Pela 19ª vez, ONU pede aos EUA o fim do bloqueio a Cuba
A Assembleia Geral da ONU pediu nesta terça-feita (26) aos Estados Unidos, por votação quase unânime, o fim do bloqueio comercial e financeiro aplicado a Cuba há 48 anos. O documento alcançou apoio de quase todos os 192 países que integram a ONU, já que a favor votaram 187 membros, contra dois (EUA e Israel). Houve ainda três abstenções (as Ilhas Marshall, Palau e Micronésia).
A votação foi um pouco mais favorável a Cuba do que no ano anterior, quando um texto equivalente recebeu 187 votos a favor, três contra e duas abstenções.
A Assembleia Geral da ONU pediu em uma resolução que todos os países se abstenham de aplicar leis dirigidas a reforçar e ampliar o bloqueio econômico, comercial e financeiro à ilha.
A reunião de hoje foi a 19ª ocasião consecutiva na qual o governo cubano apresentou na ONU um projeto de resolução para pedir o fim das sanções americanas.
Na apresentação de um relatório sobre os efeitos do embargo em Havana, no mês passado, o titular de Exteriores cubano, o chanceler Bruno Rodríguez, lamentou que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tenha ficado "muito abaixo das expectativas" criadas sobre uma possível mudança na política de seu país para com a ilha caribenha.
Rodríguez ressaltou que considera Obama um "político inteligente e honesto" que, devido a prováveis razões de política interna, mantém o bloqueio que "afasta os Estados Unidos de seus interesses nacionais e trai os melhores interesses do povo americano".
O chanceler destacou que seu país "trata o presidente Obama com todo respeito". No entanto, ele criticou que, após ter anunciado uma mudança de política para Cuba e prometido que ouviria seus aliados, a política de Obama se traduz em "um abismo entre seu discurso e seus atos em relação a Cuba".
Segundo o relatório do governo cubano, o embargo imposto em 1962 acarretou danos econômicos diretos ao povo cubano de US$ 100 bilhões a preços correntes, que equivalem a US$ 239 bilhões tomando como base a inflação de preços no varejo americano ou de US$ 751 bilhões ao se medir em termos da cotação do ouro no mercado internacional.
O documento também contesta a impossibilidade, por causa das sanções, de adquirir placas de iodo radioativo, temozolamida e contraste iodado não-iônico. Segundo o texto, isso faz com que os tratamentos contra câncer e outras doenças sejam muito mais custosos para o regime cubano e menos precisos, algumas vezes pondo em risco a saúde dos pacientes e particularmente das crianças.
Obama, durante sua campanha presidencial, havia declarado intenções de melhorar as relações entre EUA e Cuba, frente às várias medidas de embargo contra Havana impostas por Washington entre 1959, quando Fidel Castro assumiu o governo da ilha, e 1962, pior momento histórico da diplomacia bilateral.
A votação desta terça-feira ocorre um dia depois da decisão adotada pelos ministros de Exteriores da União Europeia (UE) de estabelecer contatos políticos com Cuba e começar a explorar vias para uma nova aproximação com a ilha.
A votação foi um pouco mais favorável a Cuba do que no ano anterior, quando um texto equivalente recebeu 187 votos a favor, três contra e duas abstenções.
A Assembleia Geral da ONU pediu em uma resolução que todos os países se abstenham de aplicar leis dirigidas a reforçar e ampliar o bloqueio econômico, comercial e financeiro à ilha.
A reunião de hoje foi a 19ª ocasião consecutiva na qual o governo cubano apresentou na ONU um projeto de resolução para pedir o fim das sanções americanas.
Na apresentação de um relatório sobre os efeitos do embargo em Havana, no mês passado, o titular de Exteriores cubano, o chanceler Bruno Rodríguez, lamentou que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tenha ficado "muito abaixo das expectativas" criadas sobre uma possível mudança na política de seu país para com a ilha caribenha.
Rodríguez ressaltou que considera Obama um "político inteligente e honesto" que, devido a prováveis razões de política interna, mantém o bloqueio que "afasta os Estados Unidos de seus interesses nacionais e trai os melhores interesses do povo americano".
O chanceler destacou que seu país "trata o presidente Obama com todo respeito". No entanto, ele criticou que, após ter anunciado uma mudança de política para Cuba e prometido que ouviria seus aliados, a política de Obama se traduz em "um abismo entre seu discurso e seus atos em relação a Cuba".
Segundo o relatório do governo cubano, o embargo imposto em 1962 acarretou danos econômicos diretos ao povo cubano de US$ 100 bilhões a preços correntes, que equivalem a US$ 239 bilhões tomando como base a inflação de preços no varejo americano ou de US$ 751 bilhões ao se medir em termos da cotação do ouro no mercado internacional.
O documento também contesta a impossibilidade, por causa das sanções, de adquirir placas de iodo radioativo, temozolamida e contraste iodado não-iônico. Segundo o texto, isso faz com que os tratamentos contra câncer e outras doenças sejam muito mais custosos para o regime cubano e menos precisos, algumas vezes pondo em risco a saúde dos pacientes e particularmente das crianças.
Obama, durante sua campanha presidencial, havia declarado intenções de melhorar as relações entre EUA e Cuba, frente às várias medidas de embargo contra Havana impostas por Washington entre 1959, quando Fidel Castro assumiu o governo da ilha, e 1962, pior momento histórico da diplomacia bilateral.
A votação desta terça-feira ocorre um dia depois da decisão adotada pelos ministros de Exteriores da União Europeia (UE) de estabelecer contatos políticos com Cuba e começar a explorar vias para uma nova aproximação com a ilha.
Com agências
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