Alexandre Lago
Sindicatos dizem que saúde pública está sendo privatizada
"Essa é a realidade da saúde pública em Natal e no RN, um verdadeiro caos", disse Geraldo Ferreira, presidente do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed), em entrevista coletiva hoje pela manhã. Segundo o Sindicato, nossa saúde está na UTI, literalmente. “Como agravante, os governantes ainda querem colocar os doentes mentais sob a responsabilidade dos postos de saúde que, além de não terem serviços especializados, muitos sequer têm esparadrapo ou papel higiênico”, acrescentou.
A entrevista de hoje foi para as entidades sindicais se posicionarem contra o que chamam de aprofundamento da privatização dos serviços públicos de saúde, que tem feito o município de Natal e o Governo do Estado. O Sinmed cogita tomar, inclusive, medidas jurídicas para frear o processo de terceirização dos serviços do SUS.
Para os sindicatos que possuem como base os servidores da saúde pública do Rio Grande do Norte (Sindsaúde, Sinmed e Soern), a situação chegou a um ponto insustentável.
Os médicos e servidores da Saúde apresentaram os problemas enfrentados e apontaram possíveis soluções, além de divulgar as ações judiciais cabíveis que serão impetradas por eles.
O caos na saúde pública não é novidade, mas vem se acentuando muito nos últimos meses. Atrasos nos pagamentos, falta de material e leitos foram apontados como os mais urgentes. Estiveram presentes também representantes de Caicó e de Mossoró que apresentaram relatórios feitos sobre os problemas em suas regiões.
As unidades de saúde enfrentam diversos tipos de problemas, que vão desde ordens de despejo por não pagamento, falta de material, mofo e infiltração no teto até a presença de ratos e baratas nos locais. Vários profissionais de diferentes unidades de saúde relataram problemas semelhantes. O caso é tão grave e desmotivante que alguns profissionais chegam a ficar doentes diante da precariedade das condições de trabalho, alguns chegam a sofrer de depressão.
Um representante de Mossoró relatou que, na sua unidade, os profissionais querem trabalhar, mas diante de tantos problemas isso é impossível. "Faltam aparelhos, médicos, medicamentos e condições de trabalho. A demanda é muito alta, há dias que apenas um médico é responsável por fazer dez partos.
Segundo ele, há profissionais responsáveis e competentes, que querem trabalhar, mas não podem fazer nada porque não têm as condições necessárias. "Nosso sistema de saúde está totalmente desorganizado. As pessoas estão morrendo a mingua devido à falta de condições mínimas de atendimento", completou.
Os sindicatos são totalmente contra a municipalização dos hospitais regionais. Para eles, o município não consegue tomar conta dos seus órgãos, tampouco vai conseguir gerir um de porte maior. "Tem que haver investimento, primeiramente, no interior, senão essa demanda não vai ter fim", disse Soraia Godeiro, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Natal (Sinsenat).
Geraldo Ferreira diz que os sindicatos estudam realizar uma ação conjunta contra um processo de privatização "que está sendo exagerado, com a substituição de um modelo que tem responsabilidade com a sociedade". Para ele, o que está se acentuando hoje é um modelo, que atende quem paga e "quem não paga, vira-se as costas".
Soraia Godeiro, disse que o discurso de terceirização do secretário estadual de Saúde, Domício Arruda, "é antigo", quando afirma que a contratação de empresas e cooperativas para prestar serviços de saúde "é transitória". Para ela, quem defende privatização do SUS sempre se sai com esse discurso, "que isso é passageiro e não toma medidas concretas para resolver a prestação de um serviço de qualidade", com a realização de concursos públicos, plano de carreira, gestão de recursos humanos.
A entrevista de hoje foi para as entidades sindicais se posicionarem contra o que chamam de aprofundamento da privatização dos serviços públicos de saúde, que tem feito o município de Natal e o Governo do Estado. O Sinmed cogita tomar, inclusive, medidas jurídicas para frear o processo de terceirização dos serviços do SUS.
Para os sindicatos que possuem como base os servidores da saúde pública do Rio Grande do Norte (Sindsaúde, Sinmed e Soern), a situação chegou a um ponto insustentável.
Os médicos e servidores da Saúde apresentaram os problemas enfrentados e apontaram possíveis soluções, além de divulgar as ações judiciais cabíveis que serão impetradas por eles.
O caos na saúde pública não é novidade, mas vem se acentuando muito nos últimos meses. Atrasos nos pagamentos, falta de material e leitos foram apontados como os mais urgentes. Estiveram presentes também representantes de Caicó e de Mossoró que apresentaram relatórios feitos sobre os problemas em suas regiões.
As unidades de saúde enfrentam diversos tipos de problemas, que vão desde ordens de despejo por não pagamento, falta de material, mofo e infiltração no teto até a presença de ratos e baratas nos locais. Vários profissionais de diferentes unidades de saúde relataram problemas semelhantes. O caso é tão grave e desmotivante que alguns profissionais chegam a ficar doentes diante da precariedade das condições de trabalho, alguns chegam a sofrer de depressão.
Um representante de Mossoró relatou que, na sua unidade, os profissionais querem trabalhar, mas diante de tantos problemas isso é impossível. "Faltam aparelhos, médicos, medicamentos e condições de trabalho. A demanda é muito alta, há dias que apenas um médico é responsável por fazer dez partos.
Segundo ele, há profissionais responsáveis e competentes, que querem trabalhar, mas não podem fazer nada porque não têm as condições necessárias. "Nosso sistema de saúde está totalmente desorganizado. As pessoas estão morrendo a mingua devido à falta de condições mínimas de atendimento", completou.
Os sindicatos são totalmente contra a municipalização dos hospitais regionais. Para eles, o município não consegue tomar conta dos seus órgãos, tampouco vai conseguir gerir um de porte maior. "Tem que haver investimento, primeiramente, no interior, senão essa demanda não vai ter fim", disse Soraia Godeiro, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Natal (Sinsenat).
Geraldo Ferreira diz que os sindicatos estudam realizar uma ação conjunta contra um processo de privatização "que está sendo exagerado, com a substituição de um modelo que tem responsabilidade com a sociedade". Para ele, o que está se acentuando hoje é um modelo, que atende quem paga e "quem não paga, vira-se as costas".
Soraia Godeiro, disse que o discurso de terceirização do secretário estadual de Saúde, Domício Arruda, "é antigo", quando afirma que a contratação de empresas e cooperativas para prestar serviços de saúde "é transitória". Para ela, quem defende privatização do SUS sempre se sai com esse discurso, "que isso é passageiro e não toma medidas concretas para resolver a prestação de um serviço de qualidade", com a realização de concursos públicos, plano de carreira, gestão de recursos humanos.
Correio da Tarde
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