segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

RN não tem professores para assumir ensino de língua espanhola
 
MAGNOS ALVES
Da Redação



O Rio Grande do Norte dificilmente vai cumprir o prazo para incluir o ensino da língua espanhola no ensino médio da rede pública a partir do mês de agosto, conforme determina a Lei 11.161, sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em agosto de 2005.
"O motivo é a falta de professores para atender toda rede", afirmou o secretário estadual da Educação, Ruy Pereira.
Segundo ele, seriam necessários 300 professores para atender as 285 escolas de ensino médio espalhadas pelo Estado. Atualmente, a Secretaria conta com, no máximo, 80 professores de espanhol.
Ruy declarou que as universidades do Estado também não estão fornecendo recursos humanos para preencher essa necessidade. "Como todos os Estados do Brasil, o Rio Grande do Norte também vai enfrentar dificuldade para ofertar o espanhol em todas as escolas", argumentou.
De acordo com pesquisa feita pelo jornal O Estado de S. Paulo, apenas 8 (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além do Distrito Federal) dos 25 Estados procurados disseram estar com infraestrutura pronta para oferecer o espanhol. "É uma dificuldade nacional", reiterou Ruy Pereira.
Outro problema que o RN pode enfrentar é a lei de responsabilidade fiscal. O Governo do Estado vive no limite e contratar mais de 200 professores em forma de urgência vai onerar ainda mais a folha de pagamento do Estado com pessoal. "Esse é outro problema até por que não podemos contratar os professores por fora", explicou.
Em situação mais complicada estão as pequenas cidades. Os poucos professores que, segundo a Secretaria, já estão capacitados estão concentrados em Natal e Mossoró. "Existe uma grande dificuldade para interiorizar esses professores", reconheceu Ruy Pereira.
O secretário prometeu trabalhar junto ao consulado espanhol no Rio Grande do Norte uma alternativa para tentar implantar a língua espanhola no ensino médio dentro do prazo estabelecido, "até por que o prazo de cinco anos que foi dado para que os Estados se adequassem era suficiente".
Ruy afirmou que existem recursos financeiros para atender a Lei, mas reconheceu que não pode assegurar que o Rio Grande do Norte estará cumprindo a determinação até o final do ano.
Entre os alunos, o momento é de expectativa.
A estudante Roberta Rodrigues, da Escola Estadual Manoel Joaquim, em Governador Dix-sept Rosado, disse que estava torcendo para que o ensino do espanhol seja realmente implantado. "Será importante para enriquecer meu currículo e, com certeza, vai ajudar na minha inclusão no mercado de trabalho", ressaltou Roberta.
 
Ensino do espanhol poderá ser maquiado
O ensino da língua espanhola no ensino médio da rede pública pode ser maquiado. É o que afirma a professora de espanhol da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) Regiane Santos Cabral de Paiva.
Ela informa que professores formados em outras disciplinas (como português e inglês) é que estão sendo "capacitados" pela Secretaria Estadual da Educação para lecionar a língua espanhola.
Regiane adverte que o ensino do espanhol pode ser prejudicado se os professores contratados não forem realmente formados na disciplina. "Não basta capacitar professores de outras disciplinas e colocar em sala de aula. É preciso que os professores sejam realmente preparados para não prejudicar o ensino", argumentou.
Para sentir a diferença, basta comparar as horas de estudos do professor capacitado e do professor realmente formado em espanhol. O curso de capacitação em espanhol oferecido pela Secretaria de Educação teve duração de 120 horas, enquanto que um professor formado na universidade tem que estudar mais de 3 mil horas.
Regiane afirma que existe mão-de-obra disponível no mercado para assumir as vagas que estão surgindo com a obrigatoriedade do ensino do espanhol.
Segundo ela, somente a Uern já formou mais de 80 professores de 2003 para cá, sendo que a grande maioria está atuando em outras áreas por falta de oportunidade para lecionar a língua espanhola. "Essa lei é um avanço para o formado em espanhol e, especialmente, para os estudantes que poderão sair do ensino médio ainda mais preparados para o mercado de trabalho", ressaltou.


Espanhol é diferencial no mercado de trabalho
A implantação da língua espanhola na rede pública de ensino não dará aos estudantes apenas a oportunidade de adquirir novos conhecimentos, mas, principalmente, a chance de partir para o mercado de trabalho com maior competitividade.
O consultor e economista Franklin Filgueira, da Índice Consultores, ressalta que o domínio de línguas estrangeiras pode ser o diferencial competitivo no mercado de trabalho.
Segundo ele, o domínio do espanhol se tornou tão importante quanto o domínio do inglês, principalmente a partir dos anos 90, com a forte presença das empresas espanholas no processo de globalização da produção, como também com a elevação dos negócios do Brasil com os países das Américas Central e do Sul. "Considero essencial o domínio do espanhol, neste aspecto, como também da língua inglesa", reitera o economista.


Fonte: Jornal de Fato

CNJ determina concurso para cartórios

Decisão da Corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), publicada na última sexta-feira no Diário Oficial, tornou vaga a titularidade de 7.828 cartórios extrajudiciais de todo o País, criando a necessidade de realização de concurso público para reorganizar os serviços, de acordo com informações da Agência CNJ de Notícias. No Rio Grande do Norte foram declaradas vagas as titularidades de 165 cartórios, entre eles o 5º Ofício de Notas de Natal, quatro cartórios de Mossoró, dois de Parnamirim, dois de São Gonçalo do Amarante e quatro do município de Santo Antônio (1º e 2º Ofícios de Notas, Acervo de Serrinha e Termo de Jundiá).
A decisão, assinada pelo corregedor nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp, tem como base a Resolução 80 do CNJ, que prevê a vacância dos serviços notariais e de registro ocupados em desacordo com a Constituição Federal de 1988. "Estamos cumprindo a Constituição", afirmou o ministro. Até 1988, os cartórios eram transmitidos por hereditariedade. Os 7.828 cartórios cujas titularidades foram consideradas vagas hoje foram beneficiados pelo vácuo jurídico de 1988 a 1994.
 
Vagas em cartórios
No Rio Grande do Norte foram declaradas vagas as titularidades de 165 cartórios da capital ao interior
ACARI
AFONSO BEZERRA
ÁGUA NOVA
ALEXANDRIA
ALMINO AFONSO
ANGICOS
ANTONIO MARTINS
APODI
AREIA BRANCA
ARÊS
ASSU - 2º Of. Notas
BARAÚNA
BARCELONA
BENTO FERNANDES
BOA SAÚDE
BODÓ
CAIÇARA DO NORTE
CAIÇARA DO RIO DOS VENTOS
CAICÓ - 2º cart.
CAICÓ - 3º Of. Notas
CAICÓ - 1º Of. Notas
CAMPO GRANDE - Cart. Único
CAMPO GRANDE - Único Ofício
CAMPO REDONDO
CARAÚBAS
CARNAÚBA DOS DANTAS
CARNAUBAIS
CEARÁ-MIRIM - 1º Of. Notas
CEARÁ-MIRIM - 2º Of. Notas
CERRO CORÁ
CORONEL EZEQUIEL
CORONEL JOÃO PESSOA
CRUZETA
CURRAIS NOVOS - 2º Of. Notas
DOUTOR SEVERIANO
ENCANTO
EQUADOR
ESPÍRITO SANTO
FELIPE GUERRA
FERNANDO PEDROZA
FLORÂNIA
FRANCISCO DANTAS
FRUTUOSO GOMES
GALINHOS
GOVERNADOR DIX-SEPT ROSADO
GROSSOS
GUAMARÉ
IPUEIRA
ITAÚ
JAÇANÃ
JANDAÍRA
JANDUÍS
JAPI
JARDIM DE ANGICOS
JARDIM DE PIRANHAS - 1º Of. Notas
JARDIM DE PIRANHAS - 2º Of. Notas
JARDIM DO SERIDÓ
JOÃO CÂMARA - 1º Of. Notas
JOÃO CÂMARA - 2º Of. Notas
JOÃO DIAS
LAGOA D'ANTA
LAGOA DE PEDRAS
LAGOA DE VELHOS
LAGOA NOVA
LAGOA SALGADA
LAJES
LAJES PINTADAS
LUCRÉCIA
LUÍS GOMES
MACAÍBA - 1º Of. Notas
MACAÍBA - 2º Of. Notas
MACAU - 2º Of. Notas
MACAU - 3º Of. Notas
MAJOR SALES
MARCELINO VIEIRA
MARTINS
MAXARANGUAPE
MESSIAS TARGINO
MONTANHAS
MONTE ALEGRE
MONTE DAS GAMELEIRAS
MOSSORÓ - 1º Of.
MOSSORÓ - 2º Of. Notas
MOSSORÓ - 3º Of. Notas
MOSSORÓ - 4º Of. Notas
MOSSORÓ - 7º Of. Notas
NATAL - 5º Of. Notas
NÍSIA FLORESTA
NOVA CRUZ - 2º Of. Notas
NOVA CRUZ - Pedro Soares
OLHO D'ÁGUA DO BORGES
PARANÁ
PARAÚ
PARAZINHO
PARELHAS
PARNAMIRIM - 1º Of. Notas
PARNAMIRIM - 2º Of. Notas
PASSA E FICA
PASSAGEM
PAU DOS FERROS - 1º Of. Notas
PEDRA GRANDE
PEDRA PRETA
PEDRO AVELINO
PENDENCIAS - 1º Of. Notas
PILÕES
POÇO BRANCO
PORTALEGRE
PORTO DO MANGUE
PUREZA
RAFAEL FERNANDES
RAFAEL GODEIRO
RIACHO DE SANTANA
RIACHUELO
RIO DO FOGO
RUY BARBOSA
SANTA CRUZ - 1º Of. Notas
SANTA CRUZ - 2º Of. Notas
SANTA MARIA
SANTANA DO MATOS
SANTANA DO SERIDÓ
SANTO ANTONIO - 1º Of. Notas
SANTO ANTONIO - 2º Of. Notas
SANTO ANTONIO - Acervo de Serrinha
SANTO ANTONIO - Termo de Jundiá
SÃO BENTO DO NORTE
SÃO BENTO DO TRAIRI
SÃO FERNANDO
SÃO FRANCISCO DO OESTE
SÃO GONÇALO - 12º Of. Notas
SÃO GONÇALO - 2º Of. Notas
SÃO JOÃO DO SABUGI
SÃO JOSÉ DE MIPIBU - 2º Of. Notas
SÃO JOSÉ DO CAMPESTRE
SÃO JOSÉ DO SERIDÓ
SÃO MIGUEL - 1º Of. Notas
SÃO MIGUEL - 2º Of. Notas
SÃO PAULO DO POTENGI
SÃO PEDRO
SÃO RAFAEL
SÃO TOMÉ
SÃO VICENTE
SENADOR ELOI DE SOUZA
SENADOR GEORGINO AVELINO
SERRA CAIADA
SERRA DE SÃO BENTO
SERRA DO MEL
SERRA NEGRA DO NORTE
SERRINHA DOS PINTOS
SEVERIANO MELO
SÍTIO NOVO
TABOLEIRO GRANDE
TANGARÁ
TENENTE ANANIAS
TIBAU
TIBAU DO SUL
TIMBAÚBA DOS BATISTAS
TOUROS
UMARIZAL
UPANEMA
VÁRZEA
VENHA VER
VERA CRUZ
VIÇOSA
VILA FLOR

Em decisão histórica, centrais convocam Conferência Nacional da Classe Trabalhadora

Em reunião realizada nesta quinta-feira (21) em São Paulo, o Fórum das Centrais Sindicais (composto pela CTB, CUT, FS, UGT, NSC e CGTB) resolveu convocar para o dia 1º de junho uma nova Conferência Nacional da Classe Trabalhadora. Na opinião do presidente da CTB, Wagner Gomes, a reunião será um marco na história do movimento sindical e terá uma importância política extraordinária para o país.
Os sindicalistas também decidiram realizar uma manifestação unificada dia 2 de fevereiro no Congresso Nacional, em Brasília, em defesa redução da jornada de trabalho sem redução de salários, bandeira histórica do movimento operário, que foi a principal reivindicação da 6ª Marcha da Classe Trabalhadora, realizada no dia 11 de novembro em Brasília.

Maior protagonismo
A CTB já defendia em dezembro de 2007, durante seu congresso de fundação, a realização de uma nova Conferência Nacional da Classe Trabalhadora. Para Wagner Gomes, a iniciativa tomada em conjunto pelas centrais irá unificar o movimento sindical brasileiro, de modo a elevar o protagonismo da classe trabalhadora na vida política nacional, bem como sua influência nas eleições deste ano. 
Ao sublinhar o caráter histórico da decisão, o presidente da CTB, Wagner Gomes, esclareceu que “o objetivo da Conferência será debater e expor ao Brasil a visão da classe trabalhadora sobre um novo projeto de desenvolvimento nacional. Vamos elaborar um documento com propostas unificadas que visam o desenvolvimento nacional e a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores e trabalhadoras”.

Valorização do trabalho

“Defendemos um projeto de nação”, acrescentou, “fundado na valorização do trabalho e numa distribuição mais justa da renda nacional, que é produzida pela classe trabalhadora. Estou convencido de que o fato de as seis centrais sindicais redigirem esse documento é um acontecimento histórico, pois por meio dele iremos participar ativamente da disputa eleitoral de 2010, com a classe unida e a opinião dos trabalhadores muito bem definida. Isso é motivo de comemoração, é um grande feito político”.

As centrais pretendem reunir mais de 10 mil lideranças sindicais de todo Brasil na Conferência que vai debater e aprovar o documento unitário das centrais e definir o apoio a um candidato ou candidata à presidência da república que dê continuidade ao projeto político implementado no país desde 2002 e aprofunde o processo de mudanças. “O documento, depois de aprovado, servirá como base para avaliar qual candidato ou candidata à Presidência da República terá condições de implantá-lo e quem merece o apoio da classe trabalhadora. A convocação da nova conferência é um grande acontecimento. Deve ser destacado em letras garrafais pelo movimento sindical brasileiro”, arrematou Wagner Gomes.

Portal CTB
Oded Grajew: Dez anos depois, “outro mundo ainda é possível”
Dez anos depois da primeira edição do Fórum Social Mundial, em 2001, a proposta de “um outro mundo possível”, criada em contraposição ao avanço do neoliberalismo representado pelo Fórum Econômico de Davos ainda é atual. A análise é do empresário Oded Grajew, considerado “pai” do FSM.


“Mais do que nunca um outro mundo é possível. Há dez anos o modelo neoliberal estava no auge, o Meném [Carlos Menén, ex-presidente da Argentina] era recebido como modelo a ser seguido. Hoje o quadro político mudou, principalmente na América Latina. Vários frequentadores do fórum estão hoje nos governos”, disse em entrevista à Agência Brasil.

Em dez anos, na avaliação de Grajew, o fórum conseguiu emplacar ideias que se transformaram em políticas públicas e chegou a apresentar as fórmulas para que países saíssem da crise financeira internacional. “Vários países que se salvaram da crise seguiram propostas e recomendações do fórum, como o controle do sistemas financeiro e o fortalecimento da economia no mercado interno”, citou.

O legado do maior encontro de movimentos sociais do planeta também inclui a criação de “uma sociedade civil global”, que fez o FSM “se espalhar pelo mundo”, segundo Grajew, e garante a atuação da sociedade civil em espaços de decisão como as reuniões do G-8 e a Conferência da Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.


Uma década depois da primeira edição, Grajew reconhece que o fórum é visto com menos preconceito pela sociedade, que considerava o encontro esvaziado de propostas concretas. “Quando começou não era levado a sério, era visto com um lugar de gente que só sabe protestar. Hoje é muito mais levado a sério. Não significa que ficou menos revolucionário, as propostas são muito avançadas.”

Com o enfraquecimento das políticas neoliberais, o fórum tende a concentrar as críticas e reflexões em novos temas, principalmente a sustentabilidade.

“O outro mundo possível se torna cada vez mais urgente. A questão ambiental é uma ameaça. Temos que ter outro modelo de produção, de consumo e outra relação com a natureza”, lista.

Segundo Oded Grajew, entre os desafios do FSM para os próximos anos também está a necessidade de mudanças nos sistemas de financiamentos de governos.

O FSM 10 anos começa na próxima segunda-feira (25) e vai até o dia 29, com cerca de 500 atividades em Porto Alegre e em municípios da região metropolitana da capital gaúcha. A expectativa é que 30 mil pessoas passem pelo megaevento durante a semana.

Lula e quatro presidentes da América Latina devem ir

O Fórum deverá reunir pelo menos cinco presidentes latinoamericanos. Na noite de terça-feira (26), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai participar de um diálogo com a sociedade civil, para comemorar os 10 anos do evento e apresentar um balanço de seus sete anos de governo às organizações ligadas ao FSM.

A organização do evento aguarda as presenças dos presidentes da Venezuela, Hugo Chávez, da Bolívia, Evo Morales e do Paraguai, Fernando Lugo. Até o momento, apenas o novo presidente uruguaio, José Pepe Mujica, confirmou que participará do evento. O encontro entre presidentes acontecerá no Ginásio Gigantinho.

Aliados históricos das ideias do Fórum Social, os presidentes deverão falar para uma plateia de até 15 mil simpatizantes da proposta altermundista: de estudantes a intelectuais criadores do evento.

Para Oded Grajew, a presença de governantes não tira o “caráter apartidário” do FSM, previsto em sua Carta de Princípios.

“O quadro político mudou desde a primeira edição do Fórum em 2001. Vários frequentadores do FSM estão hoje no governo e é importante que eles continuem participando porque queremos que as propostas daqui virem políticas públicas”, avalia.

Na última edição do FSM, em 2009, em Belém, Lula, Chávez, Lugo, Evo e o presidente do Equador, Rafael Correa, também fizeram uma aparição conjunta, com críticas a instituições financeiras internacionais, ao mercado e aos países ricos.

Na mesma semana, o presidente Lula vai ao Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça). O presidente será o primeiro chefe de Estado a receber do Fórum Econômico o prêmio de Estadista Global, em uma homenagem marcada para a quinta-feira (29).

Seminário discute 10 anos de Fórum Social Mundial

Uma das atividades centrais do Fórum Social Grande Porto Alegre será o Seminário Internacional “10 Anos Depois: Desafios e propostas para um outro mundo possível”, que contará com a participação de mais de 70 intelectuais e dirigentes sociais do mundo todo - muitos dos quais integraram o processo de criação e construção do Fórum Social Mundial (FSM) nos últimos dez anos. Veja a lista dos participantes.

O Seminário, que acontece na cidade de Porto Alegre, buscará examinar os novos desafios da sociedade civil altermundialista e projetar os caminhos futuros para o FSM. Também deve fazer uma reflexão mais sistemática sobre o que foi realizado até aqui, os erros e acertos, e a dinâmica institucional do Fórum, constituindo-se em um momento de reflexão estratégica dirigido aos ativistas mais envolvidos no processo. As atividades acontecerão na Assembléia Legislativa, na Usina do Gasômetro e nos Armazéns do Porto, sempre no período da manhã.


Fonte: Agência Brasil

domingo, 24 de janeiro de 2010

Governo regulamenta lei da licença-maternidade 

Brasília (AE) - Mais de um ano depois que o Congresso Nacional aprovou a prorrogação de quatro para seis meses o período da licença-maternidade, o governo anunciou ontem a regulamentação do benefício. A partir desta egunda-feira, as empresas vão poder aderir ao programa “Empresa Cidadã”, que permite a ampliação de quatro para seis meses do prazo de licença-maternidade.

DivulgaçãoAleitamento materno é importante para o desenvolvimento físico e mental da criança, dizem médicosAleitamento materno é importante para o desenvolvimento físico e mental da criança, dizem médicos
A concessão dos dois meses adicionais é uma opção da empresa, que poderá abater integralmente a despesa do Imposto de Renda (IR) devido. A ampliação do prazo da licença, no entanto, está limitada às empresas que pagam o Imposto de Renda pela sistemática de lucro real, restrição que reduz o alcance da medida. No Brasil, apenas 150 mil empresas declaram o IR pelo lucro real, a maioria delas grandes corporações. As empresas incluídas no Simples ou que pagam IR pelo sistema de lucro presumido não têm como abater a despesa do IR devido, o que impede que as suas empregadas possam pedir o benefício. A extensão do benefício só existia, até o momento, para funcionárias públicas.

Se a empresa aderir ao programa, a empregada poderá tirar uma licença de seis meses, com direito ao salário integral. Os quatro primeiros meses são pagos pelo INSS e os outros dois pela empresa. A despesa integral que a empresa tiver com a licença-maternidade nos dois últimos meses poderá depois ser descontada do imposto na hora da declaração anual de ajuste que as pessoas jurídicas têm que apresentar à Receita.

A empresa pode aderir ao programa pelo site da Receita na Internet, por meio de um requerimento de adesão. A empregada deve pedir a prorrogação diretamente a sua empresa. O pedido tem que ser feito até o final do primeiro mês após o parto. Para as trabalhadoras que já estão gozando da licença-maternidade, o pedido de prorrogação vai ser mais difícil. É que pelo decreto que regulamenta a lei que permitiu a prorrogação do prazo, publicado em dezembro, o prazo para as trabalhadoras que já estão de licença-maternidade pedirem a extensão terminou ontem, quando a Receita publicou a regulamentação no “Diário Oficial da União”.

“O conteúdo social da prorrogação é inegável. Mas a concessão do benefício é sempre um direito da empresa”, disse Marcelo Lins, coordenador-geral de Arrecadação e Cobrança da Receita, Marcelo Lins. Ele não explicou os motivos da demora na regulamentação. O coordenador informou que a Receita vai divulgar posteriormente no seu site o cadastro com lista das empresas que aderirem ao programa “Empresa Cidadã”. Segundo ele, os sindicatos devem, a partir de agora, negociar acordos para essa adesão.

Segundo o coordenador de cobrança da Receita, João Paulo Martins, as 150 mil empresas que declaram o IR pelo lucro real empregam cerca de 40% da mão-de-obra feminina do País.

A nova lei 11.770, que ampliou a licença-maternidade de quatro para seis meses, foi publicada em setembro de 2008. A empregada que gozar do novo direito não poderá exercer trabalho remunerado nesse período e o filho não poderá ser mantido em creche ou organização similar. O mesmo direito vale paras empregadas que adotarem uma criança.
 
Fonte:Tribuna do Norte

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Presidente nacional do PCdoB diz que comunistas repetirão aliança com PT
Renato Rabelo afirma que partido estará do lado de Lula em 2010 e, no Rio Grande do Norte, vai apoiar candidato ao governo deste campo.

Áudios
Ouça o conteúdo completo do Jornal 96, da 96 FM, desta sexta-feira (22)O presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, afirmou que os comunistas vão repetir em 2010 a “aliança histórica” que mantêm com o PT desde 1989 e votar na candidata apoiada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva na sucessão presidencial, a ministra Dilma Rousseff (Casa Civil). No Rio Grande do Norte, o partido vai apoiar um candidato que esteja alinhado ao campo nacional e que melhor represente o programa defendido pelo PCdoB.
“O PCdoB é aliado do presidente Lula desde 1989. É uma aliança histórica, que tem um sentido estratégico. Nosso lado é esse. Até porque os dois governos Lula são exitosos. A liderança de Lula é importante dentro e fora do país. Aqui no Rio Grande do Norte, o partido vai refletir essa linha nacional e apoiar um candidato dentro desse campo. Vamos analisar a candidatura que mais se identifica com esse campo e que melhor representa nosso programa”, declarou, em entrevista ao Jornal 96 (96 FM) desta sexta-feira (22).
Renato Rabelo está em Natal para lançar o livro “Ideias e Rumos para o Desenvolvimento do Brasil”, uma coletânea de artigos, conferências e debates produzidos ao longo de 30 anos de militância política dentro e fora do Brasil pelo líder comunista. No livro, Renato discute – segundo o próprio autor – “as questões estruturais, conjunturais e políticas para o desenvolvimento do país”. O lançamento será às 19h, no antigo prédio da TVU (Avenida Rio Branco).
Rabelo disse que o PCdoB vive um período de expansão. O partido, segundo ele, “fez um grande esforço para manter a identidade socialista”, principalmente após a queda do Muro de Berlim (1989), quando “os ideólogos capitalistas diziam que o capitalismo teria que permanecer e que a história se resumiria ao capitalismo”.
“Lutamos para manter a nossa identidade de partido socialista, porque o comunismo é o socialismo mais amplo. De La para cá, o capitalismo atravessa uma crise de grande envergadura. Aqueles que diziam que o capitalismo era o fim da história agora se questionam se a história não tem outra expectativa. Os ideólogos que defendem o capitalismo são geriatras, porque o sistema já está aí há 300 anos. Enquanto os socialistas são os pediatras, porque o socialismo ainda está nascendo”, avaliou.
Para Rabelo, o capitalismo se mostrou incapaz de “transformar a força produtora em favor da maioria”. Em vez disso, o sistema leva a concentração dos “frutos do desenvolvimento” nas mãos de apenas um terço da população.
O presidente do PCdoB acredita que o grande debate está posto no mundo é a questão do desenvolvimento, que – para ele – não pode ser dar de forma predatória, sem levar em conta o meio ambiente.
Ele defende que a questão central para o desenvolvimento é o problema das fontes energéticas. Rabelo defende que, nesta área, o nosso país está na vanguarda mundial.
“A questão central é a energia, porque não há desenvolvimento sem fontes energéticas. O petróleo está chegando numa fronteira e vamos ter que buscar novas matrizes energéticas, sobretudo renováveis. O Brasil está bem situado nesta área, porque 80% da nossa energia vêm de hidrelétricas, que é uma fonte limpa. Nós também demos passos importantes com a energia da biomassa. O Brasil também avançou no etanol e no biodiesel. O Brasil está mais avançado que o mundo. Mesmo no petróleo, com a descoberta dessa reserva importante [do pré-sal], vamos ter uma base além das fontes renováveis”.
Renato Rabelo apontou aquele que considera o maior desafio do próximo presidente do Brasil: fazer a reforma tributária progressiva e promover o desenvolvimento com distribuição de renda.
“O governo Lula fez um grande esforço de distribuição de renda, porque desde a década de 1970 o país cresce sem distribuir renda. O grande problema a ser enfrentado agora é a reforma tributária progressiva. No Brasil os tributos são regressivos e não tributam as altas rendas. Você tributa o que se consume e isso injusto, porque quem tem menor salário sai perdendo proporcionalmente. Temos que mudar esse sistema regressivo. Esse seria um passo importante para resolver a desigualdade no país”.

Fonte: No Minuto.com
Renato Rabelo evita falar sobre apoio do PCdoB na eleição do RN
Médico e político, Renato Rabelo é o entrevistado desta sexta-feira do programa Diógenes Dantas Nominuto.


Presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, durante entrevista ao programa Diógenes Dantas NominutoO presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, disse que só o partido local poderá definir quem será o candidato ao Governo apoiado pela legenda no Rio Grande do Norte. Além do vice-governador Iberê Ferreira de Souza (PSB), os comunistas vêm levantando a possibilidade de apoio ao ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PDT).
O que Renato Rabelo explicita é que será apoiado aquele que tiver ideias em maior convergência com base do presidente Lula.
“Tem situações em que o PCdoB tem boa relação com mais de uma pessoa”, disse. “Levando em conta a particularidade de cada Estado, o partido mantém uma linha nacional, que é o campo Lula”.
Este e outros temas; como o conteúdo do livro “Ideias e rumos para o desenvolvimento do Brasil”, do médico e político Renato Rabelo; serão abordados no programa Diógenes Dantas Nominuto desta sexta-feira (22), que começa às 13h, na TV Nominuto, canal 27 da Cabo Telecom. Após a exibição, estará também disponível no portal Nominuto.com.
Lula é eleito ‘Estadista Global’


Publicação: 21 de Janeiro de 2010 às 00:00imprimircomentarenviar por e-emailcompartilhartamanho do texto A+ A- Londres (AE) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva receberá o prêmio de Estadista Global do Fórum Econômico Mundial, em Davos (Suíça), no dia 29. Esta é a primeira edição da homenagem, criada para marcar o aniversário de 40 anos do Fórum. Conforme a organização do evento, o prêmio tem o objetivo de destacar um líder político que tenha usado o mandato para melhorar a situação do mundo. “O presidente do Brasil tem demonstrado verdadeiro compromisso com todas as áreas da sociedade”, disse o fundador e presidente do Fórum Econômico Mundial, Klaus Schwab, em nota à Agência Estado.

Segundo ele, esse compromisso tem seguido de mãos dadas com o objetivo de integrar crescimento econômico e justiça social. “O presidente Lula é um exemplo a ser seguido para a liderança global.”

A entrega do prêmio será feita pelo ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan, e está prevista para às 11h30 (horário local; 8h30 de Brasília) do dia 29, quando o presidente brasileiro fará um discurso. Em seguida, terá início um painel de discussão sobre o Brasil. O objetivo é debater os atuais condutores do crescimento do País e os desafios à frente.

Entre os participantes do painel estarão o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, o copresidente do conselho de administração da Brasil Foods, Luiz Fernando Furlan, o presidente do Instituto Ethos, Ricardo Young e o vice-presidente do argentino Banco Hipotecario, Mario Blejer. Lula também fará o encerramento do painel sobre o Brasil.

Fonte: Tribuna do Norte

Municípios não tratam lixo adequadamente


Das 167 cidades do Rio Grande Norte, nada menos de 158 não dão uma destinação adequada ao lixo que produzem. A constatação é resultado do trabalho realizado pelo engenheiro agrônomo Acácio Sânzio de Brito, dentro de sua dissertação de mestrado em Gestão Ambiental, na UFRN. Para o pesquisador, os números revelam um quadro vergonhoso, que precisa ser modificado o quanto antes.



No município de Grossos, lixão é o principal destino dos resíduos“Ao todo, 94,6% dos municípios dão um destino a seus resíduos sólidos sem nenhum cuidado ambiental. Uma das nossas surpresas é não haver situações intermediárias. Onde não há aterro sanitário, só há lixão”, aponta. Existem três classificações para os locais de despejo dos resíduos sólidos. Os lixões são os mais simples e geralmente se resumem a um espaço onde o resíduo é despejado e queimado. Os mais adequados são os aterros sanitários, que incluem vários cuidados para não prejudicar o meio ambiente.

A estrutura intermediária é o chamada aterro controlado, que não conta com o mesmo “aparato” do aterro sanitário, mas já representa um avanço em relação aos lixões, geralmente por não deixar os resíduos descobertos, evitar a infiltração do chorume e a queima. Porém não há nenhum no Rio Grande do Norte. O fato foi confirmado utilizando-se o Índice de Qualidade de Aterro de Resíduos (IQR). De 0 a 6 a escala caracteriza um lixão, de 6,1 a 8 um aterro controlado e acima de 8 o aterro sanitário.

Natal e mais sete municípios próximos, que utilizam o aterro de Ceará-Mirím, receberam um índice 9,65. Mossoró, que também possui aterro próprio, ficou com 9,08. Nenhuma das demais 158 cidades chegou sequer à nota 5. Para calcular o índice, equipes percorreram o estado avaliando 41 itens que se dividem em informações sobre as características do local, a infraestrutura implantada e as condições de operação.

A pesquisa de campo durou de agosto a dezembro de 2009 e foi realizada por grupos capacitados por Acácio Brito, que conta com o apoio da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), Idema e da própria UFRN. Com o trabalho, o Rio Grande do Norte passa a ser o segundo estado do País a ter um diagnóstico completo da situação de despejo dos resíduos sólidos. Há 12 anos São Paulo mantinha a exclusividade.

“Principalmente nas cidades menores, onde há poucos recursos, as prefeituras se importam mais com a varrição e a coleta do lixo, do que com o local de despejo”, constata o engenheiro. A dissertação de mestrado será apresentada na próxima segunda-feira, no Laboratório de Recurso Hídricos da UFRN (Larhisa), com o título “Diagnóstico e Avaliação das Áreas de Destino Final dos Resíduos Sólidos Urbanos.” Os orientadores são os engenheiros Luiz Pereira e Karen Mattos.

Plano estadual incentivará consórcios
O estudo promovido pelo engenheiro Acácio Brito fará parte do Plano Estadual de Resíduos Sólidos. O coordenador-geral do plano, Sérgio Pinheiro, revela que a principal opção apontada para a melhoria da situação de despejo do lixo, por parte dos municípios, é a formação de consórcios, o que reduziria custos e ampliaria a eficiência do trabalho. A expectativa é que hajam oito em todo território potiguar.

“Três já estão sendo montados. O do Seridó, com 25 municípios, que foi aprovado por todos prefeitos e todas as câmaras municipais, já foi foi criado e tem sede em Caicó. O do Alto Oeste, que terá 40 cidades e já conta com a aprovação de 35. E o do Vale do Açu, que atualmente reúne 15 cidades”, aponta o assessor técnico da Semarh. A previsão é que os aterros sanitários dos três primeiros consórcios comecem a ser implantados ainda em 2010.

Sérgio Pinheiro afirma que o trabalho de diagnóstico do plano já foi concluído e inclui não só a pesquisa do engenheiro Acácio Brito, mas também levantamentos sobre custos, pessoal empregado e equipamentos utilizados para limpeza, coleta e destinação dos resíduos sólidos. O momento agora é o de incentivar a formação dos consórcios.

Condições
A medida é necessária porque as prefeituras nem sempre têm condições de manterem, sozinhas, uma estrutura adequada para a destinação do lixo. Prova disso, revela, é que pequenos aterros montados pela Petrobras em áreas onde a empresa atua “voltaram a ser lixões”, diante da falta de condições dos municípios em manterem os cuidados necessários. De 20 usinas de reciclagem instaladas no interior nas últimas décadas, apenas a de Lucrécia funciona.

“A adesão aos consórcios tem sido maciça e até junho devemos ter o plano concluído, para transformá-lo em lei. A ideia é que, a partir de então, todo o investimento do estado nessa área só venha a ser feito através dos consórcios”, explica. Sérgio Pinheiro revela que nem todas as constatações das pesquisas já realizadas foram negativas. “Descobrimos também alternativas muito boas, como um projeto de coleta seletiva em Taboleiro Grande que sorteia pequenos prêmios e que pode servir de exemplo”, cita.
Fonte: Tribuna do Norte

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Nova lei do Fies traz alívio para muitos estudantes, mas desagrada a quem tem dívida antiga

Camila de Magalhães
Kleber Lima/CB/D.A Press
Coordenadora do Movimento Fies Justo, Daniela adianta que a luta vai continuar

A aprovação da nova lei do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) na última sexta-feira (18/1) trouxe alívio para muitos estudantes, porém não satisfez a todos os beneficiários. De acordo com lei 12.202/2010, a taxa de juros cai de 6,5% para 3,5% ao ano. A redução vale tanto para novos contratos como para o saldo devedor dos contratos antigos.

Os valores serão recalculados automaticamente a partir da próxima parcela, garante o Ministério da Educação. Portanto, não há necessidade de procurar as agências da Caixa Econômica Federal para fazer o procedimento. As novas regras também ampliam o prazo para quitação da dívida – de duas para três vezes o período financiado do curso. Se a graduação financiada durar quatro anos, o estudante terá 12 anos para finalizar os pagamentos.

Na avaliação da coordenadora nacional do movimento Fies Justo, Daniela Pellegrini Nóbrega, a redução dos juros, a ampliação do prazo de parcelamento para três vezes o período do curso e a quitação do saldo devedor em caso de falecimento representam uma grande conquista muito grande, porém ainda não resolvem o problema. Segundo ela, as mudanças são excelentes para os estudantes que vão entrar na faculdade e para aqueles que ainda estão cursando. Mas para quem já terminou o curso e vem pagando a dívida há algum tempo, não é tão vantajoso.

“Apenas a redução dos juros não vai resolver o problema de quem está com a parcela altíssima. Daqui a pouco vai virar uma bola de neve de novo”, analisa. Daniela adianta que a luta do movimento ainda não acabou. “Continuaremos lutando por um desconto para amenizar o impacto dos juros de 9% ao ano, definidos anteriormente.” A ideia é devolver o valor do empréstimo e não, o dobro ou triplo.

O grupo aguarda a aprovação de projeto de lei na Comissão de Educação do Senado. E dará prosseguimentos às manifestações virtuais, além de coletar assinaturas em todo o país para que seja aprovado esse projeto do senador Sérgio Zambiasi (PTB/RS).

Dívidas chegam a mais de R$ 100 mil
A estudante Waleska Meireles Carneiro, 19 anos, está no 7º semestre da Universidade Católica de Brasília. No segundo semestre, ela optou por financiar metade do curso, pagando 50% da mensalidade de R$ 3,4 mil. Quando fez os cálculos com a porcentagem de juros em 6,5% ao ano, a dívida chegava a cerca de R$ 100 mil. Agora o valor vai diminuir. “A redução dos juros para 3,5% vai ser uma ajuda boa”, comemora. “Mas poderia ser mais”, pondera a jovem.

Formada em engenharia em 2006, a funcionária pública Daiane Vaz Lima, 31 anos, não está muito satisfeita. Com os juros menores, as parcelas passam de R$ 800 para R$ 560. Mas serão 25 anos pagando pelo financiamento. Para ela, os juros são abusivos. “Continuar com parcelas de R$ 500 por 25 anos é uma palhaçada”, diz, com indignação. Pelo último cálculo, com juros de 9% ao ano, a dívida estava em torno de R$ 150 mil. “Dava para custear duas vezes e meia o valor do curso”, destaca. Agora, ela estima que deva baixar para cerca de R$ 80 mil.

Daiane está com 14 parcelas em atraso. Ela pagou os dois anos e parou. Hoje está inadimplente por convicção. “Parei de pagar porque estava muito pesado e porque não acho certo eu e outros estudantes custearmos o ensino superior de outros estudantes. São os juros que sustentam o Fies.” A engenheira espera resolver o problema na Justiça, com processo que pede desconto de 80% da dívida para inadimplentes e 90% para adimplentes. “Acho que os magistrados não vou contra a União, mas vou até o fim”, avisa.

Saiba mais sobre a nova lei do Fies
- Pelas novas regras, os formandos em medicina e licenciaturas têm a chance de abater 1% da dívida a cada mês trabalhado, caso atuem como professores da rede pública de educação básica ou como médicos no programa Saúde da Família. A jornada mínima é de 20 horas semanais para os professores e, no caso dos médicos, em especialidades e regiões definidas como prioritárias pelo Ministério da Saúde. O estudante que já estiver trabalhando na rede pública de educação básica ao ingressar no curso de licenciatura terá direito ao abatimento da dívida desde o início do curso.

- Os formandos em medicina que participarem de programas de residência médica credenciados pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) e em especialidades definidas pelo Ministério da Saúde como prioritárias terão o período de carência estendido pelo período de duração da residência. Antes, a carência era de 18 meses após a conclusão do curso.

- O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) passa a ser o agente operador do Fies. O financiamento pode ser requerido a qualquer momento pelo estudante interessado por meio de sistema eletrônico gerenciado pelo órgão.

- A adesão das instituições de educação superior ao Fies e o período de inscrição dos estudantes terão início com a publicação de portaria do Ministério da Educação para regulamentação do processo, prevista para o final de fevereiro.

- A Lei nº 12.202/2010 altera dispositivos da Lei nº 10.260, de 12 de julho de 2001, que dispõe sobre o Fies.
Fonte: Correio Braziliense

Brasil supera países do G20 na geração de emprego em 2009, diz ministro



SOFIA FERNANDES

A geração de empregos no Brasil em 2009 superou todos os demais países que compõem o G20 (grupo de países desenvolvidos e principais emergentes), segundo o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Foram 995.110 mil novos empregos formais no ano.
O desempenho de 2009 foi o pior desde 2003. Ainda assim, o ministro afirmou nesta quarta-feira que os números do ano estão dentro das estimativas do governo.
"Apesar da crise, geramos cerca de 1 milhão de empregos, mais do que qualquer países do G20. Só para comparar, nenhum países da Europa teve resultado positivo. Nos Estados Unidos, houve queda de 4 milhões de empregos", afirmou.
De acordo com dados do Caged, ao todo, foram feitas 16.187.640 contratações e 15.192.530 demissões. Os números estão de acordo com as previsões do governo e refletem a retomada na criação de empregos que o país vem sentindo desde julho do ano passado, quando o pior da crise financeira internacional já havia passado.
Em 2008, o saldo de empregos foi de 1.452.204, resultado 10% inferior ao de 2007.
Em dezembro de 2009, o saldo de empregos foi negativo em 415.192. As demissões sazonais, principalmente de temporários no comércio, indústria e serviços, tradicionalmente puxam para baixo os resultados dos meses de dezembro. Em dezembro de 2008, por exemplo, o saldo de empregos foi negativo em 654.946 vagas.
Para o ministro Carlos Lupi (Trabalho), o Brasil está começando o mês de janeiro "forte", e prevê para 2010 a criação de 2 milhões de empregos formais. Apesar das demissões sazonais, houve em dezembro o recorde de contratações para o mês, que foi de 1.068.481 empregos. Para Lupi, isso é uma prova inequívoca do aquecimento da economia.
Setores
A Agricultura foi o único setor que registrou queda no emprego formal em 2009, com recuo de 0,99% ante 2008. Devido a essa perda, as regiões do interior tiveram uma expansão de apenas 2,71% no emprego formal, contra expansão de 3,46% nas regiões metropolitanas.
A Construção Civil foi quem mais puxou o crescimento do emprego formal, com 9,17% a mais, com 177.185 novos postos. Houve expansão do emprego também nos seguintes setores: Serviços (3,98%), Comércio (4,2%) e Indústria de Transformação (0,15%).
No mês de dezembro, o único setor que apresentou incremento foi o de comércio, com alta de 0,14% sobre dezembro de 2008. Na outra ponta, a Indústria de Transformação teve a maior perda, com recuo de 2,19%.
Regiões
Em 2009, todas as regiões do país tiveram expansão de emprego. A Sudeste foi a campeã de contratações, com alta de 476.031 novos postos, o que representa um aumento de 2,68% ante 2008. O Nordeste teve o maior crescimento percentual, com ganho de 14,74%, gerando 227.376 vagas novas. Os Estados do Maranhão e Amazonas foram os únicos a apresentar desempenho negativo no ano.
Sobre o mês de dezembro, as maiores perdas foram verificadas em São Paulo (-1,74%), Minas Gerais (-1,4%), Paraná (-1,6%) e Goiás (-2,98%).
Salários
Em 2009, os salários médios de admissão apresentaram aumento real de 5,24%, passando de R$ 741,88 para R$ 780,56 em dezembro deste ano. O aumento do salário médio de admissão do gênero feminino foi de 5,64%, enquanto 4,.49% para o gênero masculino. 
Fonte: Folha On Line

Folha manipula informações para atacar centrais sindicais

O jornal Folha de S.Paulo dedicou a primeira página do seu caderno “Dinheiro” desta terça-feira (19) a uma nova e grosseira ofensiva contra o movimento sindical brasileiro.

Em matéria intitulada “Governo beneficia pequenas centrais”, o pasquim da família Frias utiliza dados antigos e ultrapassados do Ministério do Trabalho, colhidos em dezembro de 2008, para induzir seus leitores a acreditar que o “governo” está agindo à margem da lei para beneficiar centrais que podem “ser classificadas de nanicas”, conceito no qual foram incluídas a CTB, Nova Central e CGTB.

De acordo com a matéria, o ministério teria revogado, através de portaria, a norma que estabelece que cada central precisa contar com um mínimo de 7% dos sindicalizados no país em suas bases para ser reconhecida. A medida beneficiaria “pequenas centrais sindicais com representação abaixo de 7%”, que em tese não gozariam os privilégios do reconhecimento, entre eles o repasse de 10% da Contribuição Sindical, se a legislação fosse respeitada.

Dados defasados

Representantes do Ministério do Trabalho rebateram a afirmação do jornal, esclarecendo que o critério de representatividade de 7% passará a ser cobrado a partir de dezembro de 2010, conforme estaria previsto na lei.

A Folha, porém, não se limita a fazer uma interpretação tendenciosa e provavelmente falaciosa do texto legal. Adiciona ao molho da reportagem uma manipulação pouco sutil dos fatos ao apresentar as estatísticas das entidades que classificou como “nanicas”. Atribuiu à CTB, por exemplo, uma representatividade equivalente a 6,12% dos sindicalizados e um total de 397 entidades filiadas.

Ocorre que tais números foram levantados pelo Ministério do Trabalho há mais de um ano, em dezembro de 2008 — quando a CTB tinha apenas um ano de existência. A própria Folha, por sinal, informou que o governo realizou apenas “duas aferições: uma em maio logo após a publicação da lei, e outra em dezembro”. Obviamente, os dados estão defasados.

Mau jornalismo

Hoje, a CTB já possui mais de 400 sindicatos filiados devidamente registrado no Ministério do Trabalho, além de cerca de 200 outras entidades cujos documentos foram protocolados no órgão, mas ainda não foram analisados. A central, é bom recordar, foi fundada em dezembro de 2007 e legalizada em agosto de 2008. A filiação das entidades que representa não é automática — é um trabalho que demanda tempo e ainda não foi concluído.

A matéria da Folha é mais um exemplo do mau jornalismo produzido pela mídia capitalista, que manipula informações de uma forma inescrupulosa movida pelo interesse mesquinho de semear confusão e desmoralizar (quando não é o caso de criminalizar) os movimentos sociais. O MST não é a única vítima da “comunicação” canhestra e tendenciosa praticada pelo chamado PiG (Partido da Imprensa Golpista), um inimigo insidioso das forças progressistas e das organizações populares.

Por falar em PiG, nunca é demais lembrar que, durante a “ditabranda”, a Folha costumava ceder suas peruas aos militares para carregar presos políticos para serem torturados nos porões do Dops e do DOI-Codi. Encobria também os assassinatos a sangue frio praticados pelo regime militar divulgando notícias sobre “terroristas” mortos que teriam tombado em combate. Hoje, embora com outros meios, continua a prestar serviços sujos à direita e a manipular a opinião pública.

Fonte: Portal CTB

Executiva Nacional do PDT anuncia apoio à Dilma nas eleições 2010

A Executiva Nacional do PDT aprovou nesta terça-feira (19) o apoio do partido à candidatura da ministra Dilma Rousseff à Presidência da República. A decisão ainda depende de avaliação do Diretório Nacional, na convenção que a legenda vai realizar para formalizar chapas para as eleições de outubro. Por unanimidade, os integrantes da Executiva também aprovaram uma comissão para acompanhar as propostas de campanha de Dilma Rousseff.

O ministro do Trabalho e presidente licenciado do PDT, Carlos Lupi, disse que o apoio formal ainda depende da aceitação por parte da coordenação de campanha de Dilma de programas históricos do partido dentro do programa de governo que será oferecido aos eleitores. "Temos o indicativo de apoio à candidatura da ministra com o condicionamento de incluir no programa do PT temas que o PDT considera fundamentais. Um exemplo disse é a escola em tempo integral para toda a rede de ensino público", disse.

Lupi pretende fazer a defesa do apoio formal ao nome de Dilma Rousseff na convenção do PDT. O ministro deve entrar em contato com todos os integrantes do Diretório Nacional para saber se existem resistências à aliança com o PT. A expectativa da cúpula pedetista é que a formalização do reforço na campanha presidencial da ministra Dilma seja refletida em alianças estaduais também, principalmente nos palanques que o PDT terá candidato ao governo do estado.

O presidente do PDT, deputado Vieira da Cunha (RS), disse que a aliança em torno da ministra Dilma Rousseff deve ser acatada pelo Diretório Nacional. Um dos sinais apontados pelo parlamentar foi o voto unânime dos membros da Executiva, incluindo o do senador Cristovam Buarque (PDT-DF), defensor da candidatura própria do partido, mas que retirou o nome da lista de presidenciáveis.

Segundo Cunha, andar junto com Dilma é seguir o caminho natural porque o partido faz parte da base de apoio ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O PDT também conta com a ligação histórica de Dilma com a legenda. "Ela é fundadora do PDT e sabemos de sua identidade com o partido. É uma questão de coerência política. Fazemos parte do governo Lula e ele tem sua candidata. Queremos que ele tenha continuidade e a única hipótese seria apoio à ministra.”

Da Redação, com informações da Folha Online

Inscrição para concurso público começa na próxima segunda-feira

Redação
A Prefeitura Municipal de Caicó, no Rio Grande do Norte, lançou o edital de abertura do concurso que oferece 852 vagas. Há chances para os níveis fundamental (completo e incompleto), médio e superior. Os salários variam de R$ 465 a R$ 7 mil.
As oportunidades são para os cargos de auxiliar de serviços gerais, coveiro, eletricista, encanador, gari, jardineiro, motorista, pedreiro, vigia, agente comunitário de saúde, agente fiscal ambiental, assistente administrativo, operador de sistema, técnico em enfermagem, técnico em radiologia, topógrafo, arquiteto, arquivista, assistente social, contador, enfermeiro, engenheiro civil, farmacêutico, médico, professor, veterinário, entre outros.

As provas serão aplicadas no dia 7 de março. As inscrições presenciais serão realizadas no período de 25 de janeiro a 5 de fevereiro no IFRN Campus de Caicó, que fica à Rodovia RN 118, em dias úteis. Os cadastros também podem ser feitos pelo site da Funcern. A taxa de participação varia de R$ 40 a R$ 60.

Os cargos são: nível fundamental ASG, Calceteiro, Capiturador, coveiro, cozinheiro, eletricista, encanador, gari, jardineiro, mestre de obras, motorista, operador de compressor, operador de máquina pesada, operador de sistema de saneamento, pedreiro, podador, servente de pedreiro soldador. Nível médio: agente comunitário de saúde, agente de endemia, agente fiscal ambiental, agente fiscal de transporte, assistente administrativo, auxiliar administrativo, auxiliar de consultório odontológico, cuidador da residência terapêutica, operador de sistema, orientador sócio educacional (tem que ter curso de magistério neste caso), técnico em agropecuária, técnico em construção civil, técnico em enfermagem, técnico em radiologia e topógrafo. Cargos de Nível superior: arquiteto, arquivista, assistente social, auditor fiscal tributário, auxiliar de contadoria, contador, educador físico, enfermeiro, engenheiro agrônomo, engenheiro civil, farmaceutico, farmacéutico bioquímico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, médico generalista, médico do trabalho, médico neurologista, médico pediatra, nutricionista, odontólogo, pedagogo, professor (vagas para várias disciplinas), psicólogo, terapeuta ocupacional, veterinário, zootecnista.
No site do concurso ainda traz a sugestão bibliográfica para facilitar os estudos, bem como mais informações a respeito de cada cargo como salário, atividades a desempenhar e escolaridade exigida.

As provas serão aplicadas no dia 7 de março, em Caicó preferencialmente. Os cargos são distribuídos em todo o município, desta forma, nem todo mundo ficará na área urbana, o número de vagas por regiões também consta no edital.
A prefeitura de Caicó é a primeira que faz a inscrição em concurso público neste ano, embora o edital tenha sido publicado no dia 30 de dezembro do ano passado.

Outras informações estão no site http://www.funcern.br/downloads/Edital_caico.pdf. Os salário são de R$ 465,00 a R$ 2.000,00 e em alguns casos não é necessário ter o ensino fundamental completo, por isto o acesso ao site ou a presença no IFRN Campus de Caicó, que fica à Rodovia RN 118, se faz necessário para o esclarecimento de qualquer dúvida.
A prefeitura de Caicó pretende homologar o resultado final do concurso no dia 22 de março. É bom lembrar que o concurso tem validade de dois anos podendo ser prorrogado por igual período, então a contratação poderá acontecer dentro dos próximos quatro anos.

Fonte: Jornal de Hoje

O Brasil dá adeus a Zilda Arns, a mãe das crianças pobres

A médica pediatra e sanitarista Zilda Arns, que dedicou a vida a salvar crianças da morte será enterrada neste sábado, no cemitério da Água Verde, em Curitiba, numa cerimônia reservada à família. O corpo dela chegou de madrugada e foi levado para o Palácio das Araucárias. Milhares de pessoas foram se despedir da  coordenadora da Pastoral da Criança. Entre elas dois presidenciáveis – o governador José Serra, e a ministra Dilma Roussef, que chegou em companhia do presidente Luiz Inácio da Silva, já no início da noite.

Fábio Rodrigues Pozzebom / ABrVelório de Zilda vai até o início da tarde de hoje, quando será rezada missa de corpo presente, antes do enterro em cerimônia privadaVelório de Zilda vai até o início da tarde de hoje, quando será rezada missa de corpo presente, antes do enterro em cerimônia privada
Ao deixar o velório, Lula declarou que o momento vivido no Haiti não é fácil pois se pode considerar que, além dos 14 militares brasileiros mortos, os quatro que continuam desaparecidos também podem ter morrido. Lula citou ainda “um funcionário brasileiro nas Nações Unidas” (Luiz Carlos da Costa, segunda maior autoridade da ONU no Haiti), que também continua desaparecido. Com relação à morte de Zilda Arns, o presidente disse que “foi uma grande perda para o Brasil e para o mundo”. Para Lula, “todas as pessoas que morreram (em consequência do terremoto) estão simbolizadas na figura de Zilda Arns”.

Lula disse ter dito à família Arns, com a qual se reuniu por 45 minutos no Palácio das Araucárias, sede do governo do Paraná, que nessa hora em que todos choram, o importante é que as ideias de Zilda tenham encarnado na mente dos brasileiros. “Que a partir do exemplo dela todos nós sejamos mais solidários e humanistas”, acrescentou.

O presidente encerrou a entrevista dizendo que tem a certeza de que Zilda não se arrependeria de nada do que fez. “Se voltasse a viver, ela faria tudo outra vez, inclusive voltaria ao Haiti.”

A coordenadora da Pastoral da Criança da Arquidiocese de São Paulo, Maria do Rosário Gazzola, disse que a maior lição deixada por Zilda foi a importância de vincular espiritualidade e trabalho. Sempre que ia visitar a pastoral paulista e tínhamos algum encontro com políticos ou nos dirigíamos a alguma comunidade, ela entrava no carro e nos convidava a rezar pela missão daquele dia. Atitudes que segundo a coordenadora, deixava todos seguros e animados. É com esse ânimo que continuaremos nosso trabalho junto s famílias que moram em favelas, cortiços e acompanharemos as 16,5 mil crianças atendidas pelas seis regiões episcopais da cidade.

Viagem ao Haiti

A irmã Rosângela Maria Altoé, contou ontem detalhes da morte de Zilda Arns, que deveria ter ido ao Haiti em agosto, mas terminou adiando a viagem em função de vários contratamentos.   Emocionada, ela contou que a médica estava feliz com o resultado da palestra, já que os presentes demonstraram muito interesse pelo trabalho das pastorais da Criança e do Idoso. Segundo ela, ao final da apresentação, Zilda Arnas respondeu a várias perguntas de religiosos que participaram do evento. Enquanto a médica conversava com o coordenador do evento, Padre William, a religiosa foi buscar o material da palestra e a bolsa de Zilda.

“Naquele momento, o prédio começou a balançar de um lado para o outro, eu ouvi um estrondo como se fosse uma bomba e em questão de 30 segundos, o prédio ruiu.” Nesse momento, ela disse que subiu tanta poeria que a impedia de respirar. Segundo a religiosa uma laje que caiu a seu lado a impedia de ver o que estava acontecendo.

Ela disse saltou os escombros até chegar rua, sem saber o que acontecia realmente. Ao chegar rua, as pessoas lhe perguntavam por Zilda. Ela ainda quis voltar ao prédio, mas viu que não tinha condição e ali entendeu que seria um milagre encontrar a médica viva. “O que eu vi na rua nunca vou esquecer. Na escola ao lado do prédio eu ouvia gritos de crianças e via o desespero das mães procurando seus filhos.”

Vaticano envia mensagem a D. Paulo Evaristo Arns

Brasília (ABr) - O Vaticano enviou mensagem de condolências a dom Paulo Evaristo Arns, cardeal emérito de São Paulo e irmão da médica Zilda Arns, fundadora e coordenadora internacional da Pastoral da Criança, morta no terremoto de terça-feira  em Porto Príncipe, capital haitiana. Por motivo de saúde, dom Paulo Evaristo não participa do velório da irmã, em Curitiba, no Palácio das Araucárias, sede do governo paranaense.

“A notícia de que umas das milhares de vítimas do terremoto era a médica Zilda Arns, que estava em missão em Porto Príncipe, foi recebida com viva dor no Vaticano”, diz a nota da Santa Sé. O texto destaca que a médica foi morta quando se empenhava na difusão da Pastoral da Criança no país caribenho, que sofre tanto com a pobreza quanto com a violência.

Na mensagem, o Vaticano expressa pesar a dom Paulo, família e a todo o corpo de voluntários da Pastoral da Criança e manifesta a certeza de que a obra generosa da doutora Zilda, inspirada e sustentada nos mais altos valores do Evangelho, continuará a dar frutos para inúmeras crianças e idosos espalhados por tantas regiões pobres do mundo.
 
Fonte: Tribuna do Norte
Aprovados temem ser chamados só em 2011

Os aprovados no concurso público da Polícia Civil fizeram uma manifestação, na manhã de ontem, em frente ao Sindicato dos Policiais Civis do Rio Grande do Norte (Sinpol/RN), na avenida Rio Branco. Eles cobram a convocação imediata no concurso público realizado no ano passado. Os aprovados temem que, devido ao ano eleitoral, assumam somente em 2011.

Emanuel AmaralDurante protesto, candidatos pediam a convocação imediataDurante protesto, candidatos pediam a convocação imediata
O concurso foi realizado há quase um ano e o atraso na convocação já dura quatro meses. A última etapa com a listagem provisória saiu no dia 17 de novembro e a previsão inicial era que o resultado final saísse depois de mês. Até agora, porém, a lista final ainda não foi divulgada, tampouco, há perspectiva de quando a convocação será feita.

“Parece até piada, mas o Cespe, que foi quem realizou o concurso, informou em seu site oficial no dia 8 de janeiro que o ‘resultado final será divulgado em uma data oportuna’. Ou seja, eles não tem previsão alguma”, afirmou o manifestante Ademar de Medeiros Filho, um dos líderes do protesto.

Toda a demora na convocação dos aprovados, segundo o Governo do Estado e o Cespe, é consequência de decisões judiciais contra o andamento do concurso, que teriam sido motivadas por candidatos não aprovados. Esse esclarecimento, no entanto, é contestado pelos aprovados. “Isso é na verdade uma desculpa, porque essas ações não poderiam ter suspendido o concurso. E outra, só encontramos uma ação contra o concurso e ela já foi derrubada pelo desembargador Guilhermando Mota”, afirmou Ademar de Medeiros.

O concurso já deveria ter convocado 90 delegados, 320 agentes e 137 escrivães. “Como, depois de convocados, ainda precisamos entrar em um importante curso de formação que dura quatro meses, o temor geral é que só possamos ser nomeados em 2011. Pois passando de julho, nós não poderemos mais assumir neste ano, já que por lei não se pode contratar ninguém três meses antes das eleições”, explicou o manifestante.

O protesto é apoiado também pelo Sinpol, que acredita que essa demora no concurso está prejudicando toda a Segurança Pública. “Os concursados são frutos da nossa reivindicação, ou seja, o Sindicato é parte dessa manifestação. Agora, o que está acontecendo é uma questão política. Não queriam realizar o concurso público e agora não querem convocar os aprovados. Com isso, quem perde é a população. Se o Governo tem algum comprometimento com a Segurança Pública, precisa chamar com urgência os aprovados”, afirmou o vice-presidente do Sinpol, Djair Oliveira, lembrando que o concurso público para a Polícia Civil só foi realizado mediante uma ação judicial no início de 2009.

Segundo o Sindicato, atualmente o Rio Grande do Norte  tem um deficit de pelo menos 6 mil agentes da Polícia Civil, 250 delegados e 800 escrivães. “Precisamos da convocação urgente desses aprovados e também da realização de novos concursos públicos. Temos que interiorizar a polícia e aumentar o trabalho de investigação para promover, realmente, a segurança”, afirmou Djair Oliveira.

Fonte: Tribuna do Norte