terça-feira, 26 de outubro de 2010

Pela 19ª vez, ONU pede aos EUA o fim do bloqueio a Cuba 
A Assembleia Geral da ONU pediu nesta terça-feita (26) aos Estados Unidos, por votação quase unânime, o fim do bloqueio comercial e financeiro aplicado a Cuba há 48 anos. O documento alcançou apoio de quase todos os 192 países que integram a ONU, já que a favor votaram 187 membros, contra dois (EUA e Israel). Houve ainda três abstenções (as Ilhas Marshall, Palau e Micronésia).

A votação foi um pouco mais favorável a Cuba do que no ano anterior, quando um texto equivalente recebeu 187 votos a favor, três contra e duas abstenções.

A Assembleia Geral da ONU pediu em uma resolução que todos os países se abstenham de aplicar leis dirigidas a reforçar e ampliar o bloqueio econômico, comercial e financeiro à ilha.

A reunião de hoje foi a 19ª ocasião consecutiva na qual o governo cubano apresentou na ONU um projeto de resolução para pedir o fim das sanções americanas.

Na apresentação de um relatório sobre os efeitos do embargo em Havana, no mês passado, o titular de Exteriores cubano, o chanceler Bruno Rodríguez, lamentou que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tenha ficado "muito abaixo das expectativas" criadas sobre uma possível mudança na política de seu país para com a ilha caribenha.

Rodríguez ressaltou que considera Obama um "político inteligente e honesto" que, devido a prováveis razões de política interna, mantém o bloqueio que "afasta os Estados Unidos de seus interesses nacionais e trai os melhores interesses do povo americano".

O chanceler destacou que seu país "trata o presidente Obama com todo respeito". No entanto, ele criticou que, após ter anunciado uma mudança de política para Cuba e prometido que ouviria seus aliados, a política de Obama se traduz em "um abismo entre seu discurso e seus atos em relação a Cuba".

Segundo o relatório do governo cubano, o embargo imposto em 1962 acarretou danos econômicos diretos ao povo cubano de US$ 100 bilhões a preços correntes, que equivalem a US$ 239 bilhões tomando como base a inflação de preços no varejo americano ou de US$ 751 bilhões ao se medir em termos da cotação do ouro no mercado internacional.

O documento também contesta a impossibilidade, por causa das sanções, de adquirir placas de iodo radioativo, temozolamida e contraste iodado não-iônico. Segundo o texto, isso faz com que os tratamentos contra câncer e outras doenças sejam muito mais custosos para o regime cubano e menos precisos, algumas vezes pondo em risco a saúde dos pacientes e particularmente das crianças.

Obama, durante sua campanha presidencial, havia declarado intenções de melhorar as relações entre EUA e Cuba, frente às várias medidas de embargo contra Havana impostas por Washington entre 1959, quando Fidel Castro assumiu o governo da ilha, e 1962, pior momento histórico da diplomacia bilateral.

A votação desta terça-feira ocorre um dia depois da decisão adotada pelos ministros de Exteriores da União Europeia (UE) de estabelecer contatos políticos com Cuba e começar a explorar vias para uma nova aproximação com a ilha.
Com agências
Veja x IstoÉ: Erenice, Paulo Preto e o aborto de Monica Serra
Reportagem do Jornal da Record desta semana mostra como fatos políticos importantes, em plena disputa eleitoral à Presidência, ganham espaço diferente nas duas maiores revistas do Brasil — a Veja e a IstoÉ. A matéria com o repórter Rodrigo Vianna traz ainda entrevistas com duas ex-alunas de Monica Serra que confirmam: a mulher do presidenciável tucano José Serra contou às estudantes ter feito aborto.

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Dilma cresce e abre 12 pontos sobre Serra, diz Datafolha
Dilma Rousseff ampliou sua vantagem no segundo turno da corrida presidencial. O crescimento da candidata, detectado durante a semana pelos institutos Vox Populi, Ibope e Sensus, foi confirmado nesta sexta-feira (22) pelo Datafolha, que aponta Dilma com 56% dos votos válidos. O tucano José Serra, em queda, tem 44%.
É a maior diferença entre os presidenciáveis já registrada pelo Datafolha em 19 dias de disputa após o primeiro turno. Em relação à semana passada, Dilma cresceu dois pontos percentuais, enquanto Serra perdeu dois.

Embora as oscilações de cada candidato tenham sido no limite da margem de erro, o cenário é claramente favorável a Dilma. Sua vantagem para Serra passou, em sete dias, de oito para 12 pontos percentuais. Além disso, 88% dos brasileiros declaram-se totalmente decididos sobre em quem votar no dia 31, e apenas 10% cogitam mudar de opinião.

A pesquisa foi encomendada pela Folha e pela Rede Globo e registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral com o número 36.536/2010. O Datafolha entrevistou 4.037 pessoas, na quinta-feira (21), em 243 cidades. A margem de erro é de dois pontos, para mais ou para menos.

Nos votos totais, Dilma aparece com 50% (tinha 47% há uma semana). Serra tem 40% (contra 41% do levantamento anterior). Os que dizem votar em branco, nulo ou nenhum continuaram estáveis, com 4%. Os indecisos oscilaram de 8% para 6%.

Os votos da terceira colocada no primeiro turno, Marina Silva (PV), registraram um movimento favorável a Dilma nesta semana. A petista cresceu oito pontos nesse grupo, de 23% para 31%. Já Serra, em contrapartida, sofreu uma queda de cinco pontos entre os "marineiros" – de 51% para 46%.

O Datafolha registrou também um fenômeno comum nesta época em períodos eleitorais: aumentou a audiência do horário eleitoral dos candidatos na TV. Nesta semana, 63% afirmaram ter assistido pelo menos uma vez à propaganda. Na semana passada, o percentual era de 52%.

A força de Lula

O avanço de Dilma teve como alavanca principal o seu desempenho no Nordeste, combinado com um novo recorde de popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. No Nordeste (cerca de 27% dos eleitores do país), Dilma cresceu cinco pontos em uma semana, indo de 60% a 65% das intenções de voto.

Já Lula registrou nesta semana 82% de aprovação para o seu mandato (respostas "bom" e "ótimo"). É a maior taxa desde quando assumiu o Planalto, em janeiro de 2003 – e também a melhor marca já apurada pelo Datafolha para todos os presidentes civis desde 1985.

Ao mesmo tempo, Dilma oscilou positivamente entre os que acham o governo Lula bom ou ótimo. Ela tinha 56% na semana passada e foi a 58%. Esse movimento coincide com a presença mais frequente do presidente na propaganda de TV da coligação. Já Serra continua estável com 33% de intenção de votos entre os que aprovam o governo Lula.

Quando se consideram as regiões do país, o tucano só lidera no Sul, com 50% (tinha 48% semana passada) contra 39% da petista (cujo percentual era de 40%). No Nordeste, a vantagem de Dilma é de 37 pontos, pois Serra pontua 28% na região. No Norte e no Centro-Oeste combinados, Dilma tem 49% contra 42% do tucano.

No Sudeste, região com o maior eleitorado do país (cerca de 43% do total), Dilma continou sua trajetória ascendente e já ultrapassou Serra. Logo depois do primeiro turno, a candidata da coligação Para o Brasil Seguir Mudando tinha 41% no Sudeste. Na semana passada, foi a 43%. Agora, está com 44% e numericamente à frente de Serra, cujo percentual é de 43% (o tucano começou o mês com 44%).

Dilma também reverteu sua perda de votos entre certos grupos religiosos. No estrato de eleitores que se declaram católicos (62% do total do país), tinha 51% na semana passada e foi a 54% agora. Serra manteve-se estável em 38%. No segmento de espiritistas kadercistas (3% do total), Dilma foi de 36% para 46% em uma semana. Serra despencou de 53% para 42%.

Já no segmento de eleitores com renda familiar de até dois salários mínimos (46% da população), Dilma melhorou quatro pontos: foi de 51% para 55%. Serra oscilou de 36% para 34%.
Da Redação, com informações da Folha de S.Paulo
Fernando Morais: "Voto na Dilma porque conheço José Serra"
Em programa de tv exibido na tarde de ontem (21). Foi apresentado o ato de artistas e intelectuais em apoio a candidatura Dilma. Entre as falas de apoio uma chama atenção pela contundência e segurança: "Voto na Dilma porque conheço José Serra há 30 anos" fala Fernando Morais autor de Olga. Se o segundo turno é oportunidade para conhecer melhor os candidatos, Morais deve ser ouvido.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Reportagem do SBT mostra que Serra foi atingido por bolinha de papel
Reportagem do SBT registrou um objeto pequeno parecido com uma bolinha de papel que atingiu Serra. Pelo comportamento dele, de olhar para o chão a procura, e não levar a mão na cabeça, parece de fato ser uma bolinha de papel, ou algo semelhante, inofensivo. Não se sabe se novo objeto voltou a atingir o candidato, mas momentos depois ele levou a mão à cabeça e foi escoltado por seguranças até uma van que o retirou do local.
Serra chegou a colocar gelo na cabeça para amenizar a "dor". Mas ele pediu para ser levado para o Hospital para avaliação. O tucano se deslocou até o hospital num helicóptero. Durante o atendimento médico, foram feitos exames e uma ressonância magnética que não constataram nenhum tipo de lesão.

Ainda assim, o confronto entre militantes do PSDB e do PT deve repercutir nos próximos dias. Ambos os lados da campanha pedem que a militância não aceite provocações e faça uma campanha sem agressões ao adversário.

Desemprego é o menor e salário médio o maior desde 2002
Seis regiões metropolitanas do Brasil apresentaram taxa de desemprego de 6,2% em setembro — menor índice já registrado desde o início da série histórica em março de 2002. Em agosto, a taxa de desemprego no Brasil havia ficado em 6,7% e, em setembro do ano passado, em 7,7%. Os dados da Pesquisa Mensal de Emprego foram divulgados nesta quinta-feira (21) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ainda segundo o estudo, a população desocupada em setembro foi de 1,48 milhão de pessoas. Esta é a primeira vez no país que a população desocupada fica abaixo de 1,5 milhão de pessoas.

A população ocupada totalizou 22,282 milhões em setembro, alta de 0,7% sobre agosto e de 3,5% sobre igual período do ano passado.

Rendimento médio real

O rendimento real médio dos trabalhadores ficou em R$ 1.499 em setembro e é o maior desde o início da série histórica do IBGE, também iniciada em março de 2002.

O recorde anterior, conforme informou o órgão, foi registrado em agosto, quando o salário médio foi de R$ 1.480,20, número revisado pelo instituto.

O rendimento médio real dos trabalhadores foi de R$ 1.499 - um acréscimo de 1,3% na comparação com agosto e de 6,2% com setembro do ano passado.

A renda média apresentou alta em todas as regiões investigadas, na comparação mensal, com destaque para Rio de Janeiro (2,7%) e Recife (1,9%).


Região Salário em setembro/ IBGE
Recife R$ 1.103,20
Salvador R$ 1.252,50
Belo Horizonte R$ 1.428,80
Rio de Janeiro R$ 1.568,60
São Paulo R$ 1.599,70
Porto Alegre R$ 1.599,70

O rendimento médio real dos trabalhadores em setembro cresceu 1,3% sobre agosto e 6,2% na comparação anual. Em todas as seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo IBGE, o rendimento médio real habitual dos trabalhadores em setembro, na comparação mensal, apresentou aumento.

As variações foram as seguintes: Recife, 1,9%, Salvador, 1,2%, Belo Horizonte,1,7%, Rio de Janeiro, 2,7%, São Paulo, 0,4%, e Porto Alegre, 1,3%. Sobre o mesmo período do ano passado, todas as regiões também tiveram alta nos valores: Recife (13,5%), Salvador (5,9%), Belo Horizonte (11,4%), Rio de Janeiro (8,8%), São Paulo (3,1%) e Porto Alegre (7,5%).

Mais R$ 102 bilhões na economia

Até dezembro de 2010 devem ser injetados na economia brasileira cerca de R$ 102 bilhões em decorrência do pagamento do 13º salário, 20% a mais do que em 2009, divulgou o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) nesta quinta-feira (21). Em 2009, o valor pago em 13º salário foi de R$ 85 bilhões.

O número de pessoas que receberá o 13º salário em 2010 é cerca de 5,85% superior ao observado em 2009. Estima-se que 4,9 milhões de pessoas passarão a receber o benefício, por terem requerido aposentadoria ou pensão, se incorporado ao mercado de trabalho ou ainda formalizado vínculo empregatício.

"A retomada das contratações em ritmo mais vigoroso, em 2010, foi sem dúvida um elemento importante para que o conjunto de beneficiários do abono neste fim de ano tivesse um crescimento maior que o observado em 2009", afirmou o Dieese em nota.

O montante deste ano representa aproximadamente 2,9% do Produto Interno Bruto (PIB) do país e engloba os trabalhadores do mercado formal, inclusive os empregados domésticos e beneficiários da Previdência Social, aposentados e beneficiários de pensão da União e dos estados. Cerca de 74 milhões de pessoas serão beneficiadas, segundo estimativa do Dieese.

Dos brasileiros que devem receber o 13º salário, aproximadamente 28,6 milhões, ou 38,6% do total, são aposentados ou pensionistas da Previdência Social. Os empregados formais (45,4 milhões de pessoas) correspondem a 61,4% do total.

Regiões

A região sudeste deve ficar com 51,4% dos R$ 102 bilhões; outros 15,4% do montante a ser pago devem ficar na região sul; enquanto o nordeste ficará com 14,9%. Para as regiões centro-oeste e norte irão, respectivamente, 8,5% e 4,3%.

O maior valor médio para o 13º (considerando todas as categorias de beneficiados) deve ser pago em Brasília (R$ 2.850) e o menor, no Maranhão (R$ 830).
Setores

Os trabalhadores do setor de serviços (incluindo administração pública) ficarão com 62% dos R$ 69,5 bilhões a serem pagos aos funcionários do setor formal em 13º este ano. Os empregados da indústria ficarão com 22%; os comerciários terão 13%; os trabalhadores da construção civil com 4,6% e apenas 2% será destinado aos trabalhadores da agropecuária brasileira.

Em termos médios, o valor do 13º salário pago ao setor formal corresponde a R$ 1.609. A maior média deve ser paga para os trabalhadores do setor de serviços, correspondente a R$ 1.888; o setor industrial aparece com o segundo valor, equivalente a R$ 1.803 e o menor 13º salário (R$ 900) foi verificado entre os trabalhadores do setor primário da economia.
Da redação com agências

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Estudantes de baixa renda não precisarão mais de fiador para o Fies Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) não terá mais a exigência de fiador para alunos de baixa renda ou de cursos de licenciatura. A medida, que será anunciada hoje (20) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro da Educação, Fernando Haddad, passa a valer imediatamente para os próximos contratos firmados.
O Fies financia a mensalidade de alunos que não podem pagar pela formação em cursos superiores de instituições privadas. A figura do fiador será substituída pelo Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (FGEDUC). Esse fundo será mantido pelo Tesouro Nacional e pelas instituições de ensino que quiserem aderir ao projeto. Elas terão que repassar para o FGEDUC parte do que recebem do Ministério da Educação pelos alunos matriculados no Fies.
O estudante deverá optar pela modalidade sem fiador no momento em que se inscrever para participar do programa, o que é feito pelo SisFies. O benefício só vai valer para aqueles que cursarem licenciaturas ou tiverem renda familiar de até um salário mínimo e meio per capita. Também podem pedir dispensa do fiador os bolsistas parciais do Programa Universidade para Todos (ProUni) que queiram financiar o restante da mensalidade.
Outra mudança é a renegociação do prazo de pagamento dos contratos antigos. Quem aderiu ao Fies antes de 14 de janeiro de 2010 poderá estender o período de pagamento da dívida até três vezes o período de utilização do financiamento, mais doze meses. Um estudantes de um curso com duração de quatro anos, por exemplo, terá até 13 anos para pagar a dívida, contados a partir da formatura. Essa medida já está sendo aplicada para todos os contratos firmados a partir de 2010.
Os estudantes interessados na renegociação podem fazer uma simulação a partir de um sistema que estará disponível a partir de hoje no SISFies, por onde também deve solicitar a revisão. Em seguida, interessado deve procurar a agência onde contratou o financiamento para apresentar a documentação necessária e formalizar a renegociação. O benefício poderá ser solicitado por estudantes que tenham prestação superior a R$ 100 mensais.
Desde abril deste ano, não há mais um período de inscrições para o Fies. O estudante pode aderir ao programa a qualquer momento e pedir reembolso das parcelas já pagas naquele semestre. Outra mudança foi a redução dos juros de 6,5% para 3,5% ao ano e o aumento do prazo de amortização. Com essas medidas, cresceu o número de contratos: foram 58 mil de janeiro a setembro de 2010, contra 32 mil firmados em 2009.
Edição: Lílian Beraldo
Haddad espera grande adesão de universidades ao Fies sem fiador
Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Após o anúncio, hoje (20), de que o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) não terá mais a exigência de fiador para alunos de baixa renda e de licenciaturas, o ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que acredita em uma grande adesão das universidades ao novo modelo. Segundo ele, todas as instituições de ensino que já fazem parte do programa devem aderir ao Fies sem fiador até o fim do ano.
Para oferecer essa opção ao aluno, a universidade precisa concordar com a retenção de recursos para a composição de fundo garantidor que também terá a participação da União. Dos recursos recebidos pela universidade referentes às mensalidades dos alunos do Fies sem fiador, 7% deverão ser repassados ao fundo.
“Temos a perspectiva de até o final do ano todas as instituições que participam do Fies participem do Fies sem fiador porque a retenção é muito baixa. O que exceder 7% é por conta do Tesouro Nacional se houver necessidade de aporte”, disse em coletiva após o evento.
Para Haddad, as instituições de ensino terão interesse em aderir à iniciativa porque ganharão novos alunos. Além disso, o índice de inadimplência nas instituições de ensino superior hoje é de 17% e o pagamento repassado pelas mensalidades de quem tem o Fies é feito em dia. “Elas [universidades] tem uma inadimplência de 17% e o Fies paga rigorosamente em dia e são alunos novos, que não podem pagar e não têm fiador. É uma demanda nova que ela vai absorver.”
A dispensa de fiador é válida para os alunos dos cursos de licenciatura, para os que tem renda familiar mensal per capita até um salário mínimo e meio e os bolsistas parciais do Programa Universidade Para Todos (Prouni) que optem por inscrição no Fies no mesmo curso em que são beneficiários da bolsa.
Segundo o ministro da Educação, pesquisas mostraram que os estudantes que não conseguem fiador estão concentrados, predominantemente, na faixa de renda abrangida pela medida anunciada hoje. Ele explicou que o Ministério da Educação irá abrir um prazo para que as instituições possam aderir ao Fies sem fiador.

Edição: Lílian Beraldo

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Justiça suspende contrato da organizadora da prova dos Correios 
Empresa escolhida foi a Fundação Cesgranrio.Correios disseram que irão recorrer e querem continuar a seleção.
Do G1, em São Paulo
carteiro correios 
Para carteiro serão 5.344 vagas
(Foto: Reprodução/TV Globo)
A 5ª Vara da Justiça Federal de Brasília determinou a suspensão do processo de contratação da organizadora que aplicará as provas do concurso para 6.565 vagas nos Correios. A prova objetiva estava prevista para ser aplicada no dia 28 de novembro. A empresa escolhida para organizar a realização dos exames é a Fundação Cesgranrio, com sede no Rio de Janeiro. 
O autor da ação civil pública é o Ministério Público Federal, que entrou com pedido de liminar para suspender a contratação da Cegranrio. O MPF questiona o processo de dispensa de licitação para a contratação da Cesgranrio, alegando favorecimento dos Correios a essa entidade em um contrato no valor de R$ 26.575.873,50.
Esse é o concurso que recebeu o maior número de inscritos até o momento neste ano no país, com 1.064.209 de candidatos, superando até mesmo o do IBGE para 192 mil vagas de recenseador, que teve 1.051.582 inscrições. Os Correios afirmaram, em nota publicada em seu site na noite desta segunda-feira (18), que irão recorrer da decisão e que farão de tudo para manter o cronograma do concurso. A empresa pública disse que, até o momento, sua resposta oficial sobre o caso é essa nota.

Na ação, o MPF alega “conduta possivelmente ímproba de dirigentes da ECT na condução da Diretoria de Gestão de Pessoas, que criaram, de forma deliberada, uma situação de caos administrativo e favorecimento indevido e injustificado da entidade Cesgranrio, contratada para a realização do concurso da ECT de âmbito nacional”.
A ação cita que teria havido processo de suspensão dos concursos regionais na ECT, decisão de centralizar o processo de realização dos concursos e retardamento na adoção de providências para a realização do exame. Com isso, a ação cita prejuízos à atuação da empresa e a contratação por dispensa de licitação da Fundação Cesgranrio pelo valor de R$ 26.575.873,50.
O MPF também analisou informações do Centro de Seleção e de Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB) sobre as razões que motivaram a exclusão da entidade no processo de seleção para a realização do concurso.
O órgão avalia as ações dos Correios caracterizam uma preferência não motivada em relação à Cesgranrio, além de falta de transparência e lisura no processo de escolha.
"E o simples fato da Esaf e do Cespe não terem sido convidados para participar do processo simplificado para escolha da organizadora do concurso, a ser contratado por dispensa de licitação, é um indício significativo de irregularidade na contratação, uma vez que, sendo a ECT uma empresa pública federal, pretendo ela contratar, sem licitação, uma entidade para organizar concurso público, os primeiros cogitados deveriam ser justamente a Esaf e o Cespe, já que, como órgão do Ministério da Fazenda a primeira e órgão da Fundação Universidade de Brasília o segundo, também são integrantes da Administração Pública Federal indireta", diz o juiz Cruz em sua sentença.
 
Cronograma
De acordo com o cronograma, a divulgação dos gabaritos será no dia 29 de novembro, o recebimento dos recursos do dia 30 de novembro a 2 de dezembro, a resposta aos recursos até 13 de dezembro e a publicação do resultado no "Diário Oficial da União" até o dia 31 de dezembro.
O concurso teve o edital publicado em dezembro de 2009. Os salários vão de R$ 706,48 a R$ 3.108,37 (veja ao fim da reportagem os cargos e salários).
Os Correios afirmaram, na nota, que já estão tomando todas as providências cabíveis com o objetivo de garantir a continuidade do processo. Com isso, ele mantêm a previsão de realizar as provas do concurso conforme cronograma anteriormente divulgado, ou seja, no dia 28 de novembro.

A Fundação Cesgranrio informou que não recebeu nenhum comunicado oficial sobre a decisão. A organizadora não disse em que etapa se encontra o processo de seleção.
Mudanças nas datas e demora na escolha da banca
A prova estava inicialmente marcada para o dia 19 de setembro e teve a data mudada, segundo os Correios, por problemas de segurança e logística. O anúncio foi feito pelo presidente da empresa pública, David José de Matos, no dia 5 de agosto. Entre as justificativas estavam melhorias na segurança na aplicação das provas.
Matos anunciou ainda que, como as contratações só poderiam ser feitas em 2011 por causa da eleição, seriam contratados 4 mil funcionários provisórios no final do ano.

Um dos problemas detectados pela direção dos Correios foi a duplicidade de inscrições no concurso. Segundo o presidente dos Correios, havia candidatos que fizeram sete inscrições para diferentes cargos.
A definição da organizadora demorou cinco meses, já que os Correios iniciaram o processo de seleção da empresa após o término das inscrições, em 19 de fevereiro. A data do dia 19 de setembro havia sido definida no dia 23 de julho.
No começo de julho, a Associação Nacional de Proteção e Apoio aos Concursos (Anpac) chegou a enviar carta aos Correios solicitando esclarecimentos sobre a data de aplicação das provas e qual seria a organizadora do concurso.
O processo de escolha da organizadora começou em 20 de maio, após o Tribunal de Contas da União (TCU) autorizar os Correios a realizar a contratação direta da empresa que realizará a seleção.
A autorização do pedido, feita pelo ministro das Comunicações, José Artur Filardi Leite, foi publicada no dia 1º de junho no "Diário Oficial da União", na página 126 da seção 1. O documento registra a autorização "da contratação direta de entidade detentora de notória especialização e inquestionáveis capacidade e experiência na matéria".
De acordo com o então diretor de gestão de pessoas da empresa pública, Pedro Magalhães Bifano, a FGV venceu a escolha da primeira vez, entre outras seis organizadoras, porque apresentou o melhor preço. Entretanto, na hora de apresentação dos documentos, a fundação não tinha um dos requisitos (o atestado de realização de concurso em nível nacional).
Foram os próprios Correios que realizaram as inscrições e optaram por contratar organizadora somente após terem o número fechado de inscritos. O motivo alegado foi a redução de custos. A empresa disse que, com o número total de candidatos, a organizadora não correria o risco de fixar para cima o preço cobrado para realizar a seleção.

Veja abaixo os cargos que serão contemplados no concurso por diretorias regionais e os respectivos salários:

Diretorias Regionais da Bahia, Alagoas e Sergipe (155 vagas)
Administrador (R$ 3.108,37)
Advogado (R$ 3.108,37)
Analista de Desenvolvimento de Sistemas (R$ 3.108,37)
Arquiteto (R$ 3.108,37)
Assistente Social (R$ 3.108,37)
Engenheiro Civil (R$ 3.108,37)
Engenheiro Eletricista (R$ 3.108,37)
Engenheiro Eletrônico (R$ 3.108,37)
Engenheiro Mecânico (R$ 3.108,37)
Psicólogo (R$ 3.108,37)
Pedagogo (R$ 3.108,37)
Auxiliar de Enfermagem do Trabalho (R$ 902,57)
Enfermeiro do Trabalho (R$ 2.958,60)
Engenheiro de Segurança do Trabalho (R$ 3.108,37)
Médico do Trabalho (R$ 3.108,37)
Técnico em Segurança do Trabalho (R$ 1.392,97)
Atendente comercial (R$ 706,48)
Carteiro (R$ 706,48)
Operador de Triagem e Transbordo (R$ 706,48)

Diretorias Regionais da Paraíba, Ceará, Maranhão, Piauí, Pernambuco e Rio Grande do Norte (837 vagas)
Administrador (R$ 3.108,37)
Advogado (R$ 3.108,37)
Arquiteto (R$ 3.108,37)
Assistente Social (R$ 3.108,37)
Engenheiro Civil (R$ 3.108,37)
Engenheiro Eletricista (R$ 3.108,37)
Engenheiro Eletrônico (R$ 3.108,37)
Engenheiro Mecânico (R$ 3.108,37)
Engenheiro de Produção (R$ 3.108,37)
Psicólogo (R$ 3.108,37)
Auxiliar de Enfermagem do Trabalho (R$ 902,57)
Enfermeiro do Trabalho (R$ 2.958,60)
Engenheiro de Segurança do Trabalho (R$ 3.108,37)
Médico do Trabalho (R$ 3.108,37)
Atendente Comercial (R$ 706,48)
Carteiro (R$ 706,48)
Operador de Triagem e Transbordo (R$ 706,48)
Diretorias Regionais de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro (2.238 vagas)
Atendente comercial (R$ 706,48)
Carteiro (R$ 706,48)
Operador de Triagem e Transbordo (R$ 706,48)
Administrador (R$ 3.108,37)
Advogado (R$ 3.108,37)
Analista de Desenvolvimento de Sistemas (R$ 3.108,37)
Arquiteto (R$ 3.108,37)
Assistente Social (R$ 3.108,37)
Engenheiro Civil (R$ 3.108,37)
Engenheiro Eletricista (R$ 3.108,37)
Engenheiro Eletrônico (R$ 3.108,37)
Engenheiro Mecânico (R$ 3.108,37)
Psicólogo (R$ 3.108,37)
Pedagogo (R$ 3.108,37)
Auxiliar de Enfermagem do Trabalho (R$ 902,57)
Enfermeiro do Trabalho (R$ 2.958,60)
Engenheiro de Segurança do Trabalho (R$ 3.108,37)
Médico do Trabalho (R$ 3.108,37)
Técnico em Segurança do Trabalho (R$ 1.392,97)
Diretorias Regionais do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia e Roraima (225 vagas)
Administrador (R$ 3.108,37)
Advogado (R$ 3.108,37)
Arquiteto (R$ 3.108,37)
Assistente Social (R$ 3.108,37)
Engenheiro Civil (R$ 3.108,37)
Engenheiro Eletricista (R$ 3.108,37)
Engenheiro Eletrônico (R$ 3.108,37)
Psicólogo (R$ 3.108,37)
Auxiliar de Enfermagem do Trabalho (R$ 902,57)
Enfermeiro do Trabalho (R$ 2.958,60)
Engenheiro de Segurança do Trabalho (R$ 3.108,37)
Médico do Trabalho (R$ 3.108,37)
Carteiro (R$ 706,48)
Operador de Triagem e Transbordo (R$ 706,48)
Atendente comercial (R$ 706,48)
Diretorias Regionais de Brasília, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Tocantins (576 vagas)
Atendente Comercial (R$ 706,48)
Carteiro (R$ 706,48)
Operador de Triagem e Transbordo (R$ 706,48)
Administrador (R$ 3.108,37)
Advogado (R$ 3.108,37)
Analista de Desenvolvimento de Sistemas (R$ 3.108,37)
Analista de Suporte de Banco de Dados (R$ 3.108,37)
Análise de Sistemas (R$ 3.108,37)
Arquiteto (R$ 3.108,37)
Assistente Social (R$ 3.108,37)
Contador (R$ 3.108,37)
Economista (R$ 3.108,37)
Engenheiro Civil (R$ 3.108,37)
Engenheiro de Produção (R$ 3.108,37)
Engenheiro Eletricista (R$ 3.108,37)
Engenheiro Eletrônico (R$ 3.108,37)
Engenheiro Mecânico (R$ 3.108,37)
Estatístico (R$ 3.108,37)
Revisor de Texto (R$ 3.108,37)
Pedagogo (R$ 3.108,37)
Psicólogo (R$ 3.108,37)
Técnico em Comunicação Social (Publicidade e Propaganda) (R$ 3.108,37)
Historiador (R$ 3.108,37)
Arquivologista (R$ 3.108,37)
Desenhista Industrial (R$ 3.108,37)
Internacionalista (Relações Internacionais) (R$ 3.108,37)
Auxiliar de Enfermagem do Trabalho (R$ 902,57)
Enfermeiro do Trabalho (R$ 2.958,60)
Engenheiro de Segurança do Trabalho (R$ 3.108,37)
Médico do Trabalho (R$ 3.108,37)
Técnico em Segurança do Trabalho (R$ 1.392,97)
Diretorias Regionais de Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina (1.037 vagas)
Atendente Comercial (R$ 706,48)
Carteiro (R$ 706,48)
Operador de Triagem e Transbordo (R$ 706,48)
Administrador (R$ 3.108,37)
Advogado (R$ 3.108,37)
Analista de Desenvolvimento de Sistemas (R$ 3.108,37)
Arquiteto (R$ 3.108,37)
Assistente Social (R$ 3.108,37)
Engenheiro Civil (R$ 3.108,37)
Engenheiro de Produção (R$ 3.108,37)
Engenheiro Eletricista (R$ 3.108,37)
Engenheiro Eletrônico (R$ 3.108,37)
Engenheiro Mecânico (R$ 3.108,37)
Psicólogo (R$ 3.108,37)
Auxiliar de Enfermagem do Trabalho (R$ 902,57)
Enfermeiro do Trabalho (R$ 2.958,60)
Engenheiro de Segurança do Trabalho (R$ 3.108,37)
Médico do Trabalho (R$ 3.108,37)
Técnico em Segurança do Trabalho (R$ 1.392,97)
Diretorias Regionais de São Paulo Metropolitana e São Paulo Interior (1.497 vagas)
Atendente comercial (R$ 706,48)
Administrador (R$ 3.108,37)
Advogado (R$ 3.108,37)
Analista de Desenvolvimento de Sistemas (R$ 3.108,37)
Arquiteto (R$ 3.108,37)
Assistente Social (R$ 3.108,37)
Engenheiro Civil (R$ 3.108,37)
Engenheiro Eletricista (R$ 3.108,37)
Engenheiro Eletrônico (R$ 3.108,37)
Engenheiro Mecânico (R$ 3.108,37)
Estatístico (R$ 3.108,37)
Psicólogo (R$ 3.108,37)
Auxiliar de Enfermagem do Trabalho (R$ 902,57)
Enfermeiro do Trabalho (R$ 2.958,60)
Engenheiro de Segurança do Trabalho (R$ 3.108,37)
Médico do Trabalho (R$ 3.108,37)
Técnico em Segurança do Trabalho (R$ 1.392,97)
Carteiro (R$ 706,48)
Operador de Triagem e Transbordo (R$ 706,48)
G1.com
Após baixarias tucanas, Dilma cresce e abre 12 pontos sobre Serra
A vantagem de Dilma Rousseff sobre José Serra no segundo turno da corrida presidencial cresceu quatro pontos percentuais em apenas seis dias – o que deixa a candidata da coligação Para o Brasil Seguir Mudando mais próxima da vitória na eleição de 31 de outubro. É o que aponta pesquisa Vox Populi/iG divulgada na manhã desta terça-feira (19). 
Por André Cintra

Segundo o instituto, Dilma tem 51% das intenções de votos para a sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva – seu principal apoiador. Já Serra, à frente de uma das campanhas mais sujas no Brasil desde as últimas décadas, caiu para 39%. Em relação ao Vox Populi de 13 de outubro, a petista cresceu três pontos percentuais, enquanto o tucano caiu um – ela tinha 48%, contra 40% de Serra.

Pretendem anular ou votar em branco 6% dos entrevistados – mesmo patamar da última pesquisa. O índice de eleitores indecisos, no entanto, caiu de 6% para 4%. A margem de erro estimada pelo instituto é baixíssima – apenas 1,8 ponto percentual para mais ou para menos.

Nos chamados votos válidos (que excluem brancos, nulos e indecisos), a dianteira de Dilma fica mais evidente. A presidenciável – que tinha oito pontos à frente Serra (54% a 46%) na semana passada – agora lidera mais folgadamente: 57% a 43%.

Segundo o Vox Populi, é no Nordeste e no Sudeste que o desempenho de Dilma justifica a diferença cada vez mais sólida sobre Serra. Entre os nordestinos, a candidata da coligação Para o Brasil Seguir Mudando é a preferida de impressionantes 65%, ao passo que Serra amarga 25%.

Esse trunfo exigiria que a candidatura demo-tucana compensasse a votação nos maiores colégios eleitorais do Brasil, concentrados no Sudeste. Nessa região, porém, Dilma também ampliou a vantagem e lidera a disputa – por 47% contra 40%. O consolo de Serra está no Sul, onde ele segue à frente de Dilma, com 50% – ela aparece com 41%.

Aborto e renda

A pesquisa Vox Populi mostra que boa parte do eleitorado reagiu negativamente à baixaria da campanha Serra. Com a imposição de temas como o aborto na pauta eleitoral, quem mais se beneficiou foi Dilma – que reduziu sua desvantagem no eleitorado evangélico (42% a 44%) e consolidou sua vantagem entre os católicos praticantes (54% a 37%) e não praticantes (55% a 37%). O eleitorado declaradamente ateu também prefere a petista – 49% a 36%.

Candidato das elites, Serra só lidera o pleito – e, ainda assim, na margem de erro (44% a 42%) – na faixa do eleitorado que ganha mais de cinco salários mínimos e nos entrevistados com nível superior (47% a 40%). Dilma, em contrapartida, massacra o tucano por 61% a 31% entre os eleitores que recebem não mais que um mínimo. Vence também (55% a 38%) no segmento do eleitorado com até a 4ª série do ensino fundamental.

Dilma tem voto mais convicto

O levantamento do Vox Populi ouviu 3 mil eleitores de 15 a 17 de outubro e foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral com o número 36.193/10. Devido ao período de sondagem, a pesquisa não capta os efeitos do debate monótono entre Dilma e Serra promovido no domingo pela Rede TV! e da excelente entrevista de Dilma na segunda-feira ao Jornal Nacional.

De qualquer maneira, há um dado na pesquisa que aponta a cristalização da preferência do eleitorado. É que, segundo o Vox Populi, 89% dos que eleitores que declararam voto em algum candidato já se definiram de maneira irreversível. Apenas 9% admitem mudar de preferência. A boa notícia é que os eleitores de Dilma são os mais convictos – 93% dos dilmistas declaram que seu voto está consolidado. Já no eleitorado de Serra, esse índice é de 89%.
Vermelho.com 

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

“Nessas eleições o amor pelo Brasil vai vencer o ódio”, afirmou Dilma em ato das centrais
“Se em 2002 a esperança derrotou o medo, em 2010 o amor pelo Brasil derrotará o ódio”, com essas palavras Dilma Rousseff, candidata à Presidência da República, comentou os ataques e os boatos criados pelo candidato José Serra e seus apoiadores, em um grande comício com a participação das centrais sindicais e entidades dos movimentos populares, na noite nesta sexta-feira (15), no bairro de São Miguel Paulista, zona leste da cidade.
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Durante o evento, que reuniu milhares de pessoas, os presidentes e representantes das centrais sindicais CTB, CUT, CGTB, Força Sindical, Nova Central e UGT passaram às mãos de Dilma, a Agenda da Classe Trabalhadora, documento aprovado na 2ª Conclat, com as reivindicações de trabalhadores e trabalhadoras brasileiros.
“Olhem a nossa volta... Temos aqui diversos representantes dos movimentos populares. E ao lado do Serra, quem está? Os empresários! Agora, ele diz que é do povo. Mas qual representante do povo está ao lado dele? Nenhum. Apenas a mídia, que alimenta suas mentiras”, enfatizou Wagner Gomes, presidente da CTB, ao fazer uso da palavra.
Para Gomes, o principal canal de disseminação das calúnias criadas pela oposição é a mídia golpista, que no objetivo de tirar um governo popular do poder faz campanha dia e noite para Serra. “É a mídia que está tentando transformá-lo num candidato popular, ela o construiu”.

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Estiveram presentes ao lado de Dilma, além do presidente Lula, os senadores Aloysio Mercadante e Eduardo Suplicy, a recém-eleita senadora Martha Suplicy, a deputada Luiza Erundina e o vereador Netinho de Paula, entre outros parlamentares.
Liberdade religiosa
Contrariando a onda de boatos de caráter religioso, no palco ao lado de Dilma, marcaram presença pastores evangélicos e padres, que abriram o comício com um louvor fazendo questão de prestar seu apoio à candidata e demonstrar que também estão ao seu lado.
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“Estamos aqui para provar que não fazemos acordo com a mentira. Fazemos pacto de fé. E não somos poucos, somos muitos”, revelou o padre Julio Lancelot, ao comentar que ali estavam também pastores de outros países como México e Bolívia.
Todos os presentes criticaram em suas falas a campanha adversária por estimular o ódio. Opinião reforçada por Dilma. “Não nos interessa a discussão sobre crenças, religiões, convicções pessoais, porque o Estado é laico”.
Em seu discurso Dilma frisou o que estará em jogo no próximo dia 31 de outubro. “Nesse dia decidiremos o futuro do país, de cada mulher, criança ou idoso. O futuro da população. Vamos ter que escolher entre dois caminhos. O primeiro é aquele que pôs comida da mesa dos mais pobres, deu à população carente a oportunidade de comprar um fogão, uma geladeira. Gerou mais de 14 milhões de empregos. O outro, é aquele que governa para poucos, para as elites. O governo privatista, que quer entregar o Pré-sal às mãos do capital internacional”, revelou a candidata que destacou os principais programas sociais criados nos anos do governo Lula, que propiciaram a melhora das condições de diversas famílias do campo e da cidade.
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“Quando criamos o luz para todos pensamos na mãe e seus filhos que moram em comunidades afastadas ou no campo. No pescador que precisa de um geladeira para conservar sua pesca. Quando criamos o Minha casa, minha vida pensamos em lares, nas famílias que precisam de um teto para se fortalecerem. É para esses que governamos, pois um governo só vale quando é capaz de zelar por todos e, em especial, pelos mais necessitados. E não para apenas um terço da população, mas sim para 190 milhões”.
Em sua fala, Dilma mais uma vez reforçou a força que uma mulher tem para conduzir um país. “Vou provar que uma mulher sabe governar. Quero honrar todas as mulheres!”, concluiu.

Muito mais em menos tempo
Último a falar e ovacionado pela população presente, o presidente Lula fez duras criticas à postura dos adversários. "É uma vergonha a campanha do nosso adversário em ataque à companheira Dilma Rousseff. É uma vergonha o preconceito contra mulher", afirmou o presidente.
Lula lembrou que não é de hoje que enfrentam a ferocidade da oposição. O presidente relembrou os ataques que sofreu, desde 1982, quando foi candidato em São Paulo. "Nós já conhecemos essa história, não é a primeira vez que nós somos atacados", disse.
"Até que, de tanto eles mentirem, o povo resolveu dizer 'chega'. E era contra o [José] Serra. Foi exatamente contra ele que o povo gritou 'chega de mentira'", afirmou o presidente acrescentando: "Eles estão fazendo numa campanha, mentindo e difamando, na perspectiva de que o povo ainda acredite e eles possam ganhar eleições", disse.
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Lula lembrou que nunca foi feito tanto, como nos últimos 8 anos para a população carente. “Nunca um governo criou tantas universidades federais, tanto emprego com carteira assinada. Nunca houve esse índice de aumento salarial em acordo com o movimento sindical. Antes eles falavam mal do bolsa-família. Agora dizem que vão dar até 13º do benefício”, afirmou indignado.
Para o presidente os opositores falam muito e fazem muito pouco. “Falar, eles falam. Mas não fazem. Para eles, os pobres que se lasquem!”, alertou ao afirmar: “Nós que lutamos para o Brasil subir ladeira acima, não vamos permitir que o país desça “serra” abaixo. O Brasil teve a coragem de dar uma oportunidade a um torneiro mecânico. Agora, elegerá a primeira mulher presidente deste país: Dilma Roussef para o Brasil continuar crescendo!”, concluiu que foi aclamado pelos milhares de homens, mulheres e crianças presentes.
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Cinthia Ribas - Portal CTB

domingo, 17 de outubro de 2010

Carta Capital: presidente do PSDB participou de mensalão do DEM
Carta Capital aponta que presidente do PSDB é o principal citado em vídeo apreendido pela PF durante a Caixa de Pandora; Revista sustenta que caso foi abafado pela campanha tucana
José Cruz, Agência Brasil
Mensalão do DEM
Sérgio Guerra (esquerda) e Agripino Maia são os principais citados pela funcionária que coordenava os trabalhos do mentor do esquema
As investigações que revelaram o esquema conhecido como Mensalão do DEM continuam a pleno vapor e chegaram ao presidente do PSDB, Sérgio Guerra, também coordenador da campanha de José Serra à Presidência da República.

A análise de um dos CDs apreendidos pela Polícia Federal durante a Operação Caixa de Pandora coloca em cena os nomes de Guerra e do senador Agripino Maia, do DEM do Rio Grande do Norte. Os dois e o ex-governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz, eram os políticos que mais recebiam ligações de uma funcionária da empresa de coleta de lixo que comandava a arrecadação e a distribuição ilegal de recursos. Essa funcionária, identificada como Dominga, era quem coordenava os trabalhos de Eduardo Badra, ex-diretor da Qualix e mentor do crime. De acordo com reportagem da Carta Capital desta semana, o dinheiro de propina era acomodado em caixas de papelão com montantes de 50 mil reais.

Investigações

O repórter Leandro Fortes aponta que os investigadores da Polícia Federal estão de olho, principalmente, nos contratos de lixo do Distrito Federal. A partir do governo Roriz, a coleta de dejetos passou a ser terceirizada, tendo a Qualix como principal vencedora de concorrências ou mesmo como beneficiada por convênios feitos sem licitação. A partir de 2006, no governo tucano de Maria Abadia, outras empresas passaram a receber os bilionários contratos, sempre suspeitos. Os esquemas continuaram durante o governo de José Roberto Arruda (DEM), cotado para ser o vice de Serra até acabar preso pela PF.

O senador Sérgio Guerra disse ser amigo de Badra há 30 anos, mas afirmou que é falso o vídeo apreendido pela polícia. Já Agripino Maia pontuou que foi procurado por outros jornalistas, mas assegurou que todos se desinteressaram pela história após ouvirem a versão apresentada por ele. Para Carta Capital, a história é outra: nada foi publicado por pressão da campanha de Serra sobre as redações.
Fonte: Rede Brasil Atual
Ciro chama Serra de FHC boy e revela como o PSDB vendeu SP
Entrevista de Ciro Gomes, no Jogo do Poder, em setembro de 2009 explica a participação de José Serra, do PSDB, nos oito anos de Governo FHC e como o tucano vendeu São Paulo.
PV decide ficar neutro no segundo turno
Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – O PV decidiu hoje (17), em plenária, ficar neutro no segundo turno das eleições. Havia cerca de 120 votantes na reunião e apenas quatro levantaram a mão pela defesa de definir qual dos dois candidatos apoiar no segundo turno. “Estamos definidos nestas eleições como independentes”, disse o presidente do partido, José Luiz de França Penna.
A senadora Marina Silva, candidata do PV à Presidência no primeiro turno, leu uma carta endereçada aos candidatos Dilma Rousseff e José Serra, em que se declara neutra quanto aos rumos da campanha. Ela, no entanto, evitou manifestar sua opinião sobre o apoio para o segundo turno.
Marina reclamou do embate que vem se travando entre o PSDB e o PT na reta final de campanha e lamentou que os dois partidos que “nasceram inovadores, hoje se mostram conservadores”. Para a senadora, o segundo turno seria um pragmatismo sem limites.
Ela disse ainda que já conviveu com os dois candidatos e que são pessoas dignas. Com Dilma, Marina relembrou que teve cinco anos de convivência, quando ambas eram ministras do governo Lula, e disse que a convivência foi boa apesar das divergências. Já com Serra, ela relembrou ocasiões em que convergiram na opinião sobre determinados projetos quando ele também era senador.
Marina admitiu que dos cerca de 20 milhões de votos que teve no primeiro turno, havia uma parte considerável de votos de evangélicos e alfinetou o teor religioso que a campanha do segundo turno recebeu. “Professei minha fé sem fazer dela uma arma eleitoral.”
Agora, a candidata do PV disse que o partido que ser um “veículo mediador de propostas” e que vai cobrar de quem for eleito a execução das promessas de campanha.
Edição: Lana Cristina

Marina diz que posição do PV não é de neutralidade, mas de independência
Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A senadora Marina Silva defendeu hoje (17) que a posição do PV para o segundo turno das eleições não é de “neutralidade, mas de independência”. Segundo ela, essa posição do partido, que foi definida hoje após a votação em plenária, vai “favorecer a democracia e o debate sobre o que interessa ao Brasil”.
“Não é de neutralidade, até porque o partido assegura, àqueles que querem manifestar a sua posição diferente, a manifestação para um ou outro candidato, mas não poderão usar os símbolos do partido. Não poderão falar como dirigentes do partido. No entanto, como cidadãos, poderão fazê-lo”, explicou Marina, que não revelou seu voto nas urnas. “O voto é secreto”, disse.
A decisão do PV foi anunciada no começo da tarde de hoje, quando 88 delegados do partido foram favoráveis a essa decisão do partido no segundo turno. Apenas quatro delegados votaram para que o partido se decidisse por uma das candidaturas: a de José Serra, do PSDB, ou a de Dilma Rousseff, do PT.
Marina evitou falar sobre o seu futuro político, defendendo que será candidata “para fazer com que esse embrião de uma terceira via possa prosperar”, oferecendo-se como uma alternativa à “dualidade destrutiva” do PT e do PSDB. A senadora voltou a falar ser contra a reeleição e defensora do mandato de cinco anos.
Antes, em discurso, Marina leu uma carta aberta aos dois candidatos, na qual fez críticas ao debate que está em curso no segundo turno. Segundo ela, os dois partidos que surgiram como inovadores, mostram-se hoje como conservadores, resultando num pragmatismo sem limites. “Esse pragmatismo, que cada um usa como arma, é armadilha em que ambos caem e para a qual levam o país”. Para Marina, os dois candidatos deveriam privilegiar a discussão sobre propostas.
Antes da votação, Alfredo Sirkis, vice-presidente do PV, foi enumerando várias propostas do partido sobre temas como educação, segurança pública, seguridade social, voto distrital misto e meio ambiente, entre outros. Essas propostas foram apresentadas às candidaturas de Dilma e Serra anteriormente e os dois candidatos se posicionaram sobre cada uma dessas questões. Segundo Marina, o PT acolheu a maior parte das propostas.
O PV continua cobrando os demais partidos programaticamente, posicionando-se sempre sobre as propostas. “A agenda de um partido como o nosso não se prende à eleição”, disse o presidente do partido José Luiz de França Penna.
Edição: Rivadavia Severo

OPINIÃO
Mas e claro que a Marina da Silva teve que falar mais alto no seu querido PV e esfriar de uma fez por toda a ferocidade de seua pares por cargos no Futuro Governo Federal,mesmo entrando na legenda somente em 2009 para usa-la para se canditar em 2010 a Presidencia da República ela teve que se impor na decisão de seu partido, colocando na mesa os "seus" quase 20 milhões de votos para esfriar a fera chamado Gabeira no Rio de Janeiro e outros líderes, a "neutralidade" do PV, nada mais e que liberar o seu partido a nivel nacional para apoiar quem lhes convir dependendo das condições políticas locais como ja estamos vendo em vários estados como também no nosso, na verdade o PV  é um partido que surge como novo, comandado por uma política ultrapassada de momentos e oportunismo, com certeza aqueles ambientalistas e ativistas que o fundou em 1986 não o conhece mais.
Jaedson Oliveira

País tem 120 empresas estatais, 41 foram privatizadas nos últimos 20 anos Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil


Brasília - Desde 1990, 41 empresas estatais foram privatizadas no país, segundo o Departamento de Coordenação e Controle das Empresas Estatais (Dest) do Ministério do Planejamento. Atualmente, a União detém participação direta ou indireta em 120 empresas estatais, englobando as empresas públicas, as sociedades de economia mista, suas subsidiárias e controladas, além das demais empresas controladas pela União.

Segundo o Dest, em 1980, o país tinha 213 empresas estatais, e esse número passou para 186 em 1990 e para 103 em 2000. A alteração nesses números envolve, além de privatizações, as incorporações e liquidações de empresas.

A privatização do setor de telecomunicações foi uma das que mais alteraram a vida da população brasileira. O sistema Telebras, que envolvia 27 empresas de telefonia fixa e 26 de telefonia celular, foi privatizado em 1998. Segundo a Associação Brasileira de Telecomunicações (Telebrasil), desde que as operadoras privadas assumiram a prestação de serviços de telefonia, a oferta cresceu 703% e o número de aparelhos ultrapassou o número de habitantes do país.

Em abril deste ano, o governo anunciou a retomada das atividades da Telebras, com o objetivo específico de gerenciar o Plano Nacional de Banda Larga. A estatal, no entanto, deverá ter uma estrutura mais enxuta, com poucos funcionários.

Para o professor da Escola de Administração da Fundação Getulio Vargas, Arthur Barrionuevo, a privatização do setor ampliou o acesso ao serviço, mas os custos ainda são elevados, principalmente por causa dos impostos e da falta de competição. “Se não existisse imposto, o preço poderia ser a metade, e isso [os impostos] dificulta a universalização”.

No setor de energia, das 63 distribuidoras do país, 45 foram privatizadas, como a Light, do Rio de Janeiro, a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL) e a Eletropaulo, de São Paulo. Entre as 18 estatais, estão a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), a Companhia Energética de Brasília (CEB) e a Companhia Estadual de Energia Elétrica (Ceee), que atende consumidores do Rio Grande do Sul.

O advogado especialista em regulação do setor elétrico Gustavo de Marchi, que integra a Comissão de Direito de Energia da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), disse que as privatizações em setores estratégicos como energia e petróleo devem ser acompanhadas de uma rígida fiscalização pelas agências reguladoras. “A participação da iniciativa privada foi fundamental ao setor elétrico para permitir a expansão que temos hoje. O que não pode é deixar isso apenas nas mãos de investidores privados”.

A advogada do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Mariana Ferreira Alves, disse que o consumidor tem hoje uma melhor condição dos serviços, mas pagou mais caro por isso. Para ela, as empresas que assumiram a prestação de serviços públicos não podem deixar de atender a população. “É importante que a iniciativa privada tenha a visão de que ela presta serviços públicos essenciais, e que não podem ser cortados, nem pela inadimplência”.

A privatização da Companhia Vale do Rio Doce, ocorrida em 1997, ainda causa polêmica. O principal argumento usado pelos defensores da reestatização da Vale é que a companhia teria sido vendida por um preço considerado abaixo do de mercado, US$ 3,3 bilhões. Hoje, a empresa tem capitalização de mercado de aproximadamente US$ 140 bilhões, com cerca de 500 mil acionistas em todos os continentes.

Para regulamentar e fiscalizar os serviços prestados pelas empresas privatizadas, foram criadas agências reguladoras para cada setor, como a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
  Agencia Brasil
Edição: Rivadavia Severo

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Apoio a Dilma // PCdoB do RN define estratégias
Os membros do PCdoB no Rio Grande do Norte se reúnem amanhã para definir a presença do partido no segundo turno e que estratégias vão adotar em favor da candidatura de Dilma Rousseff (PT) a presidência da República. Segundo o presidente estadual do partido, Antenor Roberto, essa campanha para o segundo turno é muito curta e por isso precisam mobilizar diversos segmentos sociais para reforçar o voto na petista. Para isso, a metodologia utilizada será capacitar a militância, fornecendo informações sobre o projeto de Dilma pois, segundo Antenor, o eleitor do segundo turno é mais exigente. A reunião acontecerá às 18h, no Hotel Monza.

Mesmo acreditando na vitória de Dilma, o presidente do PCdoB disse que é sempre hora de conquistar novos eleitores. "O eleitor é um ser complexo, ainda mais dentro de uma eleição com tantos candidatos. E no segundo turno, o raciocínio é outro. Existem explicações de toda ordem para esse segundo turno. Mesmo Dilma estando em vantagem, pode ser que alguém que votou nela no primeiro turno, opte por José Serra (PSDB) no segundo. Tudo pode acontecer. Não podemos acreditar que já o jogo está ganho. São novas conquistas e sempre abordamos o eleitor como se fosse uma nova eleição. Por isso é importante capacitar a militância. Temos que discutir tudo outra vez", declarou.

O presidente do PCdoB também manifestou preocupação com o número de abstenções que pode aumentar no segundo turno, tendo em vista que o dia das votações antecede o feriado do dia 2 de novembro (Finados). "Existem camadas da sociedade que têm condições de programar viagens nesses feriados. Por isso é importante ganhar todos os eleitores. Nossa estratégia é agir em unidade e cada dia vale muito nessa nova disputa", declarou. Sobre o aborto, Antenor disse tratar-se de política de saúde. 
Diário de Natal

Detran e UFRN inscrevem para mais de 300 vagas

Após uma longa espera, o Governo do Estado lançou na última semana o concurso para o Departamento de Trânsito (Detran/RN), contemplando 285 vagas para os cargos de assessor técnico, assistente técnico, analista de suporte, eletricista programador, programador e vistoriador/emplacador. As provas serão realizadas pela Fundação Getúlio Vargas e as inscrições, já abertas, prosseguem até o próximo dia 21, exclusivamente via Internet, no site www.fgv.br/fgvprojetos

A taxa de inscrição para os cargos de nível superior é de R$ 70,00 e, para as vagas de nível médio, de R$ 50,00. O concurso prevê provas escritas objetivas com questões unicamente de múltipla escolha, que poderão ser realizadas em Natal, Mossoró, Caicó, Pau dos Ferros e Nova Cruz, no dia 21 de novembro (nível médio e técnico pela manhã – com exceção de “vistoriador/emplacador” - e nível superior à tarde).

O prazo de validade do concurso será de dois anos, contados a partir da data de publicação da homologação do resultado final, podendo haver prorrogação por mais dois anos. Os cargos de nível superior são para as áreas de administração, arquitetura, relações públicas, jornalismo, contabilidade, economia, engenharia civil, engenharia elétrica, estatística, informática (gerenciamento de projetos, administração de bancos de dados, administração de rede, análise de sistemas), medicina, pedagogia, letras e psicologia.

Também prosseguem abertas, até o dia 24 de outubro, as inscrições para o concurso da UFRN. A Universidade Federal do Rio Grande do Norte oferece oportunidades para os níveis médio e superior, no total de 55 vagas, sendo 28 para assistente de administração, nível médio, e o restante para nível superior. As provas ocorrem em 12 de dezembro.

A remuneração básica para o nível médio é de R$ 1.821 e a taxa de inscrição de R$ 50. Já para quem possui diploma universitário e pretende disputar vaga de nível superior, a taxa de inscrição é de R$ 80 e o salário inicial previsto fica em R$ 2.989. Há cinco vagas para analista de TI; 10 para  engenheiro elétrico; uma para engenheiro agrônomo; seis para secretário executivo; uma para restaurador de arte e peças de museu; duas para ginecologistas; uma para médico hematologia e hemoterapia; e uma para pediatria.  

SITE

 Os interessados devem acessar o site www.comperve.ufrn.br e no link “concursos” terão acesso  ao edital, o formulário de inscrição e os programas de estudo relativos às provas de cada cargo. Os candidatos ao cargo de nível médio responderam a uma prova objetiva de 30 questões (15 de Língua Portuguesa e 15 de Raciocínio Lógico/Matemático), além de uma redação. Enquanto os de nível superior responderão a 30 questões objetivas e quatro discursivas, todas de conhecimentos específicos.
Tribuna do Norte
Bancários decidem amanhã sobre fim da greve

Bancários de todo o país devem se reunir nesta quarta-feira para avaliar a nova proposta dos bancos para encerrar a greve da categoria, que já completou duas semanas. O Comando Nacional dos Bancários informou que a orientação geral é para que a nova oferta seja aceita pelos trabalhadores, com suspensão da greve e volta ao trabalho na quinta-feira.

Ontem, a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) apresentou uma nova proposta às entidades sindicais, que inclui um reajuste de 7,5% --o que representa aumento de 3,1% acima da inflação- para quem ganha até R$ 5.250.

Para salários superiores a esse patamar, a proposta prevê um fixo de R$ 393,75 ou reajuste de 4,29%, equivalente à inflação do período --o que for maior. Anteriormente, eram 6,5% de reajuste para quem ganha até R$ 4.100 e um valor fixo de R$ 266,50 para os demais.

Os novos pisos salariais, se a proposta da Fenaban for aceita, vão de R$ 748,59 para R$ 870,84 na portaria e de R$ 1.074,46 para R$ 1.250,00 para escritório e caixa. A proposta também melhora a PLR (Participação nos Lucros e Resultados) para 90% do salário mais R$ 1.100,80, limitado ao teto de R$ 7.181.

Segundo o Comando Nacional dos Bancários, a paralisação chegou a atingir 8.280 agências distribuídas por todo o país. Em São Paulo, 667 agências fecharam na capital e em mais 16 municípios, segundo a categoria. O balanço desta segunda-feira ainda não foi divulgado. A Fenaban não divulgou balanços próprios sobre o alcance desta greve. 
Folha.com

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A VERDADE

os prefeitÁveis 2012 já estão em ‘campanha’
Da Redação

Tão logo foi concluída a apuração dos votos das eleições de 3 de outubro, o vereador Chico da Prefeitura (DEM) deixou claro: está pronto para disputar a Prefeitura de Mossoró em 2012. E avisou: não aceita sequer a vaga de vice.
A empolgação do vereador democrata foi motivada pela surpreendente votação que ele obteve nas eleições deste ano, quando tentou uma vaga na Assembleia Legislativa. Só em Mossoró foram quase 20 mil votos, praticamente empatado com os deputados Leonardo Nogueira (PSB) e Larissa Rosado (PSB), que fizeram campanha com estruturas bem maiores.
O grito de Chico da Prefeitura, imediatamente após, antecipou em dois anos o processo de sucessão da prefeita Fafá Rosado (DEM). Não tem como negar que o debate está na pauta do dia, uma vez que outros nomes, igualmente, aceitaram a discussão: Larissa Rosado e a vereadora de primeiro mandato Cláudia Regina (DEM).

Larissa, a bem da verdade, já havia sido citada antes mesmo das eleições do último domingo, como o principalmente nome da oposição para disputar a Prefeitura. No final do mês de agosto, quando o rosadismo se reuniu para anunciar a parceria político-eleitoral com o senador Garibaldi Alves Filho (PMDB), os militante saudaram Larissa como futura prefeita.
A deputada, reeleita para o terceiro mandato na Assembleia Legislativa, não esconde o sonho de governar Mossoró. Ela foi candidata nas duas últimas eleições municipais, em ambas, derrotada pela prefeita Fafá Rosado. No entanto, a votação de quase 20 mil só em Mossoró e mais de 41 mil em todo o Estado deu à Larissa mais um motivo para sonhar com o poder municipal.
Já a vereadora Cláudia Regina corre por fora para se viabilizar dentro do seu agrupamento político. Desde que se elegeu vereadora, em 2008, a democrata vem realizando um trabalho junto às camadas mais carentes, com a abertura que ela mesma construiu quando era gerente do Desenvolvimento Social na administração da então prefeita e hoje governadora eleita Rosalba Ciarlini (DEM).
Soma-se para fortalecer o projeto de Claúdia o tempo de serviço prestado em cargos dos governos estadual e municipal. Ela foi diretora do Meios na segunda administração do governador José Agripino (DEM), nos anos 90, quando conduziu em Mossoró o programa “Balcão de Ferramenta”. Depois, serviu as duas últimas administrações de Rosalba, uma como chefe de gabinete e outra no Desenvolvimento Social. São quase 20 mil em contato direto com as pessoas.

Nome novo
Essa considerável “bagagem”, no entanto, esbarra numa dificuldade maior, que é viabilizar o nome dentro do segmento político. Cláudia terá que convencer a direção do DEM em Mossoró de que o seu projeto é viável, assim como conquistar o apoio da prefeita Fafá, que certamente será responsável pela condução de sua sucessão.
É a mesma dificuldade de Chico da Prefeitura, também dependente do aval do DEM. Os dois, no entanto, podem fazer a opção de outra sigla para se viabilizarem, no entanto, correndo o risco de serem pegos pela Lei da Fidelidade Partidária.
No tabuleiro da sucessão municipal também não pode ser descarto o surgimento de um nome novo, possivelmente de dentro do agrupamento situcianista. Há especulação de que o secretário municipal da Cidadania, professor Francisco José (PV), teria a simpatia do Palácio da Resistência. A sua posição de destaque no governo chama a atenção, principalmente devido a sua participação em programas que aproximam as pessoas da administração.
O assunto, porém, sequer é conversado pela prefeita ou seus assessores. Sempre que o tema vai a debate, Fafá Rosado repete que ainda é muito cedo para falar sobre eleições 2012 e que o momento é de realizar as obras que Mossoró necessita.
O fato é que a sucessão municipal foi antecipada, sendo pauta em todas as rodas de conversa e que os grupos já estão se movimentando em torno da futura disputa.
Sucessão municipal é antecipada em todo RN
Não é só em Mossoró que as eleições 2010 anteciparam o debate sobre a sucessão municipal de daqui a dois anos. Em quase todos os municípios oestanos, a apuração das urnas no último domingo ofereceu leitura para 2012.
Em Pau dos Ferros, por exemplo, o prefeito Leonardo Rêgo (DEM) mostrou a sua força e fortaleceu o projeto de eleger o sucessor, provavelmente o atual vice-prefeito Fábrício Torquato (PMDB). Pela oposição, o ex-prefeito Nilton Figueiredo (PP), impedido pela Lei da Ficha Limpa, viu o ex-prefeito de Luís Gomes ganhar espaço e se apresentar como provável candidato a prefeito.
No município de Apodi, o ex-candidato a prefeito Flaviano Monteiro (PC do B) recebeu votação recorde para deputado estadual, mais de 11 mil votos, e se consolidou como nova liderança municipal, tomando essa posição do ex-prefeito José Pinheiro (PR), que naufragou com a péssima votação do seu genro, Kelps Lima, no município: 974 votos. Flaviano deverá disputar a Prefeitura em 2012 com a força da oposição.
Em Areia Branca, a sucessão municipal também ganhou as mesas de debate, com base no resultado das eleições 2010. O prefeito Souza (PP) saiu derrotado, com a pífia votação de seu candidato Iberê Ferreira (PSB), comprometendo o projeto de fazer o sucessor. Enquanto isso, a oposição que deu vitória no município à governadora eleita Rosalba Ciarlini (DEM), se armou com o nome do ex-prefeito Beguinho.
Em Natal, assim como no interior do Estado, a discussão sobre 2012 foi antecipada. A deputada Fátima Bezerra, campeã de votos com mais de 220 mil, sendo 80 mil votos só na capital, ganhou fôlego para dispuar a Prefeitura. Seria a sua quinta tentativa. Também ganhou força o nome do vereador Adenúbio Melo (PSB), que recebeu mais de 72 mil votos para deputado federal.
A prefeita Micarla de Souza (PV) tem o direito natural da reeleição e deverá ser candidata. No entanto, precisará se recuperar do tombo sofrido nas eleições 2010.