América Latina e Caribe definem criação de bloco diplomático sem EUA e Canadá
Organização será formada por 33 países da região.
Presidentes e chefes de governo de países da América Latina e do Caribe reunidos em Cancún, leste do México, aprovaram nesta terça-feira (23) a criação de um novo bloco regional, sem os Estados Unidos, uma organização ainda sem nome e cujos estatutos serão definidos em Caracas, em 2011.
Este novo grupo "deverá, prioritariamente, impulsionar a integração regional com o objetivo de promover nosso desenvolvimento sustentável, estimular a agenda regional em fóruns globais, e ter um posicionamento mais unido ante os acontecimentos relevantes mundiais", disse o presidente do México, Felipe Calderón, ao ler parte da declaração final.
Os presidentes de Cuba, Raúl Castro, e da Venezuela, Hugo Chávez, no fechamento da reunião do Grupo do Rio e dos países do Caribe nesta terça-feira (23) no México. (Foto: AFP)
"A criação do novo bloco é de transcendência histórica. Cuba considera que estão dadas as condições para se avançar com rapidez na constituição de uma organização regional puramente latino-americana e caribenha", disse o líder cubano Raúl Castro, durante a sua participação na chamada 'Cúpula da Unidade' da região, realizada no México.
Oa estatutos, a organização interna e as eventuais cotas do novo mecanismo serão discutidos até a metade de 2011, quando ocorre a próxima reunião do novo grupo regional em Caracas.
Segundo Calderón, esta organização será formada pelos 33 países da região - incluindo Honduras, que não foi convidado a Cancún - e poderá se chamar "Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos".
"A região precisa de uma organização política forte que demarque sua posição internacional e se traduza em ações rápidas e eficazes, que promovam os interesses latino-americanos e caribenhos ante os novos temas da agenda internacional", esclarece outro parágrafo da Declaração de Cancún.
Quase todos os chefes de Estado da região compareceram ao encontro de Cancún, incluindo o haitiano René Preval, que recebeu manifestações de apoio devido ao terremoto que assolou seu país em janeiro.
Fonte: R7.com
Nenhum comentário:
Postar um comentário