Médicos da cooperativa que atuam em escalas de plantão poderão estender greve a partir de 3 de janeiro
Erta Souza // ertasouza.rn@dabr.com.br
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Os 250 profissionais da Cooperativa dos Médicos do Rio Grande do Norte (Coopmed/RN) que atuam nas escalas de plantões do Hospital dos Pescadores, Pronto Socorro Infantil Sandra Celeste, Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), Samu Natal e maternidades das Quintas e Leide Morais podem paralisar suas atividades a partir de 3 de janeiro. Os médicos reclamam que o atraso no repasse da prefeitura à Coopmed está prestes a completar três meses.
| Com corredores lotados, Walfredo Gurgel sente reflexos da greve Foto: Maiara Felipe/DN/D.A Press |
O valor do débito do município com a cooperativa é de R$ 4,2 milhões e engloba ainda os procedimentos de alta e média complexidade que estão suspensos há 16 dias em oito hospitais da rede privada conveniados ao Sistema Único de Saúde (SUS). O presidente da Coopmed, Fernando Pinto, espera que os gestores tenham sensibilidade e façam o pagamento da dívida até o início de janeiro. "Se os médicos paralisarem o atendimento nesses locais será uma calamidade pública", ressalta.
O Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel já "sente" o reflexo da paralisação dos médicos na rede privada. Ontem à tarde cerca de 100 pacientes estavam espalhados pelos corredores devido à falta de leitos. Somente a fila para cirurgia ortopédica contém 150 pacientes. Desse total, 100 aguardam em suas residências e 50 estão no hospital. Outros 33 pacientes aguardam transferência para a UTI e dois continuam no centro cirúrgico mesmo depois de terminar o procedimento por falta de leitos nas enfermarias.
Nesses 16 dias de paralisação, Fernando Pinto acredita que deixaram de ser feitos aproximadamente 1.300 procedimentos já que a média mensal é de 2.500. A paralisação atinge pacientes que necessitam de cirurgias cardíacas, ortopédicas, neurocirurgia, hemodinâmica, além de todas as especialidades oncológicas.
A Coopmed contabiliza um débito de R$ 5,2 milhões, sendo 4,2 milhões da prefeitura referentes à complementação dos pagamentos dos meses de setembro, outubro e novembro. O débito do governo do estado é de aproximadamente R$ 1 milhão da complementação dos meses de agosto a novembro. Nos dois casos o mês de dezembro não foi contabilizado como atrasado. Fernando Pinto diz ainda que tanto a prefeitura quanto o governo do estado não renovaram os contratos para 2012.
A Coopmed contabiliza um débito de R$ 5,2 milhões, sendo 4,2 milhões da prefeitura referentes à complementação dos pagamentos dos meses de setembro, outubro e novembro. O débito do governo do estado é de aproximadamente R$ 1 milhão da complementação dos meses de agosto a novembro. Nos dois casos o mês de dezembro não foi contabilizado como atrasado. Fernando Pinto diz ainda que tanto a prefeitura quanto o governo do estado não renovaram os contratos para 2012.
De acordo com informações da assessoria de comunicação da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), a previsão é de que o pagamento referente aos meses em atraso do governo com a cooperativa seja feito amanhã. Contudo, sobre a renovação do contrato a assessoria não soube informar.
A reportagem do Diário de Natal tentou por diversas vezes falar com representantes da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), inclusive com a secretária Maria do Perpétuo Socorro Nogueira, mas ninguém retornou as ligações.
Diário de Natal
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