Conselho Eleitoral proclama vitória de Nicolás Maduro
Publicação: 16 de Abril de 2013 às 00:00
Caracas (AE) - O Conselho Eleitoral da Venezuela (CNE, na sigla
espanhol) reconheceu no final da tarde de ontem Nicolás Maduro como
vencedor das eleições de domingo, com 7.559.349 votos. “Exigimos
respeito a todas as pessoas que agrediram nossos funcionários. Somos
pessoas, venezuelanas e venezuelanos, igual a todos e todas, em
consequência também temos direito ao respeito”, disse a presidente do
CNE, Tibisay Lucena, citada pela rede venezuelana de televisão Telesur.
Mais cedo, o candidato conservador derrotado nas eleições presidenciais,
Henrique Capriles, denunciou que oficiais do exército foram presos
supostamente por tentarem defender um resultado eleitoral que o
favoreceria.
juan barreto/afp/ae
Chavista Nicolás Maduro exibe diploma de eleito emitido pelo Conselho Eleitoral da Venezuela
Numa
entrevista coletiva concedida ontem, Capriles não forneceu detalhes nem
apresentou provas que sustentassem a acusação, mas exigiu uma
recontagem total dos votos. Maduro manifestou apoio a uma auditoria das
urnas eletrônicas para conferência dos resultados.
Ontem, o governo dos Estados Unidos defendeu uma recontagem dos votos como pede Capriles. Na avaliação da Casa Branca, uma recontagem é “importante, prudente e necessária”. Já o governo brasileiro parabenizou Maduro por sua vitória nas eleições de ontem e considerou o processo eleitoral no país vizinho uma vitória da democracia. A posição de Brasília foi manifestada pelo chanceler Antonio Patriota, que enfatizou que o Brasil considera legítimo o resultado da acirrada disputa entre Maduro e o candidato de oposição Capriles “Parabenizo o presidente Nicolás Maduro”, declarou o ministro brasileiro das Relações Exteriores. “A eleição foi uma vitória para a democracia em nossa região.”
Patriota informou ainda que o Mercosul provavelmente divulgaria , ainda ontem, uma nota na qual reconheceria o resultado do pleito nos mesmos termos da mensagem de uma comissão observadora da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).
Manifestações
Apesar de o dia ter amanhecido tranquilo na Venezuela, manifestações surgiram no período da tarde. Tropas da Guarda Nacional atiraram bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar estudantes protestando contra os resultados oficiais da disputa eleitoral.
Estudantes arremessaram de volta pedaços de concreto e pedras contra as tropas, numa estrada da capital Caracas. Os manifestantes tentavam alcançar a zona oeste da capital, onde está localizada a maior parte do governo e local em que Maduro foi declarado vencedor das eleições de ontem.
Um importante representante chavista expressou desalento com o resultado da eleição de domingo. O presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, que muitos consideram o principal rival de Maduro dentro do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), escreveu no Twitter que “os resultados nos obrigam a fazer uma profunda autocrítica”.
A vitória de Maduro ocorreu após uma campanha na qual o vencedor prometeu levar adiante o legado de Chávez, enquanto a principal mensagem de Capriles foi a de que o ex-presidente colocou o país, que tem uma das maiores reservas mundiais de petróleo, no caminho da ruína.
Apesar dos ânimos alterados, Maduro e Capriles pediram a seus partidários que voltassem para casa e evitassem atos violentos. Capriles insistiu numa recontagem e Maduro afirmou estar aberto a isso, embora ainda não esteja claro se as autoridades eleitorais vão permitir que os votos sejam recontados.
Ontem, o governo dos Estados Unidos defendeu uma recontagem dos votos como pede Capriles. Na avaliação da Casa Branca, uma recontagem é “importante, prudente e necessária”. Já o governo brasileiro parabenizou Maduro por sua vitória nas eleições de ontem e considerou o processo eleitoral no país vizinho uma vitória da democracia. A posição de Brasília foi manifestada pelo chanceler Antonio Patriota, que enfatizou que o Brasil considera legítimo o resultado da acirrada disputa entre Maduro e o candidato de oposição Capriles “Parabenizo o presidente Nicolás Maduro”, declarou o ministro brasileiro das Relações Exteriores. “A eleição foi uma vitória para a democracia em nossa região.”
Patriota informou ainda que o Mercosul provavelmente divulgaria , ainda ontem, uma nota na qual reconheceria o resultado do pleito nos mesmos termos da mensagem de uma comissão observadora da União de Nações Sul-Americanas (Unasul).
Manifestações
Apesar de o dia ter amanhecido tranquilo na Venezuela, manifestações surgiram no período da tarde. Tropas da Guarda Nacional atiraram bombas de gás lacrimogêneo e balas de borracha para dispersar estudantes protestando contra os resultados oficiais da disputa eleitoral.
Estudantes arremessaram de volta pedaços de concreto e pedras contra as tropas, numa estrada da capital Caracas. Os manifestantes tentavam alcançar a zona oeste da capital, onde está localizada a maior parte do governo e local em que Maduro foi declarado vencedor das eleições de ontem.
Um importante representante chavista expressou desalento com o resultado da eleição de domingo. O presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, que muitos consideram o principal rival de Maduro dentro do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), escreveu no Twitter que “os resultados nos obrigam a fazer uma profunda autocrítica”.
A vitória de Maduro ocorreu após uma campanha na qual o vencedor prometeu levar adiante o legado de Chávez, enquanto a principal mensagem de Capriles foi a de que o ex-presidente colocou o país, que tem uma das maiores reservas mundiais de petróleo, no caminho da ruína.
Apesar dos ânimos alterados, Maduro e Capriles pediram a seus partidários que voltassem para casa e evitassem atos violentos. Capriles insistiu numa recontagem e Maduro afirmou estar aberto a isso, embora ainda não esteja claro se as autoridades eleitorais vão permitir que os votos sejam recontados.
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