Mossoró sempre foi conhecida como a terra do sal, por ser a maior produtora nacional. Depois ganhou notoriedade como a maior exportadora de melão do Brasil. Porém, com o passar dos anos, o mercado mudou e, hoje, outros dois produtos se destacam como representantes de Mossoró mundo afora: a castanha de caju e a cera de carnaúba.
A castanha de caju assumiu o posto de principal pauta de exportação da cidade. Espaço que até pouco tempo era ocupado pelo melão. Enquanto que a cera de carnaúba está recuperando seu mercado e já ultrapassou as exportações de sal, despontando na terceira colocação.
Números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDCI) mostram que o volume de recursos alocados fora do Brasil com a castanha de caju no quadrimestre de 2010 (11,1 milhões de dólares) é mais que o dobro que o conquistado pelo melão (5,2 milhões de dólares).
As exportações de castanha de caju cresceram quase 13% (12,91%) nesse período, enquanto que o melão fez um percurso bem diferente e registrou queda de 38,77%.
O secretário estadual do Desenvolvimento Econômico, Segundo Paula, explicou que os produtores de castanha de caju do Rio Grande do Norte estão colhendo agora os dividendos de investimentos que estão sendo feitos há vários anos. “Há muito tempo que esse setor vem apostando no mercado externo, mas só agora começa a atingir a maturidade”, pontuou.
Segundo Paula observou que o espaço conquistado pela castanha de caju potiguar no exterior foi fruto da observação dos empresários do setor, que perceberam a oportunidade de conquistar novos mercados e não deixaram escapá-la. “Esse novo cenário mostra que a economia potiguar é muito forte na região oeste. Antes era a fruticultura, agora temos a castanha de caju. Isso é muito bom para o estado”, enalteceu.
O processo de crescimento da exportação da castanha de caju beneficia os grandes e pequenos produtores.
A empresa A. Ferreira Indústria, Comércio e Exportação LTDA (Aficel), por exemplo, exporta castanha de caju e ostenta hoje a quarta colocação entre as empresas do estado que mais venderam para o exterior em 2010, acumulando mais de 6 milhões de dólares vendidos até abril. Logo depois vem a empresa Usina Brasileira de Óleos e Castanha (Usibras), com quase 5,5 milhões de dólares exportados.
A produção de castanha de caju não se resume a Mossoró. O produto rendeu mais de 3 milhões de dólares a outros municípios do estado.
Na Serra do Mel, por exemplo, o foco é o pequeno produtor, que vende sua produção através da Cooperativa dos Beneficiadores Artesanais de Castanha de Caju do Rio Grande do Norte (Coopercaju).
Segundo a gerente administrativa da Cooperativa, Rafaela Duarte, na última safra, 106 sócios conseguiram produzir 50 toneladas de castanha de caju, sendo que 90% da produção foi vendida para o exterior e o restante no mercado interno.
Os pequenos produtores levam uma grande vantagem sobre a indústria: conseguem preços até 30% melhor que o praticado no mercado convencional. Motivo é a fabricação de um produto orgânico, que foi incluído no chamado comércio justo.
Cera de carnaúba também se destaca em Mossoró
Outro produto que está ocupando espaço de destaque entre as pautas de exportação de Mossoró é a cera de carnaúba, cujas exportações estão num pico acentuado, com crescimento superior a 170% neste ano.
Porém, a gerente de comércio exterior de uma indústria de cera de carnaúba, Márcia de Paula, explicou que o crescimento não deve ser muito comemorado por ser comparado com 2009, quando a indústria local praticamente parou.
Atualmente, a empresa produz 100 toneladas por mês, quando no auge chegou a 200 toneladas.
Esse volume deve ser recuperado com o início das operações da nova fábrica instalada em Mossoró. Hoje, a cera de carnaúba exportada por Mossoró é beneficiada no município de Aracati/CE, num mini-fábrica. “Queremos voltar a ser líder nacional como mercado exportador de cera de carnaúba”, ressaltou Márcia.
Melão e sal seguem em queda livre
Dois produtos que difundiram o nome de Mossoró mundo afora estão em queda livre: o sal e o melão. Os produtores de sal deixaram de vender mais de 3 milhões de dólares no exterior, com queda de 70% nas exportações até abril. O melão também trouxe mais de 3 milhões de dólares a menos de fora do Brasil, com queda de 38,77% nas vendas externas.
O vice-presidente do Sindicato da Indústria de Extração do Sal (Siersal), Airton Torres, demonstrou otimismo com o setor. Segundo ele, boa parte da queda registrada até abril vai ser recuperada ao longo do ano. Airton explicou que a queda no ritmo das exportações do sal foi motivada, entre outras coisas, pelo atraso de embarques do produto e também cancelamento de contratos, “mas no final do ano o resultado será próximo ao registrado em 2009”, afirmou.
Já o presidente do Comitê Executivo de Fitossanidade do RN (Coex), Wilson Galdino, relembrou a crise que afetou a fruticultura irrigada no ano passado, e destacou que a recuperação da produção de melão em Mossoró passa pela reabertura da fazenda que pertence a Nolem, que foi fechada e pode ser arrendada pela Agrícola Famosa. “Trata-se de uma negociação indispensável para recuperar o mercado deixado pela Nolem”, frisou.
A castanha de caju assumiu o posto de principal pauta de exportação da cidade. Espaço que até pouco tempo era ocupado pelo melão. Enquanto que a cera de carnaúba está recuperando seu mercado e já ultrapassou as exportações de sal, despontando na terceira colocação.
Números do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDCI) mostram que o volume de recursos alocados fora do Brasil com a castanha de caju no quadrimestre de 2010 (11,1 milhões de dólares) é mais que o dobro que o conquistado pelo melão (5,2 milhões de dólares).
As exportações de castanha de caju cresceram quase 13% (12,91%) nesse período, enquanto que o melão fez um percurso bem diferente e registrou queda de 38,77%.
O secretário estadual do Desenvolvimento Econômico, Segundo Paula, explicou que os produtores de castanha de caju do Rio Grande do Norte estão colhendo agora os dividendos de investimentos que estão sendo feitos há vários anos. “Há muito tempo que esse setor vem apostando no mercado externo, mas só agora começa a atingir a maturidade”, pontuou.
Segundo Paula observou que o espaço conquistado pela castanha de caju potiguar no exterior foi fruto da observação dos empresários do setor, que perceberam a oportunidade de conquistar novos mercados e não deixaram escapá-la. “Esse novo cenário mostra que a economia potiguar é muito forte na região oeste. Antes era a fruticultura, agora temos a castanha de caju. Isso é muito bom para o estado”, enalteceu.
O processo de crescimento da exportação da castanha de caju beneficia os grandes e pequenos produtores.
A empresa A. Ferreira Indústria, Comércio e Exportação LTDA (Aficel), por exemplo, exporta castanha de caju e ostenta hoje a quarta colocação entre as empresas do estado que mais venderam para o exterior em 2010, acumulando mais de 6 milhões de dólares vendidos até abril. Logo depois vem a empresa Usina Brasileira de Óleos e Castanha (Usibras), com quase 5,5 milhões de dólares exportados.
A produção de castanha de caju não se resume a Mossoró. O produto rendeu mais de 3 milhões de dólares a outros municípios do estado.
Na Serra do Mel, por exemplo, o foco é o pequeno produtor, que vende sua produção através da Cooperativa dos Beneficiadores Artesanais de Castanha de Caju do Rio Grande do Norte (Coopercaju).
Segundo a gerente administrativa da Cooperativa, Rafaela Duarte, na última safra, 106 sócios conseguiram produzir 50 toneladas de castanha de caju, sendo que 90% da produção foi vendida para o exterior e o restante no mercado interno.
Os pequenos produtores levam uma grande vantagem sobre a indústria: conseguem preços até 30% melhor que o praticado no mercado convencional. Motivo é a fabricação de um produto orgânico, que foi incluído no chamado comércio justo.
Cera de carnaúba também se destaca em Mossoró
Outro produto que está ocupando espaço de destaque entre as pautas de exportação de Mossoró é a cera de carnaúba, cujas exportações estão num pico acentuado, com crescimento superior a 170% neste ano.
Porém, a gerente de comércio exterior de uma indústria de cera de carnaúba, Márcia de Paula, explicou que o crescimento não deve ser muito comemorado por ser comparado com 2009, quando a indústria local praticamente parou.
Atualmente, a empresa produz 100 toneladas por mês, quando no auge chegou a 200 toneladas.
Esse volume deve ser recuperado com o início das operações da nova fábrica instalada em Mossoró. Hoje, a cera de carnaúba exportada por Mossoró é beneficiada no município de Aracati/CE, num mini-fábrica. “Queremos voltar a ser líder nacional como mercado exportador de cera de carnaúba”, ressaltou Márcia.
Melão e sal seguem em queda livre
Dois produtos que difundiram o nome de Mossoró mundo afora estão em queda livre: o sal e o melão. Os produtores de sal deixaram de vender mais de 3 milhões de dólares no exterior, com queda de 70% nas exportações até abril. O melão também trouxe mais de 3 milhões de dólares a menos de fora do Brasil, com queda de 38,77% nas vendas externas.
O vice-presidente do Sindicato da Indústria de Extração do Sal (Siersal), Airton Torres, demonstrou otimismo com o setor. Segundo ele, boa parte da queda registrada até abril vai ser recuperada ao longo do ano. Airton explicou que a queda no ritmo das exportações do sal foi motivada, entre outras coisas, pelo atraso de embarques do produto e também cancelamento de contratos, “mas no final do ano o resultado será próximo ao registrado em 2009”, afirmou.
Já o presidente do Comitê Executivo de Fitossanidade do RN (Coex), Wilson Galdino, relembrou a crise que afetou a fruticultura irrigada no ano passado, e destacou que a recuperação da produção de melão em Mossoró passa pela reabertura da fazenda que pertence a Nolem, que foi fechada e pode ser arrendada pela Agrícola Famosa. “Trata-se de uma negociação indispensável para recuperar o mercado deixado pela Nolem”, frisou.
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