segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Insatisfeita, população de Natal sai às ruas para protestar
Júlio Pimenta
Manifestações em Natal As manifestações ocorreram em diversos pontos da cidade

Manifestações foram protagonizadas por diferentes segmentos sociais em diversos pontos da capital potiguar.

Na última quinta-feira, 24 de fevereiro, a capital potiguar parou. O motivo? Várias manifestações públicas, promovidas por diferentes segmentos sociais, em diversos pontos da cidade. O alvo dos protestos? A cada vez mais desgastada gestão da prefeita Micarla de Souza (PV).

As manifestações começaram cedo. Por volta das 8 horas, 70 vans tomaram uma faixa da Ponte de Igapó, sentido bairro-centro. Foi o suficiente para que o congestionamento se estendesse por quilômetros, tanto na direção dos bairros da zona norte, quanto para quem chegava a Natal, utilizando a BR 406. Depois da Ponte, as vans seguiram em comboio, em direção ao centro da cidade, promovendo buzinaços para atrair a atenção da população. Os permissionários de vans protestavam contra a forma com que a Prefeitura pretende implantar a unificação da bilhetagem eletrônica no município.


Segundo eles, ao afirmar que o sistema está sendo unificado, a prefeita engana a população. O modelo prejudicará os alternativos, beneficiando o Sindicato da Empresas de Transporte Urbano de Natal (Seturn), que passaria a administrar os recursos recebidos com a venda das passagens. Ainda segundo os permissionários, a entidade representativa do segmento – o Sindicato dos Permissionários de Transporte Opcional do Rio Grande do Norte (Sitoparn) tentou se reunir com a prefeitura para discutir o modelo de unificação, mas apenas uma das cooperativas foi ouvida.


Estudantes e servidores – Enquanto o protesto dos permissionários de vans avançava pelas ruas da cidade, estudantes e servidores municipais já se encontravam em frente à sede da Prefeitura. O recente aumento no preço da passagem de ônibus, que passou a custar R$2,20 e a demissão de servidores da Ativa eram as principais reivindicações desse grupo, que logo teve a adesão de professores em greve e de trabalhadores da saúde. Às 11 horas, quando as vans chegaram à frente do Palácio Felipe Camarão, os protestos se avolumaram, e os manifestantes se dirigiram até o cruzamento de duas das principais artérias do centro da cidade (esquina da Ulisses Caldas com Rio Branco), interrompendo o trânsito por mais de uma hora.

 
De Natal, Christian Vasconcelos

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