Polícia Federal indicia funcionários do Colégio Christus por vazamento de questões do Enem
Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Polícia Federal (PF) indiciou um professor e um funcionário do Colégio Christus, de Fortaleza pelo vazamento das questões do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2011. Por meio de uma apostila distribuída pela escola, os alunos tiveram acesso antecipado a 14 questões que foram cobradas na prova de outubro. O inquérito concluído pela PF na última sexta-feira (13) confirmou que os itens vazaram da fase de pré-teste da qual a escola cearense participou, em 2010.
Um funcionário da escola foi contratado pela Cesgranrio, consórcio responsável pelo Enem, para trabalhar na aplicação do pré-teste. Ele teve acesso aos cadernos de prova e teria sido o responsável por copiar as questões. A Polícia Federal não divulgou se ele roubou o caderno ou apenas copiou parte do material. Já o professor foi o responsável por distribuir aos alunos a apostila que continha os itens aplicados no pré-teste. Os dois foram indiciados pelo crime de estelionato e o inquérito está agora com o Ministério Público Federal no Ceará (MPF-CE).
A prova do Enem é composta por questões que integram um banco de itens do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep). Antes de entrar para esse banco, cada questão passa por um pré-teste, que avalia se o item é válido e qual é o grau de dificuldade. Os alunos que participam do pré-teste são escolhidos aleatoriamente e, após responder ao caderno de questões, devolvem o material a que deve ser incinerado.
Segundo o Ministério da Educação (MEC), 91 alunos do Christus participaram do pré-teste em 2010 e as questões foram copiadas de dois dos 32 cadernos de prova aplicados na escola.
Mais de mil alunos do colégio e do cursinho pré-vestibular mantido pela instituição tiveram as catorze questões do Enem anuladas.
Edição: Rivadavia Severo
Estudo do Ipea mostra melhoria na situação das famílias brasileiras
Jorge Wamburg
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O índice de vulnerabilidade dos domicílios brasileiros em 2009 registrou melhoria de pouco mais de 14% em relação à média de 2003. Houve avanços significativos em várias dimensões, segundo o estudo sobre a Vulnerabilidade das Famílias Brasileiras, divulgado hoje (17), pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), especialmente naquelas referentes à dinâmica econômica, tais como acesso ao trabalho – queda de 20,3% – e escassez de recursos – queda de 24,2%.
O desenvolvimento infantojuvenil foi a dimensão com melhor avanço proporcional, queda de mais de 25%. Ainda segundo o Ipea, o acesso ao conhecimento, em média, é a dimensão na qual houve menos avanços, especialmente devido à baixa redução no indicador de qualificação profissional.
No período, apresentaram elevação os indicadores associados à presença de idoso nas famílias e à ausência de cônjuge. “A população envelhece e a proporção de famílias chefiadas por apenas um adulto aumenta”, informa o estudo. Outro dado da pesquisa é que há aumento do número de membros da família em idade ativa e redução da presença de crianças e bebês no conjunto dos domicílios.
O índice de vulnerabilidade das famílias é feito com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Pnad/IBGE) e analisa seis quesitos: vulnerabilidade, acesso ao conhecimento, acesso ao trabalho, escassez de recursos, desenvolvimento infantojuvenil e condições habitacionais. O objetivo é identificar geograficamente dimensões variadas que afetam as famílias brasileiras, em seus domicílios, sem a consideração da ação do Poder Público na reação dessas famílias às dificuldades, bem como suas possibilidades de acesso à melhor qualidade de vida.
Edição: Lílian Beraldo e Talita Cavalcante
IPC-S sobe em seis das sete capitais pesquisadas pela FGV
Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) aumentou em seis das sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV) na segunda semana de janeiro. O resultado divulgado hoje (17) aponta que apenas Brasília apresentou queda em sua variação, ao passar de 0,4% para 0,32% entre a primeira e a segunda semana do ano.
De acordo com a pesquisa, as classes de despesa que mais contribuíram para esse resultado na capital do país foram transportes, que passou de 0,44% para 0,03%, e alimentação, de 0,86% para 0,61%.
Ainda segundo a FGV, a capital em que a inflação sofreu maior aumento nesse período foi Belo Horizonte, que registrou variação de 1,06%, na apuração realizada na segunda semana de janeiro, 0,12 ponto percentual acima do divulgado na apuração anterior (0,94%). Quatro das sete classes de despesa componentes do índice apresentaram aumento de preços, com destaque para vestuário e alimentação, cujas taxas passaram de -0,19% para 0,63%, e de 1,96% para 2,33%, respectivamente.
Porto Alegre foi a segunda capital com maior variação do índice na segunda semana de janeiro (de 0,04% para 0,13%), seguido de Salvador (1,10% para 1,15%). As taxas do Rio de Janeiro e de São Paulo subiram 0,03 ponto percentual entre as duas semanas e variaram de 1,38% para 1,41% e de 0,75% para 0,78%, respectivamente. Em Recife, o resultado ficou 0,01 ponto percentual superior ao da semana anterior (0,94%).
O IPC-S de 15 de janeiro de 2012 variou 0,97% - 0,04 ponto percentual acima da taxa divulgada na última apuração.
Edição: Lílian Beraldo
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