Saúde é prioridade para os eleitores
O
principal problema e a maior prioridade para o próximo prefeito na
visão dos eleitores de seis capitais brasileiras é o sistema de saúde da
cidade, mostra pesquisa do Instituto Datafolha realizada entre 19 e 20
de julho.
O problema é, de longe, o mais citado em Belo Horizonte, Curitiba,
Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro e São Paulo nesta campanha. Só
rivaliza com outro tema em Curitiba, onde o prefeito Luciano Ducci
(PSB), candidato à reeleição, tem a segurança como maior problema para
31% da população - próximos dos 37% que citaram saúde.
Entre as seis cidades pesquisadas, aquela em que os entrevistados dão
maior prioridade à melhoria na rede de hospitais e postos de
atendimento é o Rio, do prefeito e também candidato à reeleição Eduardo
Paes (PMDB). Favorito na disputa, o pemedebista, que já chamou o
ministro da Saúde, Alexandre Padilha (PT), de "incompetente" devido ao
resultado de uma avaliação da Pasta sobre a eficiência do Sistema Único
de Saúde (SUS) que deu ao Rio a menor nota entre as capitais, vê 54% dos
eleitores colocarem a área como prioridade.
Como é a primeira vez que o Datafolha faz o levantamento das
prioridades e problemas na visão dos eleitores de seis capitais, não é
possível comparar com anos anteriores. O percentual de moradores
preocupados com a Saúde, porém, aumentou nas duas cidades que mediram
este índice: São Paulo e Recife.
Em novembro de 2007, 45% dos recifenses diziam que a falta de
segurança e criminalidade eram os principais problema da cidade, que era
a terceira capital mais violenta do país. Saúde, na época, era apenas o
terceiro item mais lembrado, com 6% das respostas, atrás de saneamento
básico, que tinha 11%.
A cinco meses do fim da gestão do prefeito João da Costa (PT), o
índice mudou. Agora, os moradores da capital pernambucana acreditam que a
saúde é o maior problema, lembrado por 19% dos recifenses. A violência
ficou com 11% das citações, em quarto lugar, atrás de calçamento (16%) e
saneamento básico (14%).
Situação semelhante ocorreu com os paulistas. Em agosto de 2007, a
preocupação com saúde rivalizava com a falta de segurança - cada uma era
citado por 16% dos eleitores como maior problema. Desde então, a cidade
registrou um aumento no número de moradores preocupados com a rede de
hospitais e postos de saúde, que chegou a 29% na pesquisa do fim de
semana. A violência manteve-se estável como o principal problema para
14% dos paulistanos.
O resultado pode mostrar uma insatisfação não apenas com a rede
pública, mas também com os hospitais privados. Na capital paulista, o
número de conveniados a planos de saúde cresceu 13% desde 2009, enquanto
a rede de atendimento privado diminuiu no período com o fechamento de
oito hospitais. Na avaliação dos eleitores, seria prioridade para o novo
prefeito, então, dar incentivos ou estímulos à instalação de novas
unidades.
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