Brasil supera países do G20 na geração de emprego em 2009, diz ministro
SOFIA FERNANDES
A geração de empregos no Brasil em 2009 superou todos os demais países que compõem o G20 (grupo de países desenvolvidos e principais emergentes), segundo o ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Foram 995.110 mil novos empregos formais no ano.
O desempenho de 2009 foi o pior desde 2003. Ainda assim, o ministro afirmou nesta quarta-feira que os números do ano estão dentro das estimativas do governo.
"Apesar da crise, geramos cerca de 1 milhão de empregos, mais do que qualquer países do G20. Só para comparar, nenhum países da Europa teve resultado positivo. Nos Estados Unidos, houve queda de 4 milhões de empregos", afirmou.
De acordo com dados do Caged, ao todo, foram feitas 16.187.640 contratações e 15.192.530 demissões. Os números estão de acordo com as previsões do governo e refletem a retomada na criação de empregos que o país vem sentindo desde julho do ano passado, quando o pior da crise financeira internacional já havia passado.
Em 2008, o saldo de empregos foi de 1.452.204, resultado 10% inferior ao de 2007.
Em dezembro de 2009, o saldo de empregos foi negativo em 415.192. As demissões sazonais, principalmente de temporários no comércio, indústria e serviços, tradicionalmente puxam para baixo os resultados dos meses de dezembro. Em dezembro de 2008, por exemplo, o saldo de empregos foi negativo em 654.946 vagas.
Para o ministro Carlos Lupi (Trabalho), o Brasil está começando o mês de janeiro "forte", e prevê para 2010 a criação de 2 milhões de empregos formais. Apesar das demissões sazonais, houve em dezembro o recorde de contratações para o mês, que foi de 1.068.481 empregos. Para Lupi, isso é uma prova inequívoca do aquecimento da economia.
Setores
A Agricultura foi o único setor que registrou queda no emprego formal em 2009, com recuo de 0,99% ante 2008. Devido a essa perda, as regiões do interior tiveram uma expansão de apenas 2,71% no emprego formal, contra expansão de 3,46% nas regiões metropolitanas.
A Construção Civil foi quem mais puxou o crescimento do emprego formal, com 9,17% a mais, com 177.185 novos postos. Houve expansão do emprego também nos seguintes setores: Serviços (3,98%), Comércio (4,2%) e Indústria de Transformação (0,15%).
No mês de dezembro, o único setor que apresentou incremento foi o de comércio, com alta de 0,14% sobre dezembro de 2008. Na outra ponta, a Indústria de Transformação teve a maior perda, com recuo de 2,19%.
Regiões
Em 2009, todas as regiões do país tiveram expansão de emprego. A Sudeste foi a campeã de contratações, com alta de 476.031 novos postos, o que representa um aumento de 2,68% ante 2008. O Nordeste teve o maior crescimento percentual, com ganho de 14,74%, gerando 227.376 vagas novas. Os Estados do Maranhão e Amazonas foram os únicos a apresentar desempenho negativo no ano.
Sobre o mês de dezembro, as maiores perdas foram verificadas em São Paulo (-1,74%), Minas Gerais (-1,4%), Paraná (-1,6%) e Goiás (-2,98%).
Salários
Em 2009, os salários médios de admissão apresentaram aumento real de 5,24%, passando de R$ 741,88 para R$ 780,56 em dezembro deste ano. O aumento do salário médio de admissão do gênero feminino foi de 5,64%, enquanto 4,.49% para o gênero masculino.
Fonte: Folha On Line
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