Apenas um funcionário da DRT atende seguro-desemprego
Absurdo. É assim que centenas de trabalhadores de Mossoró e região vem "rotulando" o atendimento de forma precária que vem sendo realizado na sede do ministério do trabalho e emprego na cidade de Mossoró.
É que para dar entrada no seguro-desemprego, os segurados tem que se deslocar até a sede do ministério do trabalho ou no Sine na central do cidadão, e fazer um agendamento, para poder ser atendido após 30 dias.
Nossa equipe de reportagem esteve presente tanto na central do cidadão, quanto na sede do ministério do trabalho, e confirmou o problema e a reclamação dos segurados.
" Isso é um verdadeiro absurdo, porque eu moro na Maisa e vim hoje para Mossoró dar entrada no meu seguro-desemprego, pagando passagem de carro, esperei ser atendido e pegaram apenas meu nome e marcaram meu atendimento para o dia 13 de maio, isso é uma vergonha, porque vou passar mais de 60 dias sem receber dinheiro", disse indignado o operador de máquinas Mascário Gurgel Andrade.
A mesma reclamação tem a comerciária Alaby Cristina de Medeiros, que mora no bairro Santo Antônio, e preferiu se deslocar até a central do cidadão, achando que conseguiria dar entrada no seguro, já que o atendimento na central é até as 19h e na sede do ministério é somente até o meio-dia. " Se eu soubesse que vinha só para marcar e não para resolver o problema eu tinha ido para a sede do ministério lá no centro mesmo. Isso aqui é uma vergonha, é uma falta de respeito com todos nós , quem é que vai pagar minhas contas durante esses 60 dias, já que só vou dar entrada daqui a trinta dias, e só vou receber depois de mais 30 dias? Quem é que vai pagar? Ninguém!", reclamou Alaby Cristina.
Em contato com a equipe de reportagem do CORREIO DA TARDE, o gerente regional do ministério do trabalho e emprego em Mossoró, Francisco Ronaldo de Oliveira, disse que realmente a população tem razão em reclamar, mas infelizmente nada pode fazer para resolver a situação, visto que a sede do órgão conta com apenas um funcionário para fazer o protocolo do seguro-desemprego.
Ainda segundo ele, a idéia do agendamento não foi somente por causa da falta de servidores. " Na verdade são dois problemas cruciais que fez com que a gente optasse pela questão do agendamento, onde o primeiro, que eu considero mais grave é a questão da deficiência de servidores no ministério do trabalho, que inclusive é um problema a nível nacional e que só se resolve com concurso público; e o segundo é que em virtude disso, pela deficiência de trabalhadores que nós temos, onde antigamente o atendimento era distribuindo fichas, mas tivemos problemas com moradores de rua que chegavam no ministério do trabalho para pegar fila e vendiam as fichas a preço de 40 ou 50 reais para pessoas que realmente necessitavam de dar entrada no seguro-desemprego", explicou Ronaldo Oliveira.
Segundo o gerente regional do ministério do trabalho, a questão dos moradores de rua era uma situação complicada porque fugia da alçada da administração. "Até porque nós temos vários moradores de rua que residem aqui ao nosso lado, na praça do museu, e tinham a facilidade para entrarem cedo na fila e conseguiam a ficha, e então nós detectamos esse problema, porque diante das dificuldades em se pegar uma ficha, quem realmente necessitava do seguro, acabava pagando pela ficha, e também por isso acabamos com esse sistema", reforçou Ronaldo Oliveira.
Na sede do ministério em Mossoró, na área administrativa, existem quatro funcionários, sendo que um está lotado no setor de homologações do trabalho , outro é motorista, mais um funcionário no protocolo e outro no setor de seguro-desemprego e carteiras de trabalho. " Portanto, seria humanamente impossível atender a tanta gente com apenas um funcionário, visto que a demanda aqui é muito grande, porque atendemos a Mossoró e região", disse o gerente, acrescentando que nesse período o problema se agrava, porque além do seguro-desemprego para quem trabalha na zona urbana, eles tem que atender aos pescadores artesanais. "Como eles estão no período de defeso, tem direito ao seguro, e pra você ter uma idéia, aqui na região de Mossoró, nós temos em média quatro mil pescadores artesanais que tem direito ao seguro", concluiu.
É que para dar entrada no seguro-desemprego, os segurados tem que se deslocar até a sede do ministério do trabalho ou no Sine na central do cidadão, e fazer um agendamento, para poder ser atendido após 30 dias.
Nossa equipe de reportagem esteve presente tanto na central do cidadão, quanto na sede do ministério do trabalho, e confirmou o problema e a reclamação dos segurados.
" Isso é um verdadeiro absurdo, porque eu moro na Maisa e vim hoje para Mossoró dar entrada no meu seguro-desemprego, pagando passagem de carro, esperei ser atendido e pegaram apenas meu nome e marcaram meu atendimento para o dia 13 de maio, isso é uma vergonha, porque vou passar mais de 60 dias sem receber dinheiro", disse indignado o operador de máquinas Mascário Gurgel Andrade.
A mesma reclamação tem a comerciária Alaby Cristina de Medeiros, que mora no bairro Santo Antônio, e preferiu se deslocar até a central do cidadão, achando que conseguiria dar entrada no seguro, já que o atendimento na central é até as 19h e na sede do ministério é somente até o meio-dia. " Se eu soubesse que vinha só para marcar e não para resolver o problema eu tinha ido para a sede do ministério lá no centro mesmo. Isso aqui é uma vergonha, é uma falta de respeito com todos nós , quem é que vai pagar minhas contas durante esses 60 dias, já que só vou dar entrada daqui a trinta dias, e só vou receber depois de mais 30 dias? Quem é que vai pagar? Ninguém!", reclamou Alaby Cristina.
Em contato com a equipe de reportagem do CORREIO DA TARDE, o gerente regional do ministério do trabalho e emprego em Mossoró, Francisco Ronaldo de Oliveira, disse que realmente a população tem razão em reclamar, mas infelizmente nada pode fazer para resolver a situação, visto que a sede do órgão conta com apenas um funcionário para fazer o protocolo do seguro-desemprego.
Ainda segundo ele, a idéia do agendamento não foi somente por causa da falta de servidores. " Na verdade são dois problemas cruciais que fez com que a gente optasse pela questão do agendamento, onde o primeiro, que eu considero mais grave é a questão da deficiência de servidores no ministério do trabalho, que inclusive é um problema a nível nacional e que só se resolve com concurso público; e o segundo é que em virtude disso, pela deficiência de trabalhadores que nós temos, onde antigamente o atendimento era distribuindo fichas, mas tivemos problemas com moradores de rua que chegavam no ministério do trabalho para pegar fila e vendiam as fichas a preço de 40 ou 50 reais para pessoas que realmente necessitavam de dar entrada no seguro-desemprego", explicou Ronaldo Oliveira.
Segundo o gerente regional do ministério do trabalho, a questão dos moradores de rua era uma situação complicada porque fugia da alçada da administração. "Até porque nós temos vários moradores de rua que residem aqui ao nosso lado, na praça do museu, e tinham a facilidade para entrarem cedo na fila e conseguiam a ficha, e então nós detectamos esse problema, porque diante das dificuldades em se pegar uma ficha, quem realmente necessitava do seguro, acabava pagando pela ficha, e também por isso acabamos com esse sistema", reforçou Ronaldo Oliveira.
Na sede do ministério em Mossoró, na área administrativa, existem quatro funcionários, sendo que um está lotado no setor de homologações do trabalho , outro é motorista, mais um funcionário no protocolo e outro no setor de seguro-desemprego e carteiras de trabalho. " Portanto, seria humanamente impossível atender a tanta gente com apenas um funcionário, visto que a demanda aqui é muito grande, porque atendemos a Mossoró e região", disse o gerente, acrescentando que nesse período o problema se agrava, porque além do seguro-desemprego para quem trabalha na zona urbana, eles tem que atender aos pescadores artesanais. "Como eles estão no período de defeso, tem direito ao seguro, e pra você ter uma idéia, aqui na região de Mossoró, nós temos em média quatro mil pescadores artesanais que tem direito ao seguro", concluiu.
Correio da Tarde
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