sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

AGÊNCI BRASIL

Taxa de desemprego sobe em janeiro, mas é a menor para o mês desde início da série histórica

Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – O nível de desemprego nas seis regiões metropolitanas pesquisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) subiu de 4,7% em dezembro para 5,5% em janeiro de 2012. Essa foi a menor taxa já registrada para o mês de janeiro desde o início da série histórica (março de 2002). Na comparação com janeiro do ano passado (6,1%), a taxa recuou 0,6 ponto percentual.
A Pesquisa Mensal de Emprego, que analisa as regiões metropolitanas de Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre, apontou que a população desocupada (1,3 milhão de pessoas) cresceu 15,9% no confronto com dezembro (mais 180 mil pessoas procurando trabalho). Ante janeiro do ano passado, recuou 7,7% (menos 110 mil).
A população ocupada (22,5 milhões) caiu 1% ante dezembro (menos 220 mil ocupados). No confronto com janeiro de 2011, houve aumento de 2% (mais 433 mil ocupados).
O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado (11,1 milhões) não registrou variação na comparação com dezembro. Na comparação anual, o aumento foi 6,3% - mais 664 mil postos de trabalho com carteira assinada.
O rendimento médio dos ocupados (R$ 1.672,20, o valor mais alto para o mês de janeiro desde março de 2002) apresentou alta de 0,7% na comparação mensal e de 2,7% ante janeiro do ano passado.
Edição: Lílian Beraldo // O título foi alterado


Pequena proporção de mulheres no Congresso Nacional brasileiro é motivo de preocupação para ONU

Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A baixa proporção de mulheres ocupando cadeiras no Congresso Nacional foi motivo de cobrança dos peritos que fazem parte do Comitê das Nações Unidas para Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher (Comitê Cedaw). Os questionamentos ocorreram durante a apresentação do relatório produzido por organizações da sociedade civil brasileiras, hoje (17), em Genebra.
Apesar de o Brasil ter mulheres em pontos-chave da administração federal, a começar pela presidenta da República, Dilma Rousseff, e das dez ministras que fazem parte de seu governo, a atual bancada feminina na Câmara Federal representa apenas 8,77% do total da Casa, com 45 deputadas. No Senado, há 12 senadoras, dentre os 81 lugares.
De acordo com a representante do Brasil nos organismos internacionais em Genebra, embaixadora Maria Nazaré Farani, que acompanhou a apresentação do relatório, é preciso reconhecer que, nesse tema, o Brasil não conseguiu avançar muito. “Temos uma mulher como presidenta da República, temos duas mulheres ocupando as vice-presidências do Senado e da Câmara, mas o número de deputadas e senadoras é muito baixo, apesar de as mulheres serem maioria da população.”  
"Pode-se avaliar que conseguimos um avanço em termos qualitativos, mas não em termos quantitativos, que também é importante para aumentar a representação política das mulheres”, considerou a embaixadora.
O relatório foi apresentado pela ministra da Secretaria de Políticas para Mulheres, Eleonora Menicucci, na manhã de hoje a 23 peritos (22 mulheres e um homem) que fazem parte do comitê. É o sétimo relatório apresentado pelo Brasil.
De acordo com a embaixadora, outro questionamento feito pelo comitê, refere-se à implementação efetiva das políticas voltadas para as mulheres. “Há um sentimento de que o Brasil conseguiu formar políticas públicas durante todo esse tempo de diálogo com organismos internacionais. A preocupação maior agora é de que essas políticas realmente funcionem. Que cheguem até as mulheres mais pobres e as que precisam de ajuda”, informou a embaixadora.
Um exemplo debatido na primeira parte da apresentação do relatório foi a efetiva implementação da Lei Maria da Penha, que depende de equipamentos públicos como casas-abrigo, delegacias equipadas, além de profissionais capacitados para lidar com a questão da mulher. O relatório apontou a recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que colocou no âmbito público a decisão de abrir processo em caso de violência doméstica e de gênero. “Essa foi uma decisão histórica que fará com que a Lei Maria da Penha seja realmente colocada em prática”, comentou a embaixadora.
Edição: Lílian Beraldo

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