Acidente em plataforma da Petrobras mata um e deixa dois feridos
Fatalidade O acidente ocorreu em Guamaré na segunda-feira passada, 26, durante o transbordo de uma embarcação para a plataforma
Postado em 27/12/2011 às 21:24 horas por Cristiano Xavier na sessão Política
Em nota oficial, a Petrobras confirmou a morte do técnico Aldo Dias que era funcionário efetivo da empresa e estava lotado na Gerência Setorial de Segurança do Ativo de Produção Mar.
A Petrobras informou que o trabalhador se acidentou ao cair no convés da plataforma PUB-03 durante o transbordo da embarcação para a plataforma. O acidente também vitimou o mecânico Wilson Vieira da Silva, empregado da empresa contratada Petroenge, e o supervisor Pedro Leopoldo da Silveira Neto, técnico de operação sênior da Petrobras. O mecânico Francisco Wilson conseguiu segurar em um corrimão e sofreu apenas escoriações leves. Já o técnico de operação Pedro Leopoldo fraturou o fêmur e o tornozelo. Os feridos foram atendidos na enfermaria da PUB-3 e depois transferidos para mais atendimentos na PUB-2. Após os primeiros procedimentos, os dois feridos desembarcaram para acompanhamento em Natal. Aldo Dias, que não resistiu aos ferimentos, morreu por volta das 20h40 ainda na plataforma. As vítimas foram socorridas pelas equipes médicas da Petrobras.
Uma comissão técnica da empresa já foi instituída para apurar as causas do acidente e deve se pronunciar nas próximas semanas. "A Polícia Civil e a Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) foram comunicadas oficialmente sobre a ocorrência", informou a Petrobras, garantindo que a empresa "está prestando toda a assistência à família do empregado e dos outros dois trabalhadores."
O Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Norte explicou que o acidente ocorreu depois que o guindaste de transbordo, após uma manobra brusca, teria se chocado com os alojamentos e balançado o cesto. O movimento teria desequilibrado alguns funcionários que estavam dentro do equipamento, que caíram de uma altura aproximada de seis metros.
Os sindicalistas ainda aproveitaram para criticar a empresa e denunciar que "casos de insegurança no trabalho" são comuns na Petrobras, no Rio Grande do Norte. "É difícil acreditar que uma empresa deste porte ainda tenha que usar tecnologias tão frágeis como esta que acidentou mais três trabalhadores. Também é complicado imaginar que faltem helicópteros e atendimento adequado para os trabalhadores acidentados", afirmou.
O corpo de Aldo foi encaminhado no Instituto Técnico-científico de Polícia, em Mossoró (RN), e depois será transladado para o município de Arêz, onde ocorrerá o sepultamento na manhã de hoje.
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