A conclusão foi que o governo corria o risco de ter de novo o mesmo problema com a mesma configuração mais adiante.
Sobre a possibilidade de a decisão ter sido uma forma de por a responsabilidade nas mãos dos parlamentares, o ministro repondeu enfaticamente: “Mas eles são pessoas responsáveis”. O corte deste ano, de R$ 1,6 bilhão para compensar o reajuste, será em gastos com custeio e nas emendas parlamentares.
Edição: Tereza Barbosa
Presidente quer que três ministros levantem problemas da empresa

Possível apagão na estatal pode prejudicar campanha eleitoral; Lula descarta tornar Correios uma S.A.

ANDREZA MATAIS LEILA COIMBRA
DE BRASÍLIA


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva escalou três ministros para tentar conter a crise nos Correios e evitar um apagão na estatal em plena campanha eleitoral.
Ele determinou que em dez dias se faça um levantamento dos principais problemas da estatal e que o documento aponte os culpados.
A Folha apurou que o relatório servirá de base para o Planalto convencer o PMDB da necessidade de mudança nos Correios, se for o caso. Os cargos na estatal são da cota do PMDB do Senado.
O ex-ministro das Comunicações Hélio Costa tem pedido a Lula para evitar demissões com o argumento de que isso irá prejudicá-lo na campanha ao governo de Minas Gerais e, consequentemente, prejudicar o palanque da presidenciável Dilma Rousseff no Estado, onde o partido é aliado ao PT.
Apesar de a estatal estar subordinada ao Ministério das Comunicações, Lula pediu que os ministros Erenice Guerra (Casa Civil) e Paulo Bernardo (Planejamento) ajudem no relatório.
Lula disse na reunião ontem com os ministros José Artur Filardi (Comunicações), Erenice e o presidente dos Correios, Carlos Henrique Custódio, que está preocupado com notícias de ineficiência no serviço da estatal.
A empresa é considerada um patrimônio do país. Lula descartou a possibilidade de assinar medida provisória transformando a estatal em S.A. (sociedade anônima).
A Folha revelou na semana passada que os Correios tiveram neste ano o menor lucro na gestão do presidente Lula, além de conviver com atrasos nas entregas. A estatal também está enrolada com a realização de concurso público e com a licitação de agências franqueadas.
O prazo para a licitação se encerra em novembro deste ano; se ela não for feita, 1.466 agências podem fechar

Fonte: Folha de São Paulo
Sem demitir, Lula cobra melhora nos Correios

Presidente avalia ainda que as divergências entre diretores protegidos pelo PMDB e diretores ligados ao PT comprometem marcas tradicionais dos Correios

Insatisfeito com o trabalho de apadrinhados do PT e do PMDB nos Correios, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou ontem de sua equipe uma proposta para "melhorar" a qualidade dos serviços da empresa. A reclamação em forma de pedido foi feita num encontro, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), com os ministros José Artur Filardi (Comunicações), Paulo Bernardo (Planejamento) e Erenice Guerra (Casa Civil).
Como o Estado divulgou no último dia 9, Lula só não demitiu a diretoria dos Correios para não causar problemas para a aliança eleitoral com o PMDB e a candidatura da ex-ministra Dilma Rousseff à Presidência. Ele, no entanto, deixou claro para o ex-ministro das Comunicações Hélio Costa e o senador Romero Jucá (PMDB-RR) que não aprova a gestão nos Correios. Costa e Jucá são os padrinhos do presidente da empresa, Carlos Henrique Almeida Custódio, e de diretores influentes.
Assessores do governo relatam que Lula considera o trabalho de Custódio ineficiente e burocrático. As deficiências da diretoria e as brigas internas, na avaliação do presidente, estão por trás dos problemas enfrentados pelos clientes da empresa, como o atraso nas correspondências, especialmente no Sedex.
O presidente avalia ainda que as divergências entre diretores protegidos pelo PMDB e diretores ligados ao PT comprometem marcas tradicionais dos Correios, como a confiabilidade e a agilidade registradas em pesquisas de opinião.
No início do mês, Lula orientou a ministra Erenice Guerra a avisar aos peemedebistas sobre seu descontentamento com o trabalho de Custódio. Erenice chegou a dizer a líderes do PMDB que o partido precisa indicar um nome com mais capacidade para comandar a estatal.
Carlos Henrique Almeida Custódio participou do encontro de ontem no CCBB com Lula e ministros. Ele deixou o prédio visivelmente constrangido e sem falar com a imprensa. No dia 11, depois que a insatisfação de Lula com os Correios se tornou pública, Custódio pediu uma audiência. Lula não o recebeu.
O prazo para elaboração da proposta de "melhoria" nos serviços dos Correios é de "mais ou menos" uma semana, relatou o ministro José Artur Filardi após deixar o CCBB. "Vamos estudar uma solução para melhorar os Correios", se limitou a dizer o ministro das Comunicações. "Se ele (Lula) estivesse satisfeito (com os serviços dos Correios) não teria pedido um plano de melhoria da empresa." 
O Estadão

terça-feira, 15 de junho de 2010

PSB confirma apoio à candidata petista, mas não em todo o país

Quarto partido a formalizar apoio à candidatura da petista Dilma Rousseff à Presidência, o PSB estará distante do PT nestas eleições em pelo menos seis estados. A Executiva Nacional da legenda já liberou a aliança local com o PSDB — principal rival de Dilma nas urnas, com a candidatura de José Serra — em Minas Gerais, Paraná e Alagoas. Na Paraíba, o candidato do PSB ao governo, o prefeito de João Pessoa, Ricardo Coutinho, recebe sem qualquer incômodo o apoio dos tucanos. Em São Paulo e no Maranhão, PSB e PT caminharão em vias opostas nas urnas.

Essa contradição, somada à rebeldia ainda não debelada do deputado Ciro Gomes (PSB-SP), coloca o partido numa situação no mínimo incômoda em grandes colégios eleitorais. “A Dilma é nossa candidata no país todo. Se ela for a esses estados, vai fazer atividades paralelas com o PSB, sem palanque”, resume o deputado federal Rodrigo Rollemberg (DF), líder do partido na Câmara.

Na própria sede em Brasília, sem a presença de Ciro Gomes e de seu irmão, o governador do Ceará, Cid Gomes, o PSB realizou na tarde de ontem a reunião que confirmou o apoio do partido à candidatura de Dilma. Cerca de 160 filiados decidiram por unanimidade apoiar o PT na disputa à Presidência, num encontro que durou apenas 45 minutos.

Enquanto os convencionais decidiam pelo apoio a Dilma, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente nacional do PSB, explicava as razões que a Executiva Nacional levou em conta para liberar as alianças com o PSDB em três estados e os rumos próprios da legenda em outras três unidades da Federação (veja quadro abaixo). “Demos autonomia para os estados. Eles tomam o caminho que quiserem, desde que venham à Executiva Nacional para a tomada de decisões.”

Nem todas as realidades regionais, apesar de já cristalizadas, passaram pela direção nacional. Até agora, o aval para a aliança com o PSDB foi dado aos diretórios em Minas Gerais e no Paraná. O candidato tucano ao governo de Minas, Antonio Anastasia, receberá o apoio do PSB, assim como a provável candidatura do ex-governador Aécio Neves — principal liderança do PSDB no estado — ao Senado. O PSB também sobe ao palanque do ex-prefeito tucano de Curitiba, Beto Richa, candidato ao governo.

Posição dúbia
O caso de Minas Gerais é o mais sintomático da posição dúbia do PSB. Segundo o governador Eduardo Campos, o partido iria apoiar a candidatura do ex-prefeito de Belo Horizonte, Fernando Pimentel, do PT, mas o recuo dos petistas em prol da candidatura do ex-ministro Hélio Costa (PMDB) alterou também a rota do PSB. Nas últimas eleições municipais, PSB e PMDB entraram em rota de colisão, “com confrontos e agressões”, segundo Eduardo Campos, e por isso as duas legendas não estarão unidas em torno de Hélio Costa. O PSB vai aderir, em Minas, ao Dilmasia: fará as vezes da petista Dilma e do tucano Anastasia.

Da mesma maneira que em Minas Gerais, o partido não vai embarcar na composição imposta pelo PT no Maranhão. Os petistas maranhenses tinham um candidato, o deputado Flávio Dino (PCdoB), mas a direção nacional da legenda, orientada pelo presidente Lula, determinou o apoio à candidatura de Roseana Sarney (PMDB).

O PSB no Maranhão continua com Flávio Dino. “Nosso apoio a ele é incondicional. E vai haver um efeito contrário esse apoio do PT a Roseana. Dino vai para o segundo turno”, acredita Eduardo Campos. O apoio a um comunista se repete em relação a um tucano: o governador de Alagoas, Teotônio Vilela Filho, conta com o PSB na candidatura à reeleição.

Sem Ciro
A ausência do deputado Ciro Gomes e de seu irmão, Cid Gomes, da reunião de ontem não significa o distanciamento dos dois da candidatura de Dilma Rousseff, segundo os líderes do PSB que comandaram a convenção. Eles minimizaram as últimas ofensivas de Ciro contra Dilma. “Vai haver um momento em que ele vai se engajar na campanha”, diz o governador Eduardo Campos.

Ciro tentou viabilizar sua candidatura à Presidência e foi abandonado pelo próprio partido, agora coligado ao PT. Na tarde de ontem, o deputado estava no interior do Ceará, segundo sua assessoria, depois de um período sabático de um mês.

O governador Cid Gomes esteve em Brasília na tarde de ontem, mas não compareceu à reunião do PSB. Ele participou de uma audiência na Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a instalação de uma refinaria da Petrobras no Ceará. Nem Ciro nem Cid comentaram a ausência na convenção do próprio partido.

Até agora, já foi confirmado oficialmente o apoio do PMDB, do PDT, do PR e do PSB à candidatura de Dilma. As próximas convenções que vão legitimar a coligação ao PT serão a do PCdoB, amanhã, e a do PRB, no dia 26.
Correio Braziliense
Presidente decide hoje sobre reajuste a aposentados e o destino do fator previdenciário


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem uma reunião com os ministros da área econômica do governo antes de anunciar, ainda hoje, a decisão sobre o reajuste de 7,7% e sobre o fim do fator previdenciário para os aposentados brasileiros. Apesar de já ter uma posição firmada, o petista fez mistério ontem, durante a inauguração de um gasoduto em Queluzito, na região central de Minas Gerais, mas indicou que deve vetar o aumento extra concedido pelos deputados federais e senadores para os que ganham acima do mínimo. A proposta inicial enviada pelo governo previa o índice de 6,14%. Lula aproveitou para cutucar os parlamentares, dizendo que não vai se guiar pelo ano eleitoral.

“Não pensem que eu me deixarei seduzir por qualquer extravagância que alguém queira fazer por conta do processo eleitoral. Minha cabeça não funciona assim. Eleição é uma coisa passageira e o Brasil não jogará fora no século 21 as oportunidades que jogou fora no século 20. Enquanto eu for presidente, não jogará fora”, afirmou o presidente. Lula se reúne com os ministros da Fazenda, Guido Mantega, da Previdência, Carlos Gabas, e do Planejamento, Paulo Bernardo, antes do anúncio. A equipe vem defendendo o veto ao texto aprovado no Congresso Nacional.

Segundo o presidente Lula, o Brasil vive um momento tão bom que ele pode fazer o que for melhor. O petista indicou, no entanto, que deve encontrar uma alternativa para contemplar os aposentados. “Não vou estragar minha relação com os aposentados nem minha relação com ninguém, porque minha vida é exatamente a relação que eu tenho com o povo trabalhador deste país”, afirmou.

Durante as negociações na Câmara e no Senado, o governo chegou a aceitar que o reajuste, inicialmente de 6,14% passasse para 7%. Os parlamentares, no entanto, com apoio da base aliada de sustentação ao governo Lula, inflaram a cifra para 7,7%, percentual considerado inviável pela equipe econômica. Agora, o Executivo estuda um meio jurídico para garantir o aumento de 6,14% dos benefícios. Uma das opções é criar uma nova Medida Provisória para manter os 6,14% como abono até o fim do ano. Em 2011, ficaria para o próximo presidente definir como o percentual será incorporado aos salários.

Pré-sal
O presidente Lula disse também já ter uma decisão sobre a emenda que redistribui os royalties(1) da exploração do petróleo, inclusive sobre os contratos em vigor. Lula disse que a fará valer independentemente dos pareceres da área econômica do governo. O petista indicou que deve vetar as alterações feitas no projeto em tramitação no Congresso. “Quando chega no Congresso para votar, todo mundo quer vender facilidade. Não é assim que funciona”, disse. Lula afirmou já ter posição formada sobre os royalties do Pré-Sal desde que enviou o projeto para o Legislativo.

Para o presidente, é importante definir as regras do fundo social do pré-sal pensando no futuro do país. “Trabalho para o futuro do nosso país. Por isso estou preocupado em saber o que se vai fazer com os recursos do fundo. Porque daqui a pouco você está carimbando dinheiro para todo mundo e termina não fazendo nada se não focar naquilo que é uma coisa importante para o país”, disse. Lula voltou a dizer que os royalties não deveriam ser discutidos no momento eleitoral, pois as pessoas deixam de discutir o assunto com racionalidade.

1 - Sinuca petroleira
Uma das principais polêmicas no que se refere ao pré-sal diz respeito à partilha dos royalties. Atualmente, o modelo privilegia os estados produtores de petróleo, como Rio de Janeiro e Espírito Santo. O texto aprovado no Congresso, no entanto, rompe com esse privilégio. Passa a distribuir os recursos, estimados em R$ 10 bilhões anuais só no Rio, de forma igualitária entre estados e municípios. A dúvida de Lula é se contraria interesses de cariocas e capixabas e corre risco de má vontade eleitoral em importantes colégios eleitorais ou se compra a briga com governadores e prefeitos do resto do país.

Não pensem que eu me deixarei seduzir por qualquer extravagância que alguém queira fazer por conta do processo eleitoral. Minha cabeça não funciona assim”
Luiz Inácio Lula da Silva, presidente da República.