terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Governo Lula contrata 100 mil servidores públicos
Ao terminar o mandato no fim deste ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva terá contratado mais de 100 mil pessoas para ocupar cargos no Poder Executivo. São profissionais que ocupam funções como as de auditores, pesquisadores, analistas, advogados e professores. Os dados do Ministério do Planejamento mostram que, entre dezembro de 2002 e outubro de 2009, a quantidade de servidores públicos civis aumentou para 549 mil. Um crescimento que foi possível com aproximadamente 60 mil novas contratações. A área na qual houve mais contratações foi a de Educação, com 29.226 novos funcionários.  Os números estão na edição deste domingo do jornal "O Estado de São Paulo" (ESP).

O Orçamento Geral da União para este ano autoriza a criação de mais 46.151 vagas, mas o governo não costuma utilizar tudo que está previsto. “Como 2010 é ano eleitoral, os concursos só ocorrem até junho”, informou o ESP.

“As contratações de Lula praticamente compensaram o enxugamento feito no governo anterior e reverteram uma política de corte de funcionários públicos iniciada em 1990. Com mais folga no Orçamento, graças ao crescimento da economia e à reforma da Previdência de 2003, o Executivo tem hoje o mesmo número de servidores que em 1997”, destacou a reportagem.

Ao justifica as contratações, o Ministério do Planejamento informou que a atual administração defende "um novo papel estratégico do Estado". Isso seria incompatível com uma política de corte de pessoal. "Estamos recuperando a capacidade do Estado de atuar", disse ao "Estado de São Paulo" o secretário de gestão do ministério, Marcelo Viana Estevão de Moraes.

Além das nomeações, o governo Lula concedeu substanciais reajuste nos salários de algumas categorias de servidores. Atualmente, um auditor fiscal da Receita começa a carreira com salário de R$ 14,7 mil. No fim do governo Fernando Henrique, o salário final da categoria era R$ 7,3 mil. Um analista de gestão pode ganhar hoje R$ 17,3 mil e um fiscal de defesa agropecuária, R$ 14,9 mil. O aumento mais significativo foi concedido aos pesquisadores do Inmetro: 348%, para R$ 12,3 mil.

“Um crescimento significativo no número de servidores públicos - teoricamente mais motivados por causa dos expressivos reajustes de salários - deveria significar um atendimento melhor à população. O problema é que não existe uma maneira sistematizada de medir isso”, lemba a reportagem do ESP. E conclui: "A percepção da população sobre o setor público é negativa. Em pesquisa do Ibope, (...) a avaliação dos serviços prestados pelo Estado foi fraca: 59% desaprovam a segurança pública, 57% desaprovam o atendimento da saúde e 55% avaliam que pagam impostos demais em relação aos benefícios que recebem”.

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