Augusto Maranhão também diz que Micarla sabia de reajuste tarifário
A participação da gestora nas negociações foi confirmada nesta terça-feira (9), pelo ex-secretário da Semob, Renato Fernandes.
O diretor de comunicação do Seturn (Sindicato das Empresas de Transporte Urbano do RN), Augusto Maranhão, também afirmou que a prefeita de Natal, Micarla de Sousa, sabia do reajuste das tarifas de ônibus. A participação da gestora nas negociações, que vêm desde junho, foi anunciada hoje (9) mais cedo pelo ex-secretário Renato Fernandes, da Semob (Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana), durante entrevista ao jornalista Diógenes Dantas para o Jornal 96, da 96FM.
Fernandes foi exonerado ontem (8), depois de ter sido responsabilizado pelo suposto aumento das passagens. Em declaração à imprensa, Micarla disse desconhecer as proposições de alteração nos preços do transporte público e afirmou que “isto não seria feito sem melhorias no setor”. Augusto Maranhão rebate com a assertiva de que o reajuste estava previamente estabelecido em Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) de 2007 – acordado entre a Prefeitura, o Seturn e o Ministério Público.
Segundo a tabela tarifária, em junho deste ano o valor da passagem em Natal deveria ter subido para valor entre R$ 2,25 e R$ 2,35. “Já tínhamos uma data prevista para o reajuste, ainda em junho. Por motivos eleitoreiros, ele não foi implantado”, reclama o diretor de comunicação do Seturn. De acordo com ele, a prefeita tinha total conhecimento de que “a planilha seria encaminhada a qualquer momento para aprovação do Executivo”.
Maranhão fala que novos investimentos foram providenciados pelo Seturn tendo em vista já o reajuste, conforme estipulado pelo TAC. Conforme anunciou, foram adquiridos 250 novos carros, que já foram implementados na frota potiguar. As empresas teriam comprado também o que chamou de “dez aprendizes de BRT (do inglês, bus rapid transit)”, ônibus maiores e mais velozes, que seriam colocados em circulação a partir da próxima semana.
Fernandes foi exonerado ontem (8), depois de ter sido responsabilizado pelo suposto aumento das passagens. Em declaração à imprensa, Micarla disse desconhecer as proposições de alteração nos preços do transporte público e afirmou que “isto não seria feito sem melhorias no setor”. Augusto Maranhão rebate com a assertiva de que o reajuste estava previamente estabelecido em Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) de 2007 – acordado entre a Prefeitura, o Seturn e o Ministério Público.
Segundo a tabela tarifária, em junho deste ano o valor da passagem em Natal deveria ter subido para valor entre R$ 2,25 e R$ 2,35. “Já tínhamos uma data prevista para o reajuste, ainda em junho. Por motivos eleitoreiros, ele não foi implantado”, reclama o diretor de comunicação do Seturn. De acordo com ele, a prefeita tinha total conhecimento de que “a planilha seria encaminhada a qualquer momento para aprovação do Executivo”.
Maranhão fala que novos investimentos foram providenciados pelo Seturn tendo em vista já o reajuste, conforme estipulado pelo TAC. Conforme anunciou, foram adquiridos 250 novos carros, que já foram implementados na frota potiguar. As empresas teriam comprado também o que chamou de “dez aprendizes de BRT (do inglês, bus rapid transit)”, ônibus maiores e mais velozes, que seriam colocados em circulação a partir da próxima semana.
Foto:Vlademir Alexandre
“Fizemos um investimento esperando uma contrapartida do governo que não veio”, critica. O diretor de comunicação do Seturn reclama ainda do fato de os programas sociais da administração municipal serem todos pagos do bolso do usuário. Diferentemente do que ocorre, por exemplo, nos restaurantes populares (a população paga apenas R$ 1 pela refeição, mas o governo arca com despesas de cerca de R$ 4 por prato vendido), cabe ao próprio usuário as despesas do Passe Livre e do programa de porta em porta do Prae (para pessoas com problemas de locomoção).
“Do jeito que as coisas estão, vai chegar um ponto em que as passagens vão custar R$10. Isso está errado. Somente o Passe Livre proporciona, mensalmente, que 1,5 milhão de pessoas realizem duas viagens pelo preço de uma. A Prefeitura é quem deveria pagar por isso”, argumenta.
Vale salientar que, proporcionalmente ao tamanho da cidade, Natal tem uma das passagens mais caras do país. Em Brasília, por exemplo, com uma população de 2.606.885 habitantes, o preço da passagem é de R$ 2. Recife, uma das maiores capitais do Nordeste e detentora de população de 1.561.659 habitantes, a tarifa é de R$ 1,85. No Rio de Janeiro, com uma população de 6.186.710 habitantes, o ticket custa R$ 2,35.
Foto: Arquivo Nominuto“Do jeito que as coisas estão, vai chegar um ponto em que as passagens vão custar R$10. Isso está errado. Somente o Passe Livre proporciona, mensalmente, que 1,5 milhão de pessoas realizem duas viagens pelo preço de uma. A Prefeitura é quem deveria pagar por isso”, argumenta.
Vale salientar que, proporcionalmente ao tamanho da cidade, Natal tem uma das passagens mais caras do país. Em Brasília, por exemplo, com uma população de 2.606.885 habitantes, o preço da passagem é de R$ 2. Recife, uma das maiores capitais do Nordeste e detentora de população de 1.561.659 habitantes, a tarifa é de R$ 1,85. No Rio de Janeiro, com uma população de 6.186.710 habitantes, o ticket custa R$ 2,35.
Natal, por sua vez, com mínimos 806.203 habitantes, possui uma passagem de ônibus no valor de R$ 2. Com o aumento previsto, então, este valor subiria para R$ 2,30.
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