segunda-feira, 18 de outubro de 2010

“Nessas eleições o amor pelo Brasil vai vencer o ódio”, afirmou Dilma em ato das centrais
“Se em 2002 a esperança derrotou o medo, em 2010 o amor pelo Brasil derrotará o ódio”, com essas palavras Dilma Rousseff, candidata à Presidência da República, comentou os ataques e os boatos criados pelo candidato José Serra e seus apoiadores, em um grande comício com a participação das centrais sindicais e entidades dos movimentos populares, na noite nesta sexta-feira (15), no bairro de São Miguel Paulista, zona leste da cidade.
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Durante o evento, que reuniu milhares de pessoas, os presidentes e representantes das centrais sindicais CTB, CUT, CGTB, Força Sindical, Nova Central e UGT passaram às mãos de Dilma, a Agenda da Classe Trabalhadora, documento aprovado na 2ª Conclat, com as reivindicações de trabalhadores e trabalhadoras brasileiros.
“Olhem a nossa volta... Temos aqui diversos representantes dos movimentos populares. E ao lado do Serra, quem está? Os empresários! Agora, ele diz que é do povo. Mas qual representante do povo está ao lado dele? Nenhum. Apenas a mídia, que alimenta suas mentiras”, enfatizou Wagner Gomes, presidente da CTB, ao fazer uso da palavra.
Para Gomes, o principal canal de disseminação das calúnias criadas pela oposição é a mídia golpista, que no objetivo de tirar um governo popular do poder faz campanha dia e noite para Serra. “É a mídia que está tentando transformá-lo num candidato popular, ela o construiu”.

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Estiveram presentes ao lado de Dilma, além do presidente Lula, os senadores Aloysio Mercadante e Eduardo Suplicy, a recém-eleita senadora Martha Suplicy, a deputada Luiza Erundina e o vereador Netinho de Paula, entre outros parlamentares.
Liberdade religiosa
Contrariando a onda de boatos de caráter religioso, no palco ao lado de Dilma, marcaram presença pastores evangélicos e padres, que abriram o comício com um louvor fazendo questão de prestar seu apoio à candidata e demonstrar que também estão ao seu lado.
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“Estamos aqui para provar que não fazemos acordo com a mentira. Fazemos pacto de fé. E não somos poucos, somos muitos”, revelou o padre Julio Lancelot, ao comentar que ali estavam também pastores de outros países como México e Bolívia.
Todos os presentes criticaram em suas falas a campanha adversária por estimular o ódio. Opinião reforçada por Dilma. “Não nos interessa a discussão sobre crenças, religiões, convicções pessoais, porque o Estado é laico”.
Em seu discurso Dilma frisou o que estará em jogo no próximo dia 31 de outubro. “Nesse dia decidiremos o futuro do país, de cada mulher, criança ou idoso. O futuro da população. Vamos ter que escolher entre dois caminhos. O primeiro é aquele que pôs comida da mesa dos mais pobres, deu à população carente a oportunidade de comprar um fogão, uma geladeira. Gerou mais de 14 milhões de empregos. O outro, é aquele que governa para poucos, para as elites. O governo privatista, que quer entregar o Pré-sal às mãos do capital internacional”, revelou a candidata que destacou os principais programas sociais criados nos anos do governo Lula, que propiciaram a melhora das condições de diversas famílias do campo e da cidade.
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“Quando criamos o luz para todos pensamos na mãe e seus filhos que moram em comunidades afastadas ou no campo. No pescador que precisa de um geladeira para conservar sua pesca. Quando criamos o Minha casa, minha vida pensamos em lares, nas famílias que precisam de um teto para se fortalecerem. É para esses que governamos, pois um governo só vale quando é capaz de zelar por todos e, em especial, pelos mais necessitados. E não para apenas um terço da população, mas sim para 190 milhões”.
Em sua fala, Dilma mais uma vez reforçou a força que uma mulher tem para conduzir um país. “Vou provar que uma mulher sabe governar. Quero honrar todas as mulheres!”, concluiu.

Muito mais em menos tempo
Último a falar e ovacionado pela população presente, o presidente Lula fez duras criticas à postura dos adversários. "É uma vergonha a campanha do nosso adversário em ataque à companheira Dilma Rousseff. É uma vergonha o preconceito contra mulher", afirmou o presidente.
Lula lembrou que não é de hoje que enfrentam a ferocidade da oposição. O presidente relembrou os ataques que sofreu, desde 1982, quando foi candidato em São Paulo. "Nós já conhecemos essa história, não é a primeira vez que nós somos atacados", disse.
"Até que, de tanto eles mentirem, o povo resolveu dizer 'chega'. E era contra o [José] Serra. Foi exatamente contra ele que o povo gritou 'chega de mentira'", afirmou o presidente acrescentando: "Eles estão fazendo numa campanha, mentindo e difamando, na perspectiva de que o povo ainda acredite e eles possam ganhar eleições", disse.
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Lula lembrou que nunca foi feito tanto, como nos últimos 8 anos para a população carente. “Nunca um governo criou tantas universidades federais, tanto emprego com carteira assinada. Nunca houve esse índice de aumento salarial em acordo com o movimento sindical. Antes eles falavam mal do bolsa-família. Agora dizem que vão dar até 13º do benefício”, afirmou indignado.
Para o presidente os opositores falam muito e fazem muito pouco. “Falar, eles falam. Mas não fazem. Para eles, os pobres que se lasquem!”, alertou ao afirmar: “Nós que lutamos para o Brasil subir ladeira acima, não vamos permitir que o país desça “serra” abaixo. O Brasil teve a coragem de dar uma oportunidade a um torneiro mecânico. Agora, elegerá a primeira mulher presidente deste país: Dilma Roussef para o Brasil continuar crescendo!”, concluiu que foi aclamado pelos milhares de homens, mulheres e crianças presentes.
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Cinthia Ribas - Portal CTB

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