domingo, 7 de agosto de 2011

ECONOMIA

S&P rebaixa rating dos EUA para AA+, com perspectiva negativa

Thais Folego | Valor, com agências internacionais


SÃO PAULO - Pela primeira vez em 70 anos, a agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) rebaixou a nota de crédito soberano de longo prazo dos Estados Unidos. A nota foi rebaixada de "AAA" para "AA+", com perspectiva negativa. O rating de curto prazo foi mantido em "A-1".
"O rebaixamento reflete nossa opinião de que o plano de consolidação orçamentário que o Congresso e a administração aprovaram recentemente em fica aquém do que, a nosso ver, seria necessário para estabilizar a dinâmica da dívida do governo a médio prazo", diz o comunicado da agência.
Segundo a S&P, a eficácia, estabilidade e previsibilidade das políticas americanas e das instituições políticas se enfraqueceram em um momento de desafios fiscal e econômico em curso a um grau não imaginado quando a S&P atribuiu uma perspectiva negativa para o rating  do país no dia 18 de abril deste ano.
Segundo o "The Wall Street Journal", no início da tarde de sexta-feira, a agência já tinha notificado o governo americano de que estava planejando rebaixar o rating de crédito e apresentou seu relatório à Casa Branca. Porém, após duas horas de análise, funcionários do Tesouro descobriram que os analistas da S&P erraram nos cálculos das projeções de déficit futuro em quase US$ 2 trilhões.
Os analistas da S&P reconheceram o erro, mas disseram que isso não afetaria sua avaliação de rating.
(Thais Folego | Valor, com agências internacionais

Risco Brasil fecha com queda, aos 179 pontos

Valor
05/08/2011 21:34

SÃO PAULO - Considerado um dos principais termômetros da confiança dos investidores, o índice EMBI+ do Brasil, calculado pelo Banco JP Morgan Chase, encerrou a sexta-feira com queda de 3,76%, aos 179 pontos. Na quinta-feira, o indicador marcou 186 pontos.
Na semana, porém, o índice acumula alta de 14%.

Sobre o EMBI+ Brasil
O Emerging Markets Bond Index - Brasil é um índice que reflete o comportamento dos títulos da dívida externa brasileira. Corresponde à média ponderada dos prêmios pagos por esses títulos em relação a papéis de prazo equivalente do Tesouro dos Estados Unidos, tido como o país mais solvente do mundo, de risco praticamente nulo.

O indicador mensura o excedente que se paga em relação à rentabilidade garantida pelos bônus do governo norte-americano. Significa dizer que, a cada 100 pontos expressos pelo risco Brasil, os títulos do país pagam uma sobretaxa de 1% sobre os papéis dos EUA.

Basicamente, o mercado usa o EMBI+ para medir a capacidade de um país honrar os seus compromissos financeiros. A interpretação dos investidores é de que quanto maior a pontuação do indicador de risco, mais perigoso fica aplicar no país.

Assim, para atrair capital estrangeiro, o governo tido como " arriscado" deve oferecer altas taxas de juros para convencer os investidores externos a financiar sua dívida - ao que se chama prêmio pelo risco.

(Valor)

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